21/09/20 |   Transferência de Tecnologia

Embrapa Amapá expõe diversidade de tecnologias no Agrolab Amazônia

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Foto: Marcelino Guedes

Marcelino Guedes - Fossa Séptica Biodigestora adaptada para área de várzea

Fossa Séptica Biodigestora adaptada para área de várzea

O evento é totalmente digital, por meio de plataforma gamificada em ambiente 3D

Manejo de açaizais nativos para aumento de frutos, uso da leguminosa taxi-branco para recuperar áreas degradadas, adaptação da fossa séptica biodigestora para áreas de várzeas, e óleo de erva-cidreira para manejo de pirarucus. Estas são tecnologias desenvolvidas ou adaptadas pela Embrapa Amapá a serem apresentadas durante a Feira do Agronegócio “Conecta Sebrare- Agrolab Amazônia”, evento totalmente on line e gratuito, coordenado pelo Sebrae Rondônia no período de 22 a 24 de setembro deste ano.

A programação consta de palestras, painéis, estandes, leilão de gado, rodadas de negócios e fóruns. Para participar dessa experiência inovadora e exclusiva, basta se inscrever no site do evento para ter acesso ao evento realizado com tecnologia de realidade virtual, por meio de plataforma "gamificada" e em ambiente 3D.

O objetivo é gerar oportunidades para o fortalecimento dos negócios, e integrador das estratégias de desenvolvimento e sustentabilidade da Amazônia. A Embrapa faz parte dos participantes do Agrolab Amazônia, oferecendo 67 tecnologias, produtos e serviços desenvolvidos em 20 centros de pesquisas em vários estados e regiões, além das palestras de Celso Moretti, presidente, e de Guy de Capdeville, diretor-executivo de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa, e participação em sete painéis.

Durante o evento, práticas agropecuárias e processos lançados pela Embrapa Amapá para atender o desenvolvimento sustentável agropecuário do Amapá e do Estuário Amazônico (ponto de encontro entre o rio e o mar o entre os estados do Amapá e Pará) estarão à disposição dos visitantes da feira digital. “É uma grande satisfação participarmos do Agrolab. Estaremos com diversas tecnologias, entre soluções voltadas para a bioeconomia da Amazônia, outras para contribuir com a redução do desmatamento e queimadas na região, até tecnologias que promovem a melhoria do saneamento rural, melhorando a qualidade de vida do produtor”, ressaltou Nagib Melém, chefe-geral da Embrapa Amapá.

Os organizadores divulgaram que, em virtude da conjuntura atual de Pandemia da COVID – 19, "conectar os negócios com oportunidades e conhecimentos de forma digital, tem sido objeto da atuação do Sebrae, desenvolvendo uma cultura de transformação digital, na busca de soluções para a Amazônia Brasileira a partir dos valores e oportunidades existentes na bioeconomia da nossa região”.

O chefe da Embrapa Amapá endossou a oportunidade. “Pela primeira vez estamos trabalhando em um evento desses, totalmente virtual, em tempos de pandemia é um aprendizado para todos. Mesmo com a situação de isolamento social, achamos necessário buscarmos alternativas para desenvolve parte de nossas atividades, e o Agrolab é um meio excelente para fazer as tecnologias de várias Unidades da Embrapa chegarem ao conhecimento do produtor”, destacou Melém.

 

Fique por dentro

 

Manejo de mínimo impacto para produção de frutos em açaizais nativos no
estuário amazônico


Com base em coeficientes técnicos do “Manejo de Mínimo Impacto” estimou-se que,
após a estabilização da produção de um açaizal manejado, (aproximadamente a partir
do sétimo ano), são ofertados dois empregos diretos a cada hectare. O manejo de
mínimo impacto contribui para a manutenção da diversidade florestal do açaizal,
aumenta em até cinco vezes a produção de frutos e os rendimentos dos produtores e
necessita de baixo investimento para sua implementação, tendo como maior custo a
auto-remuneração da mão-de-obra do produtor. As técnicas agropecuárias de baixo
impacto ambiental são fundamentais para aumentar a produtividade e garantir maior
oferta de alimentos para esta e gerações futuras.

Taxi-Branco: uma leguminosa arbórea para recuperar áreas degradadas e
abandonadas pela agricultura migratória na Amazônia


O taxi-branco é uma leguminosa arbórea nativa da Amazônia brasileira, ocorrendo em
diferentes tipos de solos, com rápido crescimento, elevada produção de folhas e ramos. A
experiência desenvolvida no Amapá demonstra a grande capacidade da espécie em
recuperar solos antropizados (alterados pela ação humana). O aporte de nitrogênio ao solo
com taxi-branco pode chegar até 2,9 vezes a uma área com regeneração da capoeira
tradicional, representando uma produção de matéria orgânica de até 9,5 t/ha/ano. Outra
vantagem é a produção de carvão, que após oito anos de plantio, pode chegar até 140
m3/ha.

Épocas de semeadura da soja em sistema plantio direto no Amapá

Os resultados obtidos no experimento da Embrapa Amapá demonstraram que
semeaduras realizadas no início da primeira quinzena de abril propiciaram maiores
produtividades de grãos da cultura de soja. Ocorreu perda de produtividade das
cultivares semeadas no início da segunda quinzena de abril, sendo que a BRS
Sambaíba RR apresentou a menor produtividade. Ocorreu maior redução de
produtividade em todas as cultivares, quando a semeadura foi efetuada no início de
maio. As três épocas de plantio foram: 02 de abril, 16 de abril e 04 de maio de 2015,
com as respectivas colheitas em 31 de julho, 14 de agosto e 02 de setembro de 2015.
As cultivares de soja utilizadas foram BRS Sambaíba RR, BRS Tracajá, e FT
Paragominas. A agricultura de excedentes é relativamente recente no Estado do
Amapá. Devido às potenciais condições climáticas, boa disponibilidade hídrica e  possibilidade de duas safras, essa fronteira iniciou seu desenvolvimento com plantios, em que a cultura da soja (Glycine max (L.) Merr) é a principal opção.

Fossa séptica biodigestora adaptada para área de várzea

A fossa séptica biodigestora, originalmente desenvolvida pela Embrapa
Instrumentação Agropecuária (São Carlos,SP), foi adaptada pela Embrapa Amapá
para áreas alagadas de várzea, visando atender demandas de comunidades
ribeirinhas que vivem no Estuário Amazônico. As adaptações envolveram questões
como a suspensão da fossa, pois na várzea não é possível enterrá-la devido à
inundação, uso de caixas de polietileno, uso de novos inoculantes, substituição de
peças hidráulicas e conexão dos gases a um sistema de saída do efluente canalizado.
A fossa, constituída por três caixas de água em sequência, atende a demanda média
de uma casa com seis moradores, mas o sistema pode ser dimensionado de acordo
com as necessidades.

Método de anestesia de pirarucu com aspersão de erva-cidreira

Esta solução tecnológica consiste em utilizar o óleo essencial de erva-cidreira (Lippia
alba)
durante os procedimentos de manejo do pirarucu (Arapaima gigas) na
piscicultura, para evitar o afogamento dos peixes provocado pelo uso de anestésicos
convencionais acrescentados diretamente na água. Com isso, a Embrapa contribui
para solucionar um problema que é o fato dos anestésicos convencionais usados
diretamente na água, além de apresentarem eficiência variável, causam perda de
muco na pele, irritação nas brânquias, lesões nas córneas e morte por afogamento
dos peixes, resultando em efeitos indesejáveis.

Dulcivânia Freitas (DRT/PB 1063-96)
Embrapa Amapá

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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