No último domingo, dia 18 de abril, a família Embrapa perdeu mais um de seus membros: o pesquisador Tony Jarbas Ferreira Cunha. Aos 56 anos, faleceu em sua casa, na sua cidade natal Juazeiro, na Bahia. Tony já acumulava quase 25 anos de atuação na Empresa. O engenheiro agrônomo foi admitido na Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ) em 1996, onde além de pesquisador atuou também como Supervisor de Pesquisa entre os anos de 1999 e 2001. Em 2005 foi transferido pela Embrapa Semiárido, em Petrolina-PE, mantendo sua linha de pesquisa centrada na área de pedologia, um ramo das Ciências do Solo. Antes de ingressar na Embrapa, foi também pesquisador da extinta Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), no período de 1987 a 1996, quando cursou o mestrado em Geoquímica e Meio Ambiente pela Universidade Federal da Bahia (1992). Já atuando na Embrapa, formou-se doutor em Agronomia (Ciências do Solo) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2005). Entre suas mais recentes contribuições está o levantamento pedológico para o Zoneamento das Áreas Suscetíveis à Desertificação no Estado de Pernambuco, que culminou com a publicação de um livro, lançado no último mês. Também vinha se dedicando aos trabalhos de caracterização dos solos para recuperação das áreas degradadas em jazidas no município de Casa Nova, na Bahia. Ele coordenava as ações de avaliação do potencial agrícola dos solos do entorno do Parque Eólico do município. Vinha atuando , ainda, nos trabalhos de preservação ambiental e recuperação de mata ciliar no âmbito dos projetos realizados pela Unidade no entorno do Lago de Sobradinho e Lagos do São Francisco. Nos últimos anos, o pesquisador também se empenhou no trabalho voltado para a Indicação Geográfica dos Vinhos do Vale do São Francisco, realizando o levantamento pedológico de todas as fazendas onde estão instaladas as vinícolas da região e ambientes do entorno. Além de suas contribuições na área de PD&I, Tony Jarbas também era um importante colaborador do programa Embrapa & Escola e de outras ações de comunicação e transferência de tecnologia. Era conhecido pelas tradicionais oficinas “Pintando com Tintas de Solos”, nas quais apresentava, de forma lúdica, os tipos de solo, sua importância e as formas de evitar sua degradação, propondo às crianças a criação de desenhos utilizando este material. Atualmente, encontrava-se em regime de teletrabalho, sendo bastante ativo nos grupos, por vezes expressando suas preocupações, outras vezes descontraindo os colegas com comentários e brincadeiras. Na última semana, participou da Reunião Geral entre Gestores e Empregados, no formato on-line, realizada em 15 de abril (quinta-feira), data em que se celebra o Dia Nacional da Conservação do Solo. O velório é restrito, em razão da pandemia, realizado até as 15h do dia 19 de abril (segunda-feira), na igreja que era presidida por ele, na zona rural do município.