30/09/21 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Conafe divulga trabalhos premiados e homenageia cientistas que impulsionaram a cultura do feijão no Brasil

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Foto: Divulgação

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O XIII Congresso Nacional de Pesquisa de Feijão (Conafe) terminou nesta quinta-feira, dia 30 de setembro. O evento premiou os melhores trabalhos técnico-científicos inscritos nesta edição. A pesquisa “Herança da resistência ao Cowpea Mild Mottle Virus (CPMMV) na cultivar de feijão carioca BRS Sublime”, do estudante Rodrigo Silva, ficou em terceiro lugar. Em segundo lugar, ficou o trabalho “Tecnologia de análise genômica (SNPassay) aplicada aos recursos genéticos e melhoramento de feijão”, de Isabela Souza; e, o mais bem colocado, foi o estudo “Respostas morfofisiológicas e agronômicas do feijoeiro à alta temperatura”, de Maria Isabel da Silva.

 

Como modo de buscar novos formatos para a comunicação científica e atingir públicos maiores, o Conafe deste ano incentivou também a participação de inscritos na elaboração de vídeos sobre seus trabalhos via Tik Tok. Foram premiadas as melhores produções. Em terceiro lugar, ficou o trabalho “Influência da inoculação com isolados de rizóbio no feijoeiro-comum”, de Ana Paula Oliveira; em segundo lugar, ficou a pesquisa “Estatística de maior precisão experimental na avaliação de caracteres da arquitetura da planta em linhagem de feijão”, do estudante Henrique Argenta; e o primeiro lugar foi “Melhoramento genético preventivo do feijão-comum para resistência ao crestamento bacteriano aureolado, de Laysla Coêlho.    

 

“As premiações são uma forma de reconhecimento e de incentivo, porque vivemos um momento desafiador para a pesquisa, mas a criatividade, o engajamento e a persistência, que fazem parte da formação do pesquisador no Brasil, não faltaram a vocês e às equipes que vocês estão inseridos”, disse o presidente do Conafe 2021, pesquisador Thiago Souza, ao parabenizar os autores dos trabalhos destacados.

 

Neste último dia do Conafe, houve ainda o reconhecimento a cientistas que dedicaram vidas de trabalho para o desenvolvimento da cultura do feijão em atividades de pesquisa, ensino e extensão. Foram homenageados Ângela Barbosa de Fátima Abreu, pesquisadora da Embrapa Arroz e Feijão, lotada na Universidade Federal de Lavras; Flávia Rabelo Barbosa, ex-pesquisadora da Embrapa Arroz e Feijão; Magno Antônio Patto Ramalho, professor da Universidade Federal de Lavras; e João Kluthcouski, ex-pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão.

 

Da esq. p/ dir.: Ângela Abreu, Flávia Barbosa, Magno Ramalho e João Kluthcouski

 

Thiago observa que todos são profissionais admirados. “São personalidades únicas da pesquisa de feijão no Brasil, cuja trajetória é reconhecida não só pelos seus pares, mas por agricultores e, sobretudo, pelos inúmeros frutos que deixaram, pela formação de recursos humanos, pela geração de conhecimento, pelo desenvolvimento de soluções tecnológicas, gerando maior rentabilidade e sustentabilidade para a produção de feijão”, afirmou Thiago.

 

Balanço positivo

Ao longo desta quinta-feira, a programação do evento foi encerrada com a realização de debates sobre os desafios da produção de feijão nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Foram ainda discutidos o uso de microrganismos e do controle biológico no cultivo da leguminosa; e as tendências do mercado de feijão no Brasil. 

 

O presidente do XIII Conafe, Thiago Souza, pontuou que o evento teve 445 inscritos, incluindo participantes de outros países da América do Sul, do Canadá e dos Estados Unidos. O público do evento é de estudantes de graduação e de pós-graduação, bolsistas, professores, pesquisadores, consultores técnicos, produtores rurais e empacotadores do segmento industrial. Houve 218 trabalhos de pesquisa apresentados e a participação de 45 palestrantes de diferentes empresas e instituições.

 

No encerramento do evento, o chefe geral da Embrapa Arroz e Feijão, Elcio Guimarães, fez uma avaliação. Ele contou que havia incertezas em relação à realização do Conafe, porque, pela primeira vez, a condução do encontro seria feita de modo totalmente virtual. No entanto, após os três dias de programação, o balanço é bastante favorável. “Nós vimos pessoas com uma quantidade de conhecimento incrível colocadas a nossa disposição. Eu não tenho como agradecer todos os palestrantes, moderadores e participantes. O evento foi extremamente estimulante com contribuições para transformar a cultura do feijão e mantê-lo na mesa dos brasileiros”, afirmou Elcio.

 

Rodrigo Peixoto (MTb/GO 1.077)
Embrapa Arroz e Feijão

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