Serviços ecossistêmicos, Plataforma Pecuária de Baixo Carbono e evolução dos sistemas de integração foram abordados no II Congresso Mundial sobre ILPF
Serviços ecossistêmicos, Plataforma Pecuária de Baixo Carbono e evolução dos sistemas de integração foram abordados no II Congresso Mundial sobre ILPF
Durante o II Congresso Mundial sobre Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária Floresta (ILPF), realizado de forma on-line nos dias 4 e 5 de maio, os pesquisadores Julie Ryschawy (Institut National de la Recherche Agronomique - INRA), Manuel Macedo (Embrapa Gado de Corte) e Lourival Vilela (Embrapa Cerrados) abordaram, respectivamente, os serviços ecossistêmicos nesses sistemas, a Plataforma Pecuária de Baixa Emissão de Carbono e a evolução dos sistemas de ILP e ILPF no Cerrado e no Brasil. Eles participaram da segunda parte do primeiro painel do evento – Desafios e Oportunidades para os Sistemas de ILPF no Mundo.
Julie Ryschawy apresentou uma análise de diferentes regiões da França com sistemas de ILPF e a experiência com uma solução tecnológica construída a partir da colaboração entre produtores especializados na integração entre a agricultura e a pecuária naquele país.
“Existe um interesse renovado nos sistemas de integração em todo o mundo. Podemos considerar os sistemas de ILPF como serviços ecossistêmicos”, comentou, destacando as relações que podem ocorrer entre as culturas comerciais usadas para alimentar os animais, bem como os animais a pasto sendo utilizados em rotação com culturas, o uso de gramíneas e leguminosas para melhorar o ciclo do nitrogênio e a reciclagem dos dejetos dos animais.
Segundo a pesquisadora, considerando essas relações entre os cultivos e a pecuária, é possível reduzir o uso de insumos e favorecer o uso de serviços ecossistêmicos em sistemas de ILP. “Mas precisamos considerar o nível de integração efetiva entre a lavoura e a pecuária. Se não forem integrados apropriadamente, não teremos os benefícios da diversificação das culturas comerciais e das gramíneas para os animais, e limitaremos o potencial das integrações lavoura-pecuária e dos serviços ecossistêmicos”, ponderou.
Ela apontou que, devido a questões de limitação de mão de obra, tem havido um declínio dos sistemas de ILP nas propriedades europeias, e o desafio tem sido reconectar os produtores a esses sistemas por meio da integração regional entre agricultores e pecuaristas.
A partir da comparação de três diferentes regiões que praticam a ILP na França, uma com predomínio a agricultura, outra da pecuária e outra em que há um equilíbrio das atividades, Ryschawy mostrou os diversos serviços ecossistêmicos oferecidos por esses sistemas e os respectivos impactos no mercado, nos empregos, nos insumos, no ambiente e no clima, bem como em aspectos socioculturais.
“Os grupos de serviços ecossistêmicos em regiões de ILP são bastante equilibrados quando comparados a áreas mais especializadas, seja de agricultura ou de pecuária”, disse, explicando que isso está associado à densidade animal e às áreas plantadas, e que a concorrência entre agricultura e pecuária na Europa é influenciada por diversos fatores, como as condições edafoclimáticas e a disponibilidade de mão de obra.
A pesquisadora acredita que, se os produtores forem motivados a adotarem sistemas integrados e diversificação de culturas, bem como a utilizarem insumos locais, aumentará a predominância de sistemas de ILP. Nesse sentido, ao falar sobre as alavancas utilizadas para favorecer a ILP e os serviços ecossistêmicos na propriedade, Ryschawy afirmou que a chave é pensar no tipo de sistema que esteja consoante com a sensibilidade do ecossistema local. Para isso, pode ser feita a diversificação na rotação de culturas, buscando incluir gramíneas e leguminosas puras ou combinadas; culturas de cobertura para alimentar os animais e a melhoria dos esquemas de qualidade para melhor preço de venda dos animais.
