23/03/21 |   Pesca e aquicultura

Pesquisadoras da Embrapa Meio Ambiente integram grupo de trabalho para consolidação do setor aquícola no Brasil

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Foto: Jefferson Christofoletti.

Jefferson Christofoletti. -

Ana Paula Packer, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) e as pesquisadoras Mariana Silveira Silva e Fernanda Sampaio integram grupo de trabalho para consolidação do setor aquícola no Brasil.

Paula e Mariana participaram da primeira reunião, em março, para instalação do grupo que irá elaborar um material informativo/educacional sobre a produção de peixes no Brasil, suas condicionantes e características, níveis de comprometimento da qualidade da água onde a aquicultura é desenvolvida, para esclarecer setores que, por desconhecimento e muitas vezes movidos por outros interesses, se posicionam contrários à atividade. 

Paula destaca que a Rede de Monitoramento de Pesquisa e Monitoramento Ambiental da Aquicultura foi concebida para fomentar, com dados científicos, as discussões sobre condicionantes ambientais para a aquicultura, possibilitando o monitoramento da atividade e seu ecossistema. Complementa dizendo que a Rede é um importante instrumento de fomento aos diálogos entre ciência, poder público e o setor produtivo. 

Conforme Mariana, a Rede dos reservatórios da União é uma ferramenta potencial para auxiliar o grupo de discussão. “Um dos objetivos da Rede é fornecer dados científicos sobre a qualidade da água nas áreas de produção, bem como orientar os produtores sobre os parâmetros importantes a serem analisados”, diz a pesquisadora.

Além de ampliar conhecimentos sobre a atividade, a proposta do informativo que será elaborado é "quebrar" paradigmas, removendo juízos de valores contrários à atividade e resolver parte dos problemas da produção de peixes no Brasil. 

A construção multidisciplinar do material tem por objetivo atingir o setor produtivo e os gestores públicos “de forma a esclarecer setores que, por desconhecimento e muitas vezes movidos por interesses outros, se posicionam contrários à atividade”, explica Marilsa Patrício Fernandes, presidente-executiva da Peixe SP.

Para a construção desse material, os integrantes vão fornecer os subsídios técnicos, acrescentando à proposta, além dos conhecimentos científicos, apresentações e/ou treinamentos que se fizerem necessários para alinhar o entendimento, que muitas vezes esbarra na insegurança jurídica, impedindo o desenvolvimento da atividade aquícola, sendo a principal delas as questões de licenciamento ambiental.

A piscicultura movimenta uma parte importante da economia brasileira. E, para desenvolver ainda mais o setor, esse grupo tem o intuito de modelar ações conjuntas com órgãos estaduais de meio ambiente e ministérios públicos estaduais e federal sobre a atividade no País.

Será coordenado pela Agência Nacional de Águas (ANA), com a participação da Embrapa Meio Ambiente e da Embrapa Pesca e Aquicultura; da Secretaria de Aquicultura e Pesca (Sap/Mapa); Bahia Pesca; Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) de Pernambuco; Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri); e da Associação de Piscicultores em Águas Paulistas e da União (Peixe SP).

Cristina Tordin (MTb 28.499/SP)
Embrapa Meio Ambiente

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