Bioeconomia é foco de parceria entre a Embrapa e o Consórcio da Amazônia Legal
Bioeconomia é foco de parceria entre a Embrapa e o Consórcio da Amazônia Legal
Foto: Ronaldo Rosa
Embrapa tem estrutura de pesquisa na Amazônia Legal e a bioeconomia como foco para tecnologias voltadas ao desenvolvimento sustentável da região
A Embrapa e o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal formalizaram no dia 16 de julho, em Brasília (DF), parceria voltada ao desenvolvimento sustentável da região. Protocolo de intenções entre as duas instituições, com foco em bioeconomia e sistemas integrados e planejamento do uso da terra e ordenamento territorial, foi assinado por Guy de Capdeville, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa, e por Flávio Dino, governador do Estado do Maranhão e presidente do Consórcio, durante o lançamento do Plano de Recuperação Verde da Amazônia Legal. Esse Plano é uma iniciativa do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal.
“A bioeconomia tradicional, centrada em sistemas agroflorestais e produção de alimentos, vem sendo feita historicamente pela Embrapa. Queremos disponibilizar tecnologias no contexto da bioeconomia de renováveis, possíveis de serem adotadas pelas empresas e indústrias de base biológica já existentes, e pelas novas que venham a atuar na região, incluindo startups, que têm a sustentabilidade ambiental em seu cerne”, disse Guy de Capdeville, reforçando a atenção ao avanço em temas como bioenergia, bioinsumos e outras áreas de ponta da ciência, com base na diversidade da região.
“Temos ativos disponíveis que já podem ser trabalhados em parceria com o setor produtivo e estaremos desenvolvendo uma série de estudos que vão nos ajudar muito a avançar em bioeconomia e também em aspectos relacionados a tecnologias poupa terra, poupa água e que evitem o uso do fogo na agricultura. Isso vai fazer com que nossos produtores tenham a ciência como suporte ao seu desenvolvimento”, completou o diretor da Embrapa.
Capdeville enfatizou, ainda, a importância de ações de capacitação, para que a população possa aderir ao novo mercado de trabalho que poderá vir a se estabelecer na região. Lembrou as nove unidades de pesquisa da empresa distribuídas nos Estados da Amazônia Legal, que desenvolvem iniciativas em bioeconomia já em andamento e alinhadas com o Consórcio e com as Secretarias de Meio Ambiente e de Agricultura locais. E mencionou também o lançamento de um edital de pesquisa com foco na produção de bioinsumos e bioprodutos.
Sobre o Protocolo
O protocolo assinado pela Embrapa e pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal tem o objetivo de estabelecer condições de cooperação voltadas ao fortalecimento e à ampliação do uso das tecnologias desenvolvidas pela empresa, e à definição da necessidade de pesquisas em novos segmentos.
Prioriza a atuação em dois temas principais - Bioeconomia e Sistemas Integrados; e Planejamento do Uso da Terra e Ordenamento Territorial. Esses temas estão alinhados a dois dos quatro Eixos do Planejamento Estratégico do Consórcio - Economia Verde, Inovação e Competitividade (Eixo 1) e Governança Territorial e Ambiental da Amazônia Legal (Eixo 3). O instrumento prevê também esforço conjunto para a aprovação de projetos e ações em qualquer esfera ou agente financiador, visando obter recursos para execução das ações a serem empreendidas.
O protocolo desdobra-se em um plano de trabalho anunciado pelo presidente da Embrapa, Celso Moretti, em setembro de 2020, durante a abertura do 21° Fórum de Governadores da Amazônia Legal . Esse plano contempla ações a serem desenvolvidas pelas nove Unidades da Embrapa na região em conjunto com os Estados da Amazônia Legal.
Entre as ações, estão a elaboração, a aprovação, o estabelecimento e a execução de propostas de programas, projetos, sub-projetos e ações conjuntas, no âmbito das prioridades das respectivas instituições. Essas ações são afinadas ao Plano de Recuperação Verde da Amazônia Legal, lançado pelo Consórcio de Governadores, e contribuem para a sua implementação e execução.
O plano de trabalho resulta da articulação da Diretoria-Executiva da Embrapa com os atores do Consórcio e também de esforços da Gerência de Relações Institucionais e Governamentais (GRIG), da Secretaria de Relações Estratégicas da empresa (Sire), junto aos chefes das Unidades da empresa, no âmbito daquele Fórum de Governadores.
De acordo com Cynthia Cury, titular da Gerência, essas articulações contribuem para fortalecer os laços da Embrapa com o Estado e atores da sociedade. Para ela, o Plano de Recuperação Verde “e suas premissas de estimular a adoção de uma economia de baixo carbono, compatível com o combate às desigualdades e a geração de emprego e renda, é uma estratégia de desenvolvimento regional sustentável, para a qual a Embrapa tem inúmeras contribuições, por meio da sua programação de pesquisa, desenvolvimento e inovação”.
Para Alaerto Luiz Marcolan, chefe da Embrapa Rondônia (RO), que também participou das articulações junto às unidades da empresa na Região Norte, a importância da Amazônia Legal, no âmbito regional, nacional e mundial, requer ações integradas de cooperação que motivaram essa parceria. “Visam estabelecer uma estrutura para facilitar o avanço em ciência e tecnologia que permita o aumento da base de conhecimento para o desenvolvimento sustentável e o fortalecimento institucional”.
Marcolan também destaca os esforços que vêm sendo empreendidos para fortalecer e ampliar o uso das tecnologias da Embrapa nos estados da Amazônia Legal, bem como definir a necessidade de pesquisas em novos segmentos, por meio da discussão em reuniões e seminários com representantes de ambas as instituições.
A Embrapa na Amazônia LegalA Embrapa está presente nos nove estados da Amazônia Legal com uma equipe de mais de 300 pesquisadores distribuídos em nove Unidades: Embrapa Acre (Rio Branco-AC), Embrapa Agrossilvipastoril (Sinop-MT), Embrapa Amapá (Macapá-AP), Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus-AM), Embrapa Amazônia Oriental (Belém-PA), Embrapa Cocais (São Luís-MA), Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO), Embrapa Rondônia (Porto Velho-RO) e Embrapa Roraima (Boa Vista-RR). Essas Unidades têm estrutura física disponível para o desenvolvimento de pesquisas com cerca de 90 laboratórios, contando com parceiros nacionais (universidades, órgãos de assistência técnica e setor privado) e internacionais, além dos outros centros de pesquisa da Embrapa distribuídos no País, que também desenvolvem ações dentro do território amazônico. Robinson Cipriano Foto: Ronaldo Rosa |
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