Em nível regional, a pesquisa mostrou como exemplo uma abordagem colaborativa de aproximação entre agricultores e pecuaristas especializados no sudoeste da França. “Onde não é possível a introdução da pecuária na propriedade, uma opção é reconectar as necessidades dos produtores agrícolas às necessidades dos pecuaristas e desenvolver uma complementariedade entre eles para fazer a diversificação de culturas, inclusive gramíneas e leguminosas para alimentar os animais localmente, e também desenvolver um sistema de trocas”, disse.
Para isso, foi desenvolvido um jogo sério chamado Dynamix. Em duas horas, um grupo de 10 a 15 produtores repensa suas propriedades com a ajuda de um assessor. Os agricultores tentam encontrar gramíneas usadas nas rotações de culturas e que podem ser vendidas aos pecuaristas. Já os pecuaristas podem verificar as necessidades de proteína para os animais e quais as culturas agrícolas podem atender a essa demanda.
As necessidades de compra e venda de todos os produtores são conectadas em uma plataforma digital, e um modelo matemático simula cenários para quantificar o que pode ser feito e avaliar os sistemas ecossistêmicos produzidos em nível individual e coletivo.
Ryschawy considera a opção interessante no caso de impossibilidade de adoção da ILP na propriedade. “Sempre precisamos pensar em como favorecer esse tipo de cenário, o que precisaremos de conhecimento, tecnologia, de trabalhar a aversão ao risco dos produtores. Também precisamos considerar aspectos sociais como contratos, regulamentações, organizações coletivas e logística, sempre chegando a um compromisso entre a escala individual e a coletiva”, finalizou.
Plataforma Pecuária de Baixa Emissão de Carbono
O pesquisador Manuel Macedo destacou que a mitigação da emissão de gases de efeito estufa (GEE) é um grande desafio da agricultura brasileira. Ele comentou que o Brasil, sétimo maior emissor mundial de GEE, não é o principal “vilão” da história, com números muito menores em relação à China e aos Estados Unidos. No País, a agricultura é responsável por 27% das emissões, sendo a mudança de uso da terra corresponde a 45%. Em 2018, 61% das emissões da agricultura nacional estavam ligadas à fermentação entérica dos animais.
Em 2010, o Brasil lançou o Plano ABC, que incentiva o uso de seis tecnologias para a agricultura de baixo carbono – recuperação de pastagens degradadas, ILPF e sistemas agroflorestais, sistema plantio direto, fixação biológica de nitrogênio, florestas plantadas e tratamento de dejetos animais. Também apresentou objetivos voluntários de redução de 133 a 163 milhões de megagramas de CO2 equivalente até 2020 com a adoção dessas tecnologias em 30,5 milhões de ha. Em 2018, a área alcançada já era de 52 milhões de ha e foram mitigados 170 milhões de megagramas de CO2 equivalente.
O Plano ABC deu início à história da Plataforma Pecuária de Baixa Emissão de Carbono. Em 2011, a Embrapa lançou a Rede Pecus, rede de pesquisa para desenvolver tecnologias de produção animal de baixo carbono. Em 2015, foi iniciada a produção de carne carbono neutro, conceito comercial desenvolvido pela Embrapa visando à produção de carne de baixa emissão de carbono. Em 2019, foi lançada a marca Carbono Neutro, referente à neutralização dos GEE pela conservação das árvores nativas existentes no sistema de produção bovina. Em 2020, foi lançada a marca conceitual Produção de carne brasileira de baixo carbono, com o objetivo de valorizar a produção de carne sustentável, capaz de mitigara emissão de metano durante o processo de produção em pastagens tropicais bem manejadas.
E em 2021, foi lançada a Plataforma Pecuária de Baixa Emissão de Carbono, que inclui diversos conceitos para atender aos requisitos para suportes financeiros para o desenvolvimento de marcas conceituais e a valorização dos produtos de pecuária. Também foi lançado neste ano, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Plano ABC+ (2020-2030), atualizando as bases conceituais e os objetivos estratégicos para a promoção da agricultura de baixa emissão de carbono no Brasil.
