Etnobiologia e etnoecologia foram temas de debate pela primeira vez em Aracaju
Etnobiologia e etnoecologia foram temas de debate pela primeira vez em Aracaju
Foi realizado pela primeira vez em Aracaju, de 23 a 25 de setembro, o Encontro Nordestino de Etnobiologia e Etnoecologia (VIII ENEE), que aconteceu junto com o sexto Simpósio Internacional de Inovação Tecnológica (International Symposium on Technological Innovation- 6th ISTI ).
Os eventos serviram para fomentar a discussão entre o meio acadêmico e sociedade por meio do tema "Propriedade Intelectual e Conhecimento Tradicional".
"É uma oportunidade única para a troca de experiências, sobretudo para os integrantes de programas de pós-graduação", relatou a professora de Ciências Florestais da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Laura Jane Gomes, e que faz parte da Comissão Organizadora do evento.
Entre palestras, mesas redondas, minicursos, exposição de trabalhos científicos, o pesquisador Fernando Curado, da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju - SE) enfatizou o grande desafio no Nordeste no sentido de avançar em pesquisas que focalizem conhecimento de povos tradicionais com dados que reúnam conhecimentos como por exemplo os da etnia do povo Xocó, especialmente na Ilha São Pedro, no município de Porto da Folha, como também a das catadoras de mangaba, em Sergipe. "Estudar como essas populações sobrevivem e favorecer novas ações de desenvolvimento", complementou.
Os participantes discutiram as transformações político-econômicas, no final do século XX, que têm transformado serviços e recursos até então considerados públicos em privatizados nas áreas de fármacos, alimentos, cosméticos, vestimentas etc. Dentre tais recursos encontram-se os chamados, no direito ambiental brasileiro, de Recursos Bioculturais Imateriais, que correspondem aos conhecimentos, inovações e práticas relevantes ou não, à conservação e à utilização sustentável da diversidade biológica.
Os participantes discutiram a proteção dos conhecimentos tradicionais por meio de patentes, o sistema jurídico, os benefícios aos povos detentores desse conhecimento, os aspectos éticos nas pesquisas sobre a biodiversidade e como os profissionais da etnociência e propriedade intelectual podem contribuir.
Ivan Marinovic Brscan (1634/09/58/DF)
Embrapa Tabuleiros Costeiros
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