07/06/21 |   Produção vegetal

Acre recebe reconhecimento internacional de área livre de aftosa

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Foto: Bruno Pena Carvalho

Bruno Pena Carvalho -

O rebanho bovino no Estado do Acre recebeu o reconhecimento internacional de área livre de aftosa sem vacinação concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A notícia foi dada através de uma live com participação da Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e parlamentares dos estados do Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, Amazonas e do Mato Grosso, estados que também obtiveram o mesmo reconhecimento no dia 27 de maio de 2021.

No Acre, o rebanho não precisa mais ser vacinado contra a doença desde setembro de 2020, quando entrou em vigor a instrução normativa editada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que reconhece essas áreas como livres de febre aftosa sem vacinação.

Para que a área seja livre de aftosa é necessário que haja um sistema de vigilância robusto. A Embrapa Acre, em parceria com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), estruturou o banco de dados com informações sobre o rebanho bovino, dentro dos critérios propostos pelo Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa (PNEFA), do Mapa e requisitos internacionais.

“Trabalhamos com informações que são a base para os trabalhos de vigilância, dando condições para que analistas e técnicos no Idaf em todo estado possam acessar e atualizar tais dados, principalmente os dados georreferenciados, que obtiveram mais de 90% de acerto. Também treinamos e orientamos os técnicos para melhorarem o cadastro de dados, incluindo o uso de ferramentas de geoprocessamento e produção de relatórios estatísticos e mapas a partir desses dados”, explica o analista da Embrapa Acre Francisco Carlos.

Para o presidente do Idaf no Acre, José Francisco Thum, a Embrapa Acre contribuiu com o fornecimento e compartilhamento de dados dentro do termo de cooperação entre os dois órgãos. “Além de disponibilizar acesso a importantes dados de pesquisas da Embrapa que foram importantes para tomadas de decisões. O trabalho de gestão de dados foi necessário no contexto geral, pois possibilitou atender muitas demandas do Mapa com base nesses dados”, afirma.

Selo internacional

O reconhecimento pela OIE foi concedido após anos de trabalho para erradicar a febre aftosa com o uso da vacina. Em 2016, o Mapa criou o PNEFA com o objetivo de assegurar a implantação progressiva e manutenção de zonas livres da doença.  Após análises, os estados do Acre, Rondônia, Paraná, Rio Grande do Sul e alguns municípios do Amazonas e Mato Grosso foram escolhidos para compor o Bloco 1, com prazo entre 2017 e 2019, adiado para 2020 em decorrência da pandemia de Coronavírus, para retirar a vacina contra a doença.

“Quando os níveis necessários foram alcançados, o Bloco 1 foi reconhecido nacionalmente pelo Mapa como área livre de aftosa sem vacinação. O governo brasileiro enviou o pleito solicitando à OIE o reconhecimento internacional e, após análise do corpo técnico desta instituição, o tão esperado reconhecimento internacional foi alcançado”, afirma o diretor técnico do Idaf Jessé Monteiro.

O reconhecimento internacional é importante pois coloca o Acre no grupo seleto de cinco estados brasileiros, junto com o sul do Amazonas e alguns municípios do Mato Grosso, em condições de atender os protocolos sanitários exigidos internacionalmente, permitindo exportar os produtos de origem animal para mercados até então não acessíveis.

Ao receber o reconhecimento, o estado ganha novas oportunidades de negócios de exportação de produtos e subprodutos de origem animal com outros países, o que contribui para a valorização do rebanho acreano e consequentemente, gera um aumento na renda dos pecuaristas e do governo.

“Acreditamos que atrai novas empresas do setor, promove a intensificação e aumento da produção do agronegócio, com o uso de tecnologias e preservação do meio ambiente. O reconhecimento foi difícil de conseguir, portanto, teremos que intensificar todas as ações de controle sanitário exigidas pelo Mapa e OIE, com a ajuda de toda cadeia da pecuária aqui do estado para garantir a manutenção do nível atual de reconhecimento”, afirma Thum.

Priscila Viudes (Mtb 030/MS)
Embrapa Acre

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Colaboração: Maria Fernanda Arival
Embrapa Acre

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