Webinar do SoilsPlay discute o processo de criação de games
Webinar do SoilsPlay discute o processo de criação de games
O quarto webinar da etapa de sensibilização do projeto SoilsPlay – o agro entrou no jogo abordou, na terça-feira (11/5), aspectos do processo de produção para o desenvolvimento de um game. Os especialistas convidados foram Rogério Félix, diretor acadêmico do Núcleo Game da Zion Escola de Entretenimento, e Rodrigo Silva, character artist no Game Generation e instrutor de games e ilustração na Zion.
O SoilsPlay é um desafio de inovação organizado por Embrapa Solos (RJ), Firjan SENAI e Sistema CNA/Senar, com apoio da Associação Brasileira das Empresas Desenvolvedoras de Jogos Digitais (Abragames) e da Escola Zion, que agrega o agronegócio e a indústria de jogos digitais, duas das maiores cadeias de valor do mundo dos negócios.
>> Assista à live completa
No início da live, foi apresentado um vídeo institucional curto com a demonstração real das etapas de produção de um jogo, desenvolvido por 14 alunos da Escola Zion ao longo de 10 meses, sob orientação de professores, utilizando a ferramenta de programação Unreal Engine.
Rogério Félix ressaltou, especialmente para aqueles que estão iniciando sua trajetória como desenvolvedor de games, a importância de se aprofundar no conhecimento de programação. “Existem várias formas de realizar a programação, a partir de diversas linguagens. E para quem está pensando em entrar nesse mercado e por qual caminho seguir, um deles é a programação, que hoje é o novo inglês. É tão importante quanto o conhecimento do idioma. Porque cada vez mais estamos conectados em aplicativos, computadores e sistemas, e todos eles são gerenciados por linguagem de programação.”
Além da programação, outras etapas muito importantes são fundamentais para o desenvolvimento de um game, como animação, partículas (efeitos diversos como rastros de fumaça, explosões, bolhas na água, vento), modelagem 3D, level design (construção dos cenários virtuais), música e áudios, que foram comentadas pelos especialistas ao longo da live.
Rodrigo Silva elencou algumas características que considera fundamentais para que um desenvolvedor de games consiga se inserir e ter boa atuação no mercado. “A primeira habilidade é a criatividade, e ela precisa ser desenvolvida ao longo do tempo através de muita referência. Uma mente criativa precisa de muito conhecimento, tem sempre que estar trabalhando. A segunda coisa é ter um senso crítico construtivo, reparar aquilo que pode ser melhorado, acompanhar as boas referências profissionais. Entender o fluxo do mercado, para onde ele está caminhando, também é algo muito importante. Buscar seguir para áreas que estão oferecendo mais oportunidades, observar os nichos que o mercado vai abrindo. E é preciso estudar muito, ter uma constância de produção e postar seus trabalhos, para receber feedback. Ter muita organização também é essencial, seja nos estudos ou no desenvolvimento dos projetos.”
Outra dica para os desenvolvedores iniciantes foi a de aprofundar-se no conhecimento sobre os fundamentos das etapas de desenvolvimento, antes mesmo de conhecer a fundo as ferramentas. “Você é a melhor ferramenta do mundo. Se você conhece os princípios, os fundamentos, não importa a ferramenta. É claro que algumas ferramentas são mais prontas e rápidas do que outras, mas não é preciso ficar refém delas. Quando estiver estudando modelagem, por exemplo, estude os princípios, o que é uma aresta, um vértice. Se souber bem isso, você só precisará encontrar como utilizar a ferramenta que escolheu para desenvolver. Pensar logicamente é mais importante do que a ferramenta”, ressaltou Félix
Desafios do SoilsPlay
Os especialistas comentaram sobre os desafios do projeto, que buscam propostas que contribuam para comunicação sobre a necessidade de disseminação e adoção de práticas e tecnologias de uso e manejo do solo para uma agricultura sustentável; ampliem o conhecimento técnico sobre solos e promovam questionamentos que auxiliem na construção de uma sociedade mais consciente de sua contribuição para a sustentabilidade da vida no planeta.
Rodrigo Silva reforçou a necessidade de que as equipes que irão se inscrever no SoilsPlay entendam bem quais são os objetivos do projeto. “É preciso entender bem o briefing e solidificar a base. O entendimento do projeto e do percurso a percorrer é fundamental. Especialmente para o SoilsPlay, que tem uma proposta bem diferente, que é unir o agro com os games. É preciso entender seus objetivos, em que o game irá somar para a indústria brasileira.”
Uma das participantes da live comentou pelo chat sobre a riqueza dos biomas brasileiros - Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal – e como eles poderiam render ideias para os cenários dos games do SoilsPlay. Rogério Félix concordou, e foi além. “Eu gostaria muito de jogar coisas que me ensinassem sobre esses biomas. Quais os segredos que posso absorver, quais estratégias de jogabilidade eu consigo criar utilizando a fusão desses biomas. Imagina se o bioma não for o ambiente em que eu ando, mas sim a ferramenta que eu utilizo. Eu tiro da sacolinha um bioma e faço acontecer. Aí eu preciso saber qual o bioma certo para usar naquela momento para que eu possa executar a missão.”
Por fim, Félix disse que está otimista com os resultados que aparecerão quando o edital do projeto SoilsPlay for lançado, pois acredita na força criadora das startups. “A grande maioria delas já nasce para fazer diferente, ser criativa onde as pessoas não estão sendo e apresentar soluções com a nova linguagem do nosso século. Estou muito esperançoso com essa iniciativa da Embrapa, por meio do SoilsPlay, pois nós vamos aprender a falar do agro de uma maneira diferente, conectar de várias formas os mercados do agro e dos games.”
Ao final da live, foi anunciado que o mascote do Soilsplay está sendo desenvolvido por uma aluna da Escola Zion, e que será apresentado em breve ao público.
Conheça os 5 temas do desafio de inovação
Startups e empresas que participarão da chamada pública do SoilsPlay, que será publicada após a etapa de sensibilização, serão desafiadas a apresentar propostas de games que contemplem aspectos técnicos, capacitação e possíveis simulações de cenários para os cinco temas definidos – mercado de carbono, sistemas integrados de produção, serviços ecossistêmicos, recuperação e conservação de solos e experiência do consumidor.
>> Baixe documento com descrição completa dos cinco desafios
O primeiro webinar foi realizado no dia 26/3 e ajudou a entender melhor o tema mercado de carbono, com os convidados Daniel Pérez, chefe de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Solos, e Paulo Costa, assessor do diretor do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
O segundo encontro explorou o mundo do desenvolvimento de games, com Priscilla Vasconcelos, pesquisadora do Instituto SENAI de Inovação, e Igor Arnaldo de Alencar, game designer, professor e consultor na área.
Serviços ecossistêmicos foi o tema abordado no terceiro webinar, que aconteceu no dia 22/4. Participaram as especialistas Rachel Bardy Prado, pesquisadora da Embrapa Solos, e Natalia Lutti, pesquisadora do Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV.
Arte
Durante a live do quarto webinar, moderada por Fabricio De Martino, a artista Milena Pagliacci ilustrou o encontro em tempo real. Confira o resultado:
Fernando Gregio (MTb 42.280/SP)
Embrapa Solos
Contatos para a imprensa
fernando.gregio@embrapa.br
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/