A pesquisadora Ranyse Querino viveu mais uma experiência profissional interessante no exterior este ano. Ela e o analista José Geraldo Di Stefano, da Embrapa Arroz e Feijão, coordenaram, de 21 de setembro a seis de outubro, na Estação Experimental de Pesquisa de Sotuba, na cidade de Bamako, capital do Mali, na África Ocidental francesa, o  Curso de Capacitação para Coleta e Identificação de Parasitoides de Ovos, com ênfase em Trichogramma.

O evento foi realizado pela Agência Brasileira de Cooperação e a Embrapa, por meio do   Projeto Cotton 4 + Togo, intitulado " Fortalecimento Tecnológico e Difusão de Boas Práticas Agrícolas para o Algodão em Países do C-4 e no Togo". Com uma carga horária de 8 horas, o curso reuniu técnicos de Benin, Burkina Faso, Mali, Tchad e Togo e desenvolveu  atividades de campo, teóricas e práticas em laboratório.

"A troca de experiência entre os participantes foi significativa.  O curso foi uma oportunidade para ampliar os conhecimentos sobre um grupo de insetos de grande importância pelo seu papel na regulação da população das pragas na agricultura", disse a pesquisadora.

O avanço - Os historiadores contam que o Império Mali cresceu  no início da Idade Média e substituiu o de Gana como reino dominante na África Ocidental, conquistando Senegal, Gâmbia, Guiné e Mauritânia. Já no século XIV, o Império Mali ficou cada vez mais forte devido ao comércio de algodão e sal. No final do século XIX, os franceses invadiram e dominaram grande parte da África Ocidental.

Em 1883, a atual Mali tornou-se parte da colônia do Sudão Francês, com Bamako tornando-se sua capital em 1908. O cultivo do algodão e arroz foi estimulado através de grandes projetos de irrigação e de uma nova ferrovia ligando Mali ao Dakar, na costa atlântica. Mali conquistou a independência da França em abril de 1960, sendo posteriormente estabelecida a República do Mali.