Ceará recebe curso on-line de manejo do algodoeiro
Ceará recebe curso on-line de manejo do algodoeiro
Nos dias 03 e 04 de março, a Embrapa Algodão realiza curso de manejo para a cultura do algodoeiro para técnicos agrícolas cearenses. Com quatro horas diárias, o treinamento, totalmente on-line, aborda questões como escolha e preparo do solo para plantio, quais tecnologias de sementes escolher, exigências e cuidados na hora da implantação do plantio adubação, manejo integrado de pragas (MIP), colheita e pós-colheita, destruição de restos culturais e vazio sanitário.
Os instrutores serão o engenheiro agrônomo e pesquisador Fábio Aquino e o biólogo Gildo Araújo, analista especialista em Desenvolvimento Regional Sustentável. O evento foi direcionado para um público-alvo composto mais por técnicos de prefeituras, de órgãos de assitência técnica rural e de bancos de desenvolvimento regionais, como BNB e da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri), entre outros.
Segundo Henrique Cavalcante de Freitas, engenheiro agrônomo e assessor técnico da Secretaria Executiva de Agronegócio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará (SEDET), o curso pretende capacitar pessoal que atua em campo. "Eles conhecem as áreas e os produtores. Nosso objetivo é oferecer uma reciclagem com técnicas atualizadas, dentro do que preconiza o nosso programa de modernização da cotonicultura no Estado", diz
Ele informa que foram inscritos profissionais de Fortaleza, Brejo Santo, Porteiras, Paramoti e Tauá, principalmente. "Vão atuar como multiplicadores", diz Henrique comentando ainda que, mesmo com registro de redução de área cultivada na safra passada, a cotonicultura mantém relevância no agronegócio cearense. Ele destacou a boa didática dos facilitadores e que novas edições desse tipo de treinamento ocorrerão durante os próximos meses.
Fábio Aquino, que trabalha no Campo Experimental da Embrapa Algodão em Barbalha (CE), informa que ficou acertado outros cursos de atualização durante a safra desse ano. "A gente tem a ideia de que os técnicos ligados às prefeituras nas principais regiões cotonicultoras do Ceará são o público mais importante que queremos atingir, porque são eles quem estão mais próximos dos produtores", afirma.
A ideia é desenvolver o sistema de cultivo com base tecnológica moderna, contextualizada à região. "Vamos potencializar vantagens como menor janela de plantio, menoR período chuvoso, para otimizar a tecnologia disponível no mercado para termos eficiência maior nos cultivos. A gente não priorizou a tanto a questão da produtividade, mas sim a qualidade já que aqui temos uma fibra com qualidade melhor", acrescentou.
Marenilson Batista, pesquisador e supervisor de Transferência de Tecnologias da Embrapa Algodão, em Campina Grande (PB), destaca que o curso é um esforço da empresa para, mesmo durante a pandemia do Covid-19, continuar capacitando técnicos de instituições parceiras.
O Ceará abriga o terceiro maior polo têxtil do Brasil, mas ainda importa fibra de outros estados. As condições edafoclimáticas do Semiárido são propícias à cultura, mas o trauma do bicudo-do-algodão fez a cotonicultura encolher no estado há mais de duas décadas. "Tecnologias como cultivares de algodão convencionais e transgênicas aliadas a manejo moderno controlam o bicudo e aumentam a produção e os custos de produção no Semiárido nordestino são menos de um terço do registrado no Cerrado", destaca Batista.
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