Uso da gliricídia reduz custos de produção e aumenta a sustentabilidade da pimenta-do-reino
Uso da gliricídia reduz custos de produção e aumenta a sustentabilidade da pimenta-do-reino
O último vídeo da série “Cultivo da pimenta-do-reino” ensina como implantar uma área de produção de gliricídia, árvore leguminosa de rápido crescimento, que serve como tutor vivo (suporte para o crescimento) da pimenteira-do-reino. O uso dessa planta reduz a dependência das estacas de madeira, diminui custos de produção, aumenta a longevidade do pimental e reduz o impacto ambiental da atividade.
A gliricídia (Gliricidia sepium L.) é uma árvore leguminosa nativa da América Central, cujo tronco serve de apoio para o crescimento da pimenta-do-reino, por isso é chamada de tutor vivo, ao contrário das estacas de madeira, que são conhecidas como tutor morto. |
João Paulo Both, analista da Embrapa Amazônia Oriental, ensina como implantar um jardim clonal de gliricídia que, na prática, é uma área de produção da planta. “Dessa forma, o agricultor vai produzir suas próprias estacas para o cultivo da pimenteira-do-reino”, afirma Both.
Ele explica que em uma área de dez metros quadrados, por exemplo, é possível plantar 100 mudas de gliricídia e obter, a cada ano, 400 novas estacas. “O produtor só precisa adquirir as mudas uma única vez para implantar a área. E a partir disso começa a produzir suas próprias estacas, que podem servir para ampliar seu pimental ou mesmo para comercializar mudas de gliricídia”, explica o analista.
Produção mais sustentável
As vantagens do uso da gliricídia como tutor vivo da pimenteira-do-reino são inúmeras, segundo Oriel Lemos, pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental. A primeira é a redução em 28% do custo de implantação do pimental em comparação ao sistema tradicional com o chamado tutor morto (estacas cortadas de madeira), que além de encarecer a produção, tem um grande impacto ambiental.
“O uso de estacas de gliricídia como tutor vivo contorna a dificuldade de obtenção de estacões, diminuindo os impactos ambientais e aumentando a longevidade dos pimentais”, acrescenta o pesquisador. Outra vantagem do uso da gliricídia é a melhoria na condição do solo, já que a árvore aumenta o teor de matéria orgânica, reduz erosão e contribui na fixação de nitrogênio. Assim, o gasto com fertilizantes também é reduzido.
Além disso, as árvores de gliricídia promovem um ambiente melhor para o agricultor trabalhar, com sombra e redução da temperatura. E também contribuem para um pimental mais longevo e produtivo.
Vídeos disponíveis no YoutubeA série de vídeos “Cultivo da pimenta-do-reino” apresentou soluções para as principais dúvidas e desafios do pipericultor da Amazônia. Os conteúdos abordaram a escolha da área e preparo do solo, a produção de mudas sadias, o controle e prevenção de doenças e tecnologias para melhorar a produção e garantir mais sustentabilidade e competividade à pimenta produzida no Pará. Os vídeos estão disponíveis na playlist “Cultivo da pimenta-do-reino” no canal da Embrapa no Youtube. A série de vídeos contou com a parceria da empresa Tropoc, sedida em Castanhal, estado do Pará. |
Ana Laura Lima (MTb 1268/PA)
Embrapa Amazônia Oriental
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