A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Embrapa firmam contrato de comodato para área de 2,5 hectares, dentro das dependências da Empresa em Mato Grosso do Sul, onde a Fundação pretende instalar o Escritório MS. As discussões entre a instituição, a Embrapa e o Governo do Estado intensificaram-se, em 2016, com o intuito de transferir a sede da Fiocruz-MS para o antigo Centro de Tecnologia de Couro (CTC-MS), instalado na Embrapa Gado de Corte (Campo Grande-MS), e desativado. Esse é o primeiro passo para um futuro acordo de cooperação técnica, a ser celebrado em breve. “As duas organizações têm muitas áreas de comum interesse, a começar pelas pesquisas em zoonoses, como tuberculose e brucelose, que envolvem o conceito de saúde única e trazem impactos à saúde humana e animal e ao meio ambiente”, destaca Jislaine Guilhermino, diretora da Fiocruz-MS. A Fiocruz mantém um escritório técnico no Estado desde 2011. “Somos empresas que têm como missão a pesquisa, a Ciência e são reconhecidas por suas contribuições e entregas à sociedade, as quais trazem transformação e desenvolvimento ao País. Atuamos em áreas correlatas sim e consolidar essa parceria é celebrar o potencial técnico-científico de nosso País”, afirma o chefe-geral interino da Embrapa Gado de Corte, Ronney Mamede. Multidisciplinariedade de equipes que permite atuação conjunta em projetos de pesquisa, compartilhamento de instalações como o Biopec (Laboratório Multiusuário de Biossegurança para a Pecuária), intercâmbio de expertises favorecido pela proximidade física, e fortalecimento da imagem institucional das entidades também são fatores positivos elencados pelos gestores. A Fiocruz pretende disponibilizar, inicialmente, mais de R$ 18 milhões de reais para adaptar as instalações às necessidades de suas atividades, com previsão de iniciar as ações entre o final de 2021 e início de 2022. Mario Moreira, vice-presidente de gestão e desenvolvimento institucional da Fiocruz, ratifica que “o momento de celebrar a parceria entre duas instituições irmãs, que estão entre as principais do Brasil, e que podem, juntas, mostrar e reafirmar o papel da Ciência e fazer muito pelo País”. Durante a assinatura do contrato, por meio virtual, participaram pesquisadores e técnicos da Embrapa e Fiocruz, entre eles, Rodrigo Amorim Barbosa, Sandro Pinheiro, Filipe Simões Corrêa, Vandir Dantas Jr., Zoraida Fernández, Júlio Croda, Thiago Fernandes, Ana Beatriz Alves, Antônio Flávio Ferraz, Antônio Carlos Siani, Débora Dupas, Eduardo de Castro, Flávia Maria Mendes, Paulo Benevides, Renata Fraiha, Renata Picolli, Alexsandra Favacho e Gláucia Barbosa. Em andamento está um grupo de trabalho a fim de desenhar as possibilidades de cooperação técnico-científica. Força-tarefa covid-19 Quando a pandemia causada pelo novo coronavírus chegou a Mato Grosso do Sul, Fiocruz e Embrapa (MS) uniram-se à Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e colocaram à disposição do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MS) suas equipes e estruturas. Primeiramente foram executados testes para arboviroses (dengue, zika e chikungunya) a fim de aliviar o sistema, deixando as análises para o coronavírus concentradas no Lacen/MS. Pouco tempo depois, o Biopec estava habilitado e operando com diagnóstico de covid-19, recebendo amostras dos sistemas de drive thru do interior do Estado, que ultrapassaram as expectativas. Nesta sexta-feira, 23, a força-tarefa suspende sua atividade no Biopec, mas mantém-se disponível para eventos futuros, caso seja necessário.