Aplicativo e plataforma web para Amazônia recebem Prêmio Professor Samuel Benchimol
Aplicativo e plataforma web para Amazônia recebem Prêmio Professor Samuel Benchimol
Foto: Ronaldo Rosa
Ferramentas reúnem soluções tecnológicas para o bioma, em base territorial, com possibilidade de busca por localidade
O aplicativo TecAmazônia e a plataforma web Tecnologias Sustentáveis para a Amazônia, desenvolvidos pela Embrapa, receberam o Prêmio Professor Samuel Benchimol. Criada para estimular projetos de desenvolvimento sustentável para o bioma amazônico, a honraria é conferida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), as Federações de Indústrias da região e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e Comunicações (MCTIC), por meio do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT).
O aplicativo e a plataforma web reúnem 131 soluções tecnológicas desenvolvidas pela Embrapa e parceiros para 50 produtos agropecuários presentes no bioma. Lançadas em setembro, as ferramentas permitem buscar soluções por estado, município ou conjunto de municípios. No caso do aplicativo, é possível também utilizar o GPS do smartphone para encontrar um produto, processo ou serviço disponível para a região onde está o usuário. Ao selecionar uma tecnologia, ele acessa uma descrição sobre ela, bem como informações como obtê-la e links para materiais de apoio.
A analista Daniela Maciel, da Embrapa Territorial (Campinas, SP), esteve à frente da iniciativa e é a autora do trabalho submetido ao Prêmio, que tem como coautores os analistas Davi Custódio e Jaudete Daltio, do mesmo centro de pesquisa. Maciel entende que, ao reunir conteúdo sobre soluções tecnológicas em um único canal com facilidade de busca, o aplicativo e a plataforma web contribuem para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, na medida em que “potencializam um trabalho mais conectado entre pesquisa e extensão rural”. “A extensão é esse canal estratégico para que o conhecimento gerado dentro de uma instituição de pesquisa