Políticas públicas para araucária é temas de painel on-line sobre a espécie
Políticas públicas para araucária é temas de painel on-line sobre a espécie
A Embrapa Florestas realizou, em 10/12, o 5º painel do evento “Araucária: Pesquisa, Inovação e Tecnologias para Sistemas de Produção", abordando legislação e políticas públicas para a araucária.
José Tarciso Fialho, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná ministrou palestra sobre “Políticas públicas para Araucária: oportunidades”. Fialho enalteceu os símbolos do estado paranaense, o pinhão e a erva-mate, e a vocação agrícola do estado. “Quase 2/3 do estado do Paraná são áreas utilizadas para a agricultura, ou agricultáveis, seja na área da pecuária, seja na área da agricultura, ou seja, na área de floresta. Isso é muito importante, porque a araucária está no meio de toda essa pujança. Um agro feito por pequenos, ou seja, 85%, em termos de números do estado, pertence aos agricultores familiares, mas que ocupa somente 22% da área”, diz.
As florestas representam o terceiro elemento mais importante dentro do Valor Bruto de Produção (VBP) do estado, atingindo R$ 4,4 bilhões. “Com as florestas, o Paraná transformou-se no principal estado agrícola do país. Aqui nós temos um exemplo de VBP que cresce: na área madeireira, os geradores são o processo industrial, principalmente papel, celulose, placa e painel, que ocupam 25%. O desdobro, que é madeira, representa quase 50%. E para energia, lenha, em torno de 11%. Na área não madeireira, principalmente, a erva-mate com 13,69%, o palmito com 1,1% e o pinhão com 0,23%. Ou seja, nós temos muito ainda que caminhar com o pinhão, que é uma promessa muito interessante na área da araucária”, afirma.
Ainda relacionado à produção florestal, Fialho citou o Paraná como a maior área do Brasil em produção de pinus (quase 50%), sendo que metade do volume da madeira brasileira trabalhada ocorre no estado paranaense. “A produtividade de pinus é 25% maior do que a média do país e a de eucalipto é 10% maior. Possuímos sete polos importantes de produção com cerca de seis mil empresas, quase 100 mil empregos diretos sendo gerados. Portanto, a nossa floresta tem bastante potencial”, diz.
Fialho também citou alguns problemas referentes a florestas, como o desmatamento descoordenado ocorrido nas décadas anteriores que colocou a Araucária na “lista vermelha” das espécies em risco de sobreviver. Tal condição teve como consequência decretos e portarias visando frear a extinção da espécie, mas, que tiveram um efeito contrário. “As legislações protegeram aquelas araucárias que existiam, mas não abriram a possibilidade de ampliar o seu plantio. Ou seja, impediram o corte das espécies existentes, mas não incentivaram o plantio nem a sua exploração”, relembra.
Outra questão abordada na palestra se referiu ao decreto 5499, de agosto de 2020, que instituiu o departamento de florestas plantadas (Deflop). Este, devido a um conflito de competências, teve sua criação revogada pelo próprio governo, deixando a questão indefinida. Segundo Fialho, outros parlamentares estão buscando desenvolver uma ação conjunta, em que o próprio executivo e o legislativo decidam em conjunto, para, rapidamente, substituir essa lei por uma nova, garantindo que as florestas plantadas tenham um espaço na estrutura governamental.
O Painel completo por ser acesso no Canal da Embrapa no Youtube.
O evento on-line foi organizado pela Embrapa Florestas e contou com a parceria do IDR-Paraná, Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Manuela Bergamin (MTb 1951/ES)
Embrapa Florestas
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