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Projetos da Emater/Ascar-RS buscam sustentabilidade socioeconômica e ambiental da araucária

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Foto: Arquivo Emater/RS

Arquivo Emater/RS -

A atuação da extensão rural com araucária no Rio Grande do Sul foi apresentada durante o terceiro painel do evento on-line “Araucária: pesquisa, inovação e tecnologias para sistemas de produção”, em 12/11.

Adelaide Ramos, assessora técnica em manejo de recursos naturais da Emater/Ascar-RS, apresentou o Plano da instituição: “o plano nasceu da demanda do setor, em virtude de sua importância econômica, social e ambiental. Hoje ainda temos a exploração extrativista de madeira e pinhão, com raras iniciativas de plantios”.

Esse plano busca desenvolver a sustentabilidade socioeconômica e ambiental da cadeia produtiva da araucária, com o estímulo à produção de matéria-prima de qualidade, transformação e beneficiamento, com agregação de valor à produção e melhor comercialização; além do estímulo à adequação ambiental das propriedades rurais. Busca também consolidar, conservar e preservar os remanescentes das florestas nativas de araucária, com a recuperação de áreas degradas e diminuição da pressão sobre as florestas nativas através da oferta de seus produtos com origem de florestas cultivadas.

A palestrante destacou ainda a busca pelo resgate e incentivo do uso do pinhão na segurança alimentar, na culinária e na presença na cultura das famílias, em virtude de seu alto valor nutricional e por ser uma iguaria gastronômica; além de consolidar e fomentar o ecossistema da floresta com araucária e seus produtos, em especial o pinhão, como opção para turismo e agroindustrialização. “Temos hoje um contexto de identificação da nossa origem e procura pelo mais natural, e também uma busca pelas belezas, o que atrai o turismo”, analisa Adelaide. A palestrante apontou que, na agroindustrialização, ainda existem problemas como o armazenamento do pinhão, disponibilidade em pouco tempo do ano e agroindústrias ainda em ritmo muito incipiente. “Precisamos de um esforço para atingir estes elos da cadeia produtiva para acessar tecnologia visando agregar valor e manter as famílias envolvidas”, completou.

Os desafios de estabelecer uma base tecnológica de transferência de tecnologia e de capacitação e promover a criação de instrumentos financeiros para sua implementação, integrando instituições públicas, de classe e privadas para sua execução é outro ponto ressaltado por Ramos, que aponta a necessidade de sensibilizar lideranças, técnicos, produtores e empresários sobre a importância da cadeia produtiva; assegurar a inclusão e participação dos pequenos e médios produtores rurais, micro, pequenas e médias empresas e indústrias e, especialmente, assegurar a regularidade jurídica e ambiental aos produtores e demais atores envolvidos no processo. “É de fundamental importância a construção coletiva de parcerias que trabalhem nos diferentes elos da cadeia, para criar um movimento coletivo e implantar essa proposta”, finalizou.


Assista a palestra completa de Adelaide Ramos e dos demais palestrantes do terceiro painel no Canal da Embrapa no Youtube.

O evento on-line “Araucária: Pesquisa, Inovação e Tecnologias para Sistemas de Produção” é organizado pela Embrapa Florestas e conta com a parceria do IDR-Paraná, Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Katia Pichelli (MTb8330 PR)
Embrapa Florestas

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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