05/10/21 |   Florestas e silvicultura

Workshop on-line discute o passado e o futuro das pesquisas com o taxi-branco

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Foto: Ronaldo Rosa

Ronaldo Rosa -

 

Nesta terça (5) e quarta-feira (6) será realizado o “I Workshop Online - Florestas de Tachigali vulgaris”. Trata-se de um evento multi-institucional que reúne especialistas da pesquisa, do ensino e do governo. O objetivo é fazer um resgate histórico das pesquisas e experimentos realizados nos últimos 50 anos com o taxi-branco e propor ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) para o futuro.

Clique aqui para assitir ao evento ao vivo no Youtube ou acesse a imagem no final desta matéria

 

Segundo o coordenador do evento, professor Thiago Protásio, da Universidade Federal Rural da Amazônia (campus de Parauapebas, Pará), a partir das palestras e debates será possível elencar as principais demandas em termos de PD&I para que a espécie taxi-branco se torne efetivamente plantada em larga escala em suas regiões de adaptação.  As necessidades em torno da consolidação do sistema de produção dessa espécie, segundo os especialistas, envolvem o estabelecimento de protocolos silviculturais, modelos produtivos integrados, o uso em recuperação de áreas degradadas e a produção de bioenergia.

Que árvore é essa?

Tachigali vulgaris L. G. Silva & H. C. Lima é conhecida popularmente como taxi-branco, carvoeiro ou cachamorra e é uma leguminosa arbórea, nativa dos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia, que devido às suas características tecnológicas, ecológicas e silviculturais, possui significativo potencial para expansão em plantios energéticos no Brasil e recuperação de áreas degradadas. O T. vulgaris pode contribuir diretamente para o fornecimento de biomassa para produção de carvão vegetal ou para geração de calor em sistemas industriais e domésticos presentes na Amazônia.

O evento está estruturado com quatro blocos temáticos, quatorze palestras, quatro mesas redondas e a sessão de plenária geral e encerramento do evento. Os temas para os debates em torno do taxi-branco são: recuperação de áreas degradadas e produção bioenergética; protocolos silviculturais e modelos integrados com espécies nativas; pesquisas com qualidade da madeira; e seleção genética para plantios.

Da Embrapa, participam Milton Kanashiro (Amazônia Oriental), Noemi Vianna Leão (Amazônia Oriental), Lucieta Martorano (Amazônia Oriental), Elizabeth Shimizu (Amazônia Oriental), Silvio Brienza (Amazônia Oriental/Florestas), Roberval Monteiro de Lima  (Amazônia Ocidental), Alexandre Uhlmann (Pesca e Aquicultura), Cristiane Reis (Embrapa Florestas) e Cassia Pedrozo (Embrapa Roraima).

O evento conta com apoio das seguintes instituições: Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (Esalq/USP), Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Instituto Florestal de São Paulo (IFSP) e Serviço Florestal Brasileiro (SFB).

Como tudo começou

O pesquisador Silvio Brienza, da Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA) e atualmente lotado na Embrapa Florestas (Colombo, PR), conta que o primeiro plantio experimental de taxi-branco foi realizado na Floresta Nacional do Tapajós (Belterra, PA), em 1975. Na época esse plantio foi instalado no âmbito do Programa de Desenvolvimento e Pesquisa Florestal (convênio FAO-PNUD), e posteriormente, em 1978, foi repassado à Embrapa. A primeiras publicações técnicas revelaram que a espécie se mostrava promissora para atividades de reflorestamento.

Os avanços da pesquisa com o taxi-branco se estenderam a outros estados, como Amapá, Amazonas, Roraima e Rondônia. E os temas também avançaram: ciclo de crescimento da espécie, reprodução, produção de mudas, enriquecimento de clareiras, espaçamento em plantios e em sistemas diversificados, entre outros.

“A Embrapa Amazônia Oriental foi pioneira em mostrar o uso dessa espécie para produção de biomassa na agricultura familiar no âmbito do projeto Tipitamba”, relembra o pesquisador. Ele cita ainda alguns nomes que foram relevantes na pesquisa com o taxi-branco: José Natalino Silva, Olegário Reis, Jorge Yared, Gilberto Taketa, Permínio Filho, Milton Kanashiro, José do Carmo, Noemi Viana e Osmar Aguiar.

 

Ana Laura Lima (MTb 1268/PA)
Embrapa Amazônia Oriental

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Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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