O chefe-geral da Embrapa Territorial, Evaristo de Miranda, participou do painel ‘Pecuária e Meio Ambiente: Desafio ou oportunidade para o criador brasileiro?’, no dia 3 de maio, durante a programação da 86ª ExpoZebu. O evento, encerrado no dia 9 de maio, contou com oito painéis técnicos sobre temas relacionados ao agronegócio. A ExpoZebu é promovida pela Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ). 
 
Miranda dividiu espaço com Xico Graziano, engenheiro agrônomo, articulista político e secretário de Meio Ambiente de Ilha Bela (SP). O presidente da ABCZ, Rivaldo Machado Borges Júnior, também esteve presente. Na abertura, Rivaldo Júnior destacou que “hoje não existe pecuária melhorada sem pensar em sustentabilidade e preservação ambiental”. O painel foi transmitido ao vivo pela ABCZ TV. 
 
O temas debatidos foram os avanços após a aprovação do Código Florestal, a acessibilidade pelos criadores de tecnologias sustentáveis e o Projeto Integra Zebu, lançado na 86ª ExpoZebu, em 2 de setembro, com o objetivo de incentivar a restauração das pastagens degradadas que impactam diretamente na qualidade do rebanho. 
 
Durante o painel, o chefe-geral ressaltou que a pecuária é uma atividade muito diversificada no Brasil e, por isso, não cabe fazer generalizações. Ele explicou que o país tem seis biomas, e considerando todos esses biomas, há pelo menos três níveis de sistemas de produção pecuária: a pecuária muito extensiva, a de um nível médio, que já investiu em genética, e os sistemas tecnificados que vão até o confinamento. Dessa forma são três sistemas e seis biomas, tendo 18 casos, em que as tecnologias precisam ser adaptadas conforme essas situações. 

“Se há uma coisa que é denominador comum em toda essa área, é que todos os problemas, sem exceção, eles se resolvem com intensificação. Temos que produzir mais capim por metro quadrado, mais carne e mais leite por animal, temos que usar mais a fotossíntese para melhorar a luz, usar melhor a água. Em todos esses sistemas, nós temos que caminhar para ganhos de eficiência e isso só se faz com tecnologia e intensificação. É só com tecnologia que vamos produzir mais, preservar mais em todos os sistemas e em todos os biomas‘’, concluiu.