Segundo Macedo, a plataforma é um conjunto de diferentes marcas conceituais formadas com conteúdo de aplicação da legislação ambiental atual e de boas práticas agropecuárias na produção de carne – práticas certificadas e que cobrem aspectos como manejo do solo, pastagens, animais, árvores e culturas anuais que visam neutralizar ou mitigar a emissão de GEE para uma produção agrícola sustentável.
“A Embrapa tem sido reconhecida como uma protagonista pioneira desses conceitos”, comentou o pesquisador, lembrando que as iniciativas de baixo carbono estão presentes em todo o mundo. No Brasil, parcerias têm sido estabelecidas com frigoríficos, como a entre a Embrapa e o Marfrig para a produção de carne de baixo carbono brasileira.
Ao falar sobre o cenário atual e os desafios para a plataforma, Macedo apontou que pegada de carbono, mitigação, redução ou neutralização das emissões de GEE em sistemas de produção de carne são estratégicos para os consumidores, produtores e governos, devendo ser buscadas oportunidades de negócios no contexto de sustentabilidade, eficiência produtiva, mudanças climáticas, impacto ambiental, sanidade e bem-estar animal, segurança alimentar e credibilidade internacional.
Ele comparou o foco das marcas conceituais mais recentes. A marca Carne brasileira de carbono neutro enfoca a árvore, com ação de neutralização da emissão de GEE numa área de 2 a 10 milhões de ha. Já a marca Carne brasileira de baixo carbono focaliza o solo, com ação de mitigação da emissão de GEE em 40 a 50 milhões de ha a longo prazo. “O apelo do mercado deve ser maior no carbono neutro e um pouco menor no baixo carbono”, observou.
Os requisitos para a carne brasileira de carbono neutro envolvem sistemas de produção, que podem ser de ILPF ou IPF; boas práticas agropecuárias baseadas em diferentes protocolos nacionais; sequestro de carbono pelos troncos das árvores; e monitoramento do manejo da pastagem. Esses requisitos foram testados em diversas propriedades rurais. O pesquisador lembrou que os indicadores da produção de carne carbono neutro devem ter fácil aplicação no campo e possam ser checados pelo certificador.
Macedo citou uma avaliação e estimativa de 72 meses com sistemas pecuários que utilizaram 300 árvores, o suficiente para neutralizar completamente as emissões de GEE de 4 UA*/ha/ano. Já 227 árvores foram suficientes para neutralizar 2 UA/ha/ano. Também mostrou uma simulação sobre o que pode ocorrer com o estoque de carbono do solo na vegetação nativa e em diferentes sistemas de produção de uso da terra, atestando que a melhoria da qualidade das pastagens e o uso de sistemas de integração permitem, ao longo do tempo, maior acúmulo de carbono no solo e emissões de mais UA neutralizadas. Outra forma de uso da plataforma se dá em pastagens com árvores nativas no Cerrado.
O pesquisador mostrou um estudo recente da Universidade do Colorado sobre o impacto da produção de carne no clima que apontou redução de 40% nas emissões líquidas de GEE utilizando o manejo de pastagens para o sequestro de carbono. No Brasil, observou-se redução de 57% nas emissões de GEE em pastagens manejadas.
“Se olharmos o cenário como um todo, vemos como as marcas-conceito (da plataforma) interagem com esse cenário e estão em sinergia com outras políticas nacionais e estaduais”, concluiu, explicando o fluxograma da operação da plataforma, iniciado pela Embrapa e que envolve certificadores, produtores, frigoríficos e mercado consumidor.
Evolução dos sistemas ILP e ILPF no Cerrado e no Brasil
O pesquisador Lourival Vilela falou sobre a adoção dos sistemas de integração, sobretudo ILP, o conhecimento adquirido em mais de quatro décadas de pesquisa, as características dos diferentes sistemas e a adoção no Brasil. Ele lembrou que o desenvolvimento de sistemas de produção que minimizassem riscos e maximizassem a produção com a otimização dos fatores de produção (capital, mão de obra e terra) já estavam nos compromissos para a Embrapa Cerrados desde que foi criada, em 1975.
No mesmo ano, foi delineado na unidade de pesquisa um experimento de 80 ha com a previsão de alguns sistemas semelhantes ao que atualmente é praticado, como pastagens contínuas, consórcio de braquiária com arroz, rotação arroz-gramíneas sucedida por pastagem e rotação soja-milho.
Segundo Vilela, as pesquisas se voltaram ao aperfeiçoamento de sistemas de integração que já eram conhecidos e utilizados pelos produtores. Ele destacou alguns dos principais benefícios desses sistemas, como: intensificação do uso racional dos fatores de produção; melhoria das propriedades químicas, físicas e biológicas do solo; redução da ocorrência de plantas invasoras, insetos-pragas e doenças; produção de forragem em quantidade e qualidade na estação seca, evitando a perda de peso dos animais; aumento da produção de forragem, carne e grãos na mesma área; e mitigação de GEE.
Ele mostrou o aumento do tempo de produção de uma mesma área ao longo do ano com a adoção dos sistemas de integração. Se com a monocultura de soja ou arroz o tempo correspondia a 42% do ano, com a introdução do milho passou para 50%; para 75% com a sucessão soja-milho e para cerca de 90% com a ILP (soja seguida de milho com capim braquiária e pecuária).
Nos experimentos em que houve a introdução da braquiária, foram observados incrementos na matéria orgânica do solo e maior eficiência do uso do fósforo da adubação, com menor demanda do nutriente para obtenção da mesma produtividade de soja, em comparação com os sistemas convencionais.
O pesquisador apresentou dados de um estudo de longa duração sobre a taxa de acumulação e o estoque de carbono no solo em sistemas de ILP, que se mostrou 54% superior ao observado em um sistema de rotação soja-milho em sistema de plantio direto. “Um grande responsável por isso é a quantidade de raízes (de braquiária) que ficam ao longo do perfil do solo, numa situação de alta atividade microbiológica”, apontou, citando ainda outros estudos mostrando decréscimo de 56% na emissão de óxido nitroso em sistemas de ILP, bem como a possibilidade de engorda de animais no período seco para abate devido à maior produção de forragem.
Ele falou sobre os diversos sistemas de integração lançados a partir da década de 1990, como o Barreirão (arroz em consórcio com braquiárias para a recuperação ou renovação de pastagens); o Santa Fé (produção de forragem para entressafra e palhada para o Sistema Plantio Direto); o Santa Brígida (consórcio de milho com capim e leguminosas); o São Mateus (recuperação de pastagens em solos arenosos para produção de carne na estação seca e palhada para o plantio direto); Santa Ana (consórcio de capim com diversas culturas para recuperação de pastagens e produção de silagem), São Francisco (sobressemeadura de forrageiras em soja ou milho em final de ciclo), Gravataí (consórcio de feijão-caupi com braquiárias) e Boi safrinha (produção de forragem consorciada com culturas de verão para cobertura do solo e forragem na entressafra).
“Mas antes desses sistemas, já haviam fazendas trabalhando com ILP. Houve uma evolução não só na pesquisa como também nas propriedades”, lembrou o pesquisador, abordando as experiências da Fazenda Santa Terezinha, em Uberlândia (MG), onde foram validados trabalhos de recuperação de pastagens a partir de 1983, permitindo evolução na taxa de lotação de 1,1 cab/ha para 3,2 cab/ha em 1996; na Fazenda Cabeceiras, em Maracaju (MS), com rotação de soja, algodão e pastagem no verão e consórcios de forrageiras e milho safrinha com capim no inverno.
O pesquisador destacou as possibilidades do sistema Boi Safrinha, como milho consorciado com capim braquiária, manejo da pastagem para engorda dos animais na seca e para o plantio direto da cultura de verão seguinte. Ele citou os experimentos na Fazenda Triunfo, em Formosa do Rio Preto (BA) (veja detalhes aqui). Vilela destacou o efeito do pastejo no aumento da produção de grãos em algumas áreas, citando dados de estudos realizados no sul do País e observações de produtores. O mesmo foi verificado na Fazenda Triunfo, que chegou a colher 6 sacas de soja a mais por hectare, em áreas testadas de 100 ha durante três safras.
No início dos experimentos na propriedade no Oeste baiano, em 2010, os animais foram abatidos aos 36 meses. Cinco anos depois, com a melhoria do manejo animal e da genética, a idade de abate foi reduzida a 67%, alcançando 24 meses, sendo que atualmente parte dos animais são abatidos com cerca de 20 meses, com aumento do peso médio de carcaça.
A fazenda testou, ainda, o Sistema São Francisco, realizando a sobressemeadura de capim Mombaça em soja em 200 ha em 2017, ampliando a área nas safras seguintes e alcançando 3 mil ha na safra 2020/21. O sistema foi também testado em Goiás, em parceria com o Instituto Federal Goiano – Campus Rio Verde, com a avaliação de diferentes opções de forrageiras e o benefício das palhadas para o Sistema Plantio Direto, que proporcionaram rendimentos de grãos superiores aos observados nas lavoras cultivadas sobre a palhada do milho safrinha.
Ele falou sobre os aprendizados com o primeiro experimento com ILPF da Embrapa Cerrados, implantado em 2008. Foram analisados diferentes arranjos e populações de árvores de eucalipto. A soja foi a cultura de verão nos três primeiros anos, sendo o sorgo cultivado no quarto ano. “A partir do segundo ano, houve um grande impacto na produção dos sistemas com maior densidade e menor espaçamento de árvores. Ao longo do tempo, aprendemos com nossos erros, e hoje isso está bem ajustado”, disse. Outra observação é que, devido à maior densidade de árvores, há maior sombreamento, levando à redução da disponibilidade de forragem, o que afeta diretamente o ganho de peso por hectare dos animais.
Vilela falou sobre uma pesquisa conduzida pela Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (MT), que mostrou o ganho de peso por hectare foi significativamente maior no sistema ILPF em comparação com o ILP. Segundo o pesquisador, foi relatado que a melhoria do microclima proporcionado pelas árvores do sistema favoreceu o conforto térmico para os animais. Ele acrescentou que a ILPF é uma opção interessante para regiões como o Mato Grosso e o Cerrado do Brasil Central em função do período seco do ano, além de fornecer madeira.
O pesquisador mostrou resultados de um trabalho da Embrapa Cerrados sobre balanço de carbono em sistema ILPF. “A grande diferença desse sistema está no carbono fixado nos troncos comercializáveis, mostrando o grande benefício da introdução da árvore, além do bem-estar animal”, comentou.
Ele encerrou a apresentação abordando a adoção dos sistemas de integração no Brasil, citando o levantamento do grupo Kleffmann realizado na safra 2015/16, com suporte da Embrapa. Foi estimado, na época, o uso dos sistemas de integração em 11,5 milhões ha no País, principalmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. “Hoje, temos ILP e ILPF em todo o Brasil. Além disso, ainda temos potencial para expandir a área”, afirmou.
Vilela concluiu a apresentação afirmando que com os sistemas de integração é possível dobrar a produção nacional de carne sem desmatar nem mais um hectare. “Temos 38 milhões ha de soja, 19 milhões ha de milho, quase 80% de segunda safra, e 162 a 182 milhões ha de pastagens. Imaginem entrarmos nessas áreas de pastagem fazendo ILP e produzindo carne”, projetou. “Temos um potencial muito grande e, felizmente, nossos produtores, além do conhecimento adquirido, têm bastante experiência. E havendo incentivo, com certeza podemos expandir muito a área de ILP e ILPF”, completou.
O II Congresso Mundial sobre Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta é uma realização da Embrapa, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Rede ILPF, Semagro MS, Famasul MS e Fbeventos.
Serviço
WCCLF 2021 – De 4 a 5 maio de 2021, www.wcclf2021.com.br
Temas dos painéis e palestras
Link de acesso: www.wcclf2021.com.br/programacao
*Unidade Animal, equivalente a um bovino de 450 kg de peso vivo.
Breno Lobato (MTb 9417-MG)
Embrapa Cerrados
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