Embrapa Agroenergia coordena elaboração de agenda estratégica de inovação para as cadeias produtivas do açúcar e álcool
15/09/20
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Gestão Estratégica Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
Embrapa Agroenergia coordena elaboração de agenda estratégica de inovação para as cadeias produtivas do açúcar e álcool
Foto: Divulgação
Agenda estratégica de inovação para a cadeia produtiva do açúcar e do álcool será apresentada ainda este ano
A Embrapa Agroenergia irá coordenar a elaboração de uma agenda estratégica de inovação para a cadeia produtiva do açúcar e do álcool. A estratégia para a construção da agenda e seus impactos esperados foi apresentada por Alexandre Alonso, chefe-geral da unidade, na última quinta-feira, 10 de setembro, durante reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Açúcar e do Álcool (CSAA), fórum de discussão ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Inovação, na visão de Alonso, “é e sempre será um fator de diferenciação e competitividade de países, setores e indústrias”. Não por acaso, uma pesquisa recente feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que 83% das empresas acreditam precisar de inovação para garantir crescimento e sustentabilidade de seus negócios, principalmente no período de pós-pandemia de Covid-19 que se avizinha.
A demanda pela elaboração da agenda partiu da presidência da câmara setorial atendendo a um pedido da ministra Tereza Cristina, do Mapa, para que sejam elaboradas agendas estratégicas para cada setor. “Reconhecemos desta forma que a pesquisa, o desenvolvimento de novas tecnologias e a inovação são áreas estratégicas para os setores de açúcar, etanol e bioenergia no País”, disse Alexandre Andrade Lima presidente da CSAA.
Agenda de inovação
A proposta inicial é criar um planejamento estratégico para a promoção da inovação nos setores de açúcar e álcool por meio da análise de oportunidades e desafios (diagnóstico do setor), definição de metas e ações estratégicas a serem realizadas em curto, médio e longo prazo.
A expectativa é que o documento defina uma ou mais metas de impacto, que são metas para o mercado/setor, e também um conjunto de metas para inovação, além de ações estratégicas de PD&I, Transferência de Tecnologia e Políticas Públicas.
“A proposta é que a agenda sirva de guia para as instituições de ciência, tecnologia e inovação que atuam nos setores de açúcar e etanol. Dessa maneira, cada instituição poderá posteriormente direcionar suas próprias agendas, dentro de seu modelo de negócios, para uma ação coordenada que impulsione o setor como um todo”, afirma Alonso.
A agenda será construída por um grupo de trabalho coordenado pela Embrapa Agroenergia e composto por representantes da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa), Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), Fórum Nacional Sucroenergético (FNS), Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio) e Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (Alcopar). A previsão é de que o documento com todas as propostas seja apresentado à Câmara Setorial para a aprovação ainda em 2020.
Em novembro do ano passado, a Embrapa Agroenergia lançou a Agenda de Inovação para a Cadeia Produtiva do Biodiesel, organizada no âmbito da Câmara Setorial de Oleaginosas e Biodiesel, por ocasião do VII Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia e Inovação de Biodiesel. “Seguiremos na elaboração da agenda de inovação das cadeias do açúcar e do álcool, estratégia semelhante à adotada quando da construção da agenda do biodiesel”, finalizou Alonso.
Recursos para PD&I em cana-de-açúcar
Paralelamente, o grupo de trabalho também irá identificar e mobilizar fontes de recursos para a promoção de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) em cana-de-açúcar. “A proposta é apontar qual caminho seguir em termos de PD&I e, uma vez tendo isso claro, mobilizar recursos para efetivamente atender essas demandas e pesquisas”, concluiu Alonso.
Irene Santana (Mtb 11.354/DF)
Embrapa Agroenergia
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