05/05/21 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Ciência agropecuária produzida no Pará está entre as mais acessadas do país

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Foto: Reprodução

Reprodução - Os repositórios da Embrapa disponibilizam gratuitamente publicações tecnocientíficas a diversos públicos.

Os repositórios da Embrapa disponibilizam gratuitamente publicações tecnocientíficas a diversos públicos.

Publicações elaboradas pelos especialistas da Embrapa Amazônia Oriental somaram nos últimos dez anos mais de nove milhões de downloads. Números que colocam o centro de pesquisa localizado no Pará entre os mais bem colocados neste quesito, no ranqueamento com as mais de 40 unidades descentralizadas da Embrapa em todo Brasil. O levantamento compreende o período de março de 2011 a março de 2021 e abrange os repositórios públicos Infoteca-e, Alice e o Ainfo, nos quais alcançou respectivamente, o segundo, terceiro e quarto lugar.

É a produção científica e tecnológica feita no Pará chegando a diversos públicos, contribuindo com o avanço da ciência, a capacitação de profissionais, produtores e o desenvolvimento agropecuário sustentável.

Quando analisados os dados da Infoteca-e (Informação Tecnológica da Embrapa), a Unidade paraense fica em segundo lugar geral, atrás apenas da Embrapa sede, com um total de mais 2 milhões e 400 mil acessos. Esse repositório reúne publicações com informações sobre tecnologias produzidas pela Embrapa e seus parceiros, em linguagem acessível, na forma de cartilhas, livros, manuais e programas de rádio e de televisão, entre outros, de maneira gratuita. É destinado a produtores rurais, extensionistas, técnicos agrícolas, estudantes e professores de escolas rurais, cooperativas e outros segmentos da produção agrícola.

Na bases de dados Acesso Livre à Informação Científica da Embrapa (Alice), conquistou o terceiro lugar, totalizando mais de um milhão e 600 mil downloads de publicações voltadas à comunidade científica. São capítulos de livros, artigos em periódicos indexados, artigos em anais de congressos, teses e dissertações, notas técnicas, entre outros tipos de publicações que contribuem para o aumento do impacto dos resultados de pesquisa e para maior visibilidade da atuação da Embrapa e do trabalho de seus pesquisadores. Já no Ainfo, o buscador com interface para internet no Portal da Embrapa e mais uma opção de acesso ao acervo tecnocientífico, foram baixados outros cinco milhões de arquivos diversos, alcançando o quarto lugar nacional.

 

Acessos demonstram alinhamento entre a produção científica e as demandas da sociedade

Para Adriano Venturieri, chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, a boa colocação é recebida como reconhecimento ao trabalho executado e um reflexo do alinhamento da pesquisa e das publicações às necessidades do setor produtivo agropecuário e florestal da região. “Conhecimento é fundamental ao setor produtivo e informações atualizadas dão suporte as decisões estratégicas ao desenvolvimento sustentável regional”, avalia o gestor.

Sentimento semelhante compartilhado por Walkymário Lemos, chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento: "A pesquisa científica desenvolvida pelas diferentes equipes da Embraba carrega uma série de grandes desafios, desde de avançar no conhecimento cientifico, até oferecer aos mais diversos públicos, por meio de seus resultados, entregas impactantes e inovações, benefícios diretos ao desenvolvimento da agricultura com sustentabilidade e a toda sociedade".

Em uma outra ponta da cadeia de conhecimentos, Romier Sousa, professor da graduação e mestrado do Instituto Federal do Pará, Campus Rural de Castanhal (IFPA) fala sobre a importância da produção científica da Embrapa, de acesso público e gratuito, para a formação dos futuros profissionais do setor. “Os trabalhos da Embrapa Amazônia Oriental, especialmente relacionados a Agroecologia e práticas de produção na agricultura familiar, são referências importantes nos processos de formação no IFPA Campus Castanhal, nos diferentes níveis de ensino. As pesquisas sobre roça sem queima, sistemas agroflorestais e manejo orgânico do solo são fundamentais para avançarmos na sustentabilidade das comunidades Amazônicas. Sempre usamos em nossas aulas e atividades de formação”, afirma o acadêmico.

 

Publicações campeãs de acesso em 2020

Apesar dos desafios impostos pela pandemia de Covid 19 no ano de 2020, a Embrapa seguiu com sua missão de “viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura, em benefício da sociedade brasileira” e parte desse trabalho se reflete nas publicações e produtos disponibilizados.

No ranking das mais acessadas entre as centenas de publicações inseridas no acervo, pelo centro de pesquisa no Pará neste período, temas e formatos diversos corroboram para a análise de que as entregas tecnocientíficas representam diversidade de conteúdos e de públicos com a democratização de conhecimento.

1ª – Recomendações de calagem e adubação para o estado do Pará

Um dos editores do livro, o pesquisador Edilson Brasil se disse muito feliz com o grande número de acessos e mais ainda com perspectiva da utilização do conteúdo no auxílio ao desenvolvimento regional. “A publicação possui uma relação direta com a situação atual de avanço da produção agropecuária e florestal do estado do Pará e seu uso permite um aumento, ainda, maior da produtividade das culturas, por meio das práticas de calagem e adubação, para a melhoria da fertilidade dos solos, com reflexos diretos para a obtenção de maiores retornos econômicos aos produtores”, declarou.

2º - Histórico e desafios da pecuária bovina na Amazônia

A publicação da série documentos tem como um dos autores o pesquisador Moacyr Bernardino Dias-Filho e historia em 400 anos, as fases e desafios da pecuária bovina na Amazônia desde a introdução dos primeiros animais em meados de 1600. Para o pesquisador, a boa repercussão reflete esse interesse sobre passado e histórico da pecuária na Amazônia, mas com olhos no futuro. “As pessoas estão compreendendo que através das lições do passado somos capazes de compreender o presente e direcionar o futuro da atividade na região”, enfatiza Dias-Filho.

3º - Calendário de fruteiras na Amazônia nativas e exóticas

A publicação ilustrada em forma de calendário conta com a autoria da pesquisadora Walnice Oliveira do Nascimento. A cientista avalia com satisfação o ranqueamento da publicação por entender que as informações e a forma de apresentação do calendário podem auxiliar no fortalecimento da fruticultura na Amazônia, atividade associada a geração de renda à agricultura familiar e preservação da floresta. E acrescenta “o principal diferencial é facilitar o acesso de informações, em uma única publicação ilustrada e de simples leitura, de conteúdos técnico-científicos com as fases fenológicas, ou seja, as fases de desenvolvimento vegetativo e reprodutivo das fruteiras nativas organizados ao longo de 12 meses, para mais de 20 espécies frutíferas, contribuindo com o planejamento, cultivo das espécies e fortalecimento da cadeia produtiva”.

 

Kélem Cabral (MTb 1981/PA)
Embrapa Amazônia Oriental

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