08/07/21 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação  Transferência de Tecnologia

Novos produtores e empresas integram projeto SULCO para safra 2021/22

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Foto: Agropecuária Harmonia

Agropecuária Harmonia - Preparação de área piloto na propriedade de Daniel Hoerbe, em Cachoeira do Sul.

Preparação de área piloto na propriedade de Daniel Hoerbe, em Cachoeira do Sul.

O mês de julho começa com novidades no projeto SULCO, quando são iniciadas oficialmente as atividades da safra 2021/22 nas lavouras gaúchas. Nesta safra o projeto será desenvolvido em sete áreas piloto, com a inclusão de dois novos produtores parceiros: Gilberto Raguzzoni, de Dom Pedrito,  e Daniel Hoerbe, de Cachoeira do Sul. Também está se juntando à equipe do Projeto a Pioneer/Corteva, através da Fronteira Agro, sua representante para a região. O Projeto SULCO não só aumentará sua área física e geográfica de estudo, como também ampliará o foco, passando a trabalhar com soja e milho irrigados e drenados pelo sistema sulco-camalhão nas terras baixas gaúchas.

A apresentação dos novos parceiros se deu na reunião da equipe do projeto até então formada pelas empresas parceiras: AGCO do Brasil Soluções Agrícolas Ltda, Trimble Brasil, PipeBR, KLR Implementos, Centeno AgroInteligência e a Embrapa Clima Temperado.

Amilcar Centeno, coordenador técnico do projeto, explica que a entrada da Pioneer traz todo o conhecimento, experiência e soluções da empresa para ajustar a tecnologia de sulco-camalhão para o cultivo de milho nas terras baixas gaúchas. O trabalho foi inicialmente concebido com foco na soja, mas os excelentes resultados alcançados numa primeira área de milho, nesta última safra, incentivaram a expandir o foco. “Entendemos que o cultivo de milho no sistema sulco-camalhão nas terras baixas gaúchas pode tornar o Estado um grande produtor do cereal, deixando de ser um importador e se tornar um grande exportador de milho”, considera.

O pesquisador responsável pela condução da tecnologia de uso do sulco-camalhão, José Maria Barbat Parfitt, diz que o milho, como é sabido, apresenta maior sensibilidade que a soja aos estresses hídricos, que são comuns no ambiente de terras baixas. “A utilização da tecnologia sulco-camalhão em áreas suavizadas resolvem tanto o problema de excesso hídrico como da deficiência hídrica de uma forma barata, ou seja, pagável como relatam os produtores”, observa.

Ele também destaca que a introdução do milho na rotação com arroz irrigado será uma revolução na produção das terras baixas, com forte impacto na agroindústria do Estado. “Os níveis atingidos de produtividade foram baixos - cerca de 300 mil hectares - sendo necessário suprir a falta do cereal. Em contrapartida, as áreas de terras baixas superam a produtividade em quatro milhões de hectares”, comenta.  

O responsável do Setor de Vendas da Metade Sul do RS da Pioneer/Corteva, Juliano Rosso, disse que três produtores inseridos no Projeto SULCO utilizam a tecnologia da Pioneer e que a sua empresa está positivamente motivada e apta para aplicar o pacote das tecnologias indicadas por este estudo.

“Estamos nos envolvendo com satisfação neste projeto, que tem resultados atraentes, e vimos que podemos contribuir com nosso grupo técnico, que são seis profissionais, na região do município de Jaguarão, especialmente na área de Agricultura Digital”, sinalizou.

Novas áreas experimentais

A terceira safra de grãos com uso da tecnologia sulco-camalhão, desenvolvida pelo projeto, vai contar com seis propriedades rurais. São quatro áreas de soja: na RiceTec, em Capão do Leão, gerenciada por Cyrano Busatto; na Granja Sossego, de Geovanni Weber, em Formigueiro, na Fazenda São Francisco, do Grupo Quero-Quero, gerenciada por Paulo Nolasco, e outra na Granja Mangueira, em Santa Vitória do Palmar, de responsabilidade de Mário Assis Brasil. 

As áreas de milho serão conduzidas em Jaguarão, também na Fazenda São Francisco, e pelos dois novos parceiros: Daniel Hoerbe, em Cachoeira do Sul, e Gilberto Raguzzoni, na Raguzzoni-Teixeira (RT) Agropecuária, em Dom Pedrito.

A Agropecuária Harmonia, em Cachoeira do Sul, segundo o engenheiro agrônomo Daniel Hoerbe, é uma propriedade familiar que está sendo conduzida pela sua quarta geração de descendentes. “Vemos como um desafio se envolver neste projeto, mas acreditamos que temos o que contribuir, pois já trabalhamos com irrigação e suavização das áreas, e com o uso destas tecnologias, conseguimos conquistar estabilidade produtiva”, disse.

Compartilha da mesma verdade, Gilberto Raguzzoni, da RT Agropecuária, com 48 anos de atuação, em Dom Pedrito, que pondera que em anos em que a produtividade da safra de grãos não é tão eficiente, a melhor coisa é ter conhecimento, que fazendo uso da irrigação, será possível pagar as despesas. A propriedade tem 1.800 ha de terras, sendo 90% arrendadas. Trabalha com lavouras de grãos, pastagens e pecuária. “Uma das minhas curiosidades é saber como a pesquisa pode trabalhar a tecnologia do sulco-camalhão em sistemas de ILP”, observou.

A reunião de apresentação dos novos integrantes do Projeto SULCO contou com a presença de representantes de todas as empresas da parceria público-privada, de forma online, no dia 29 de junho.

Cristiane Betemps (MTb 7418/RS)
Embrapa Clima Temperado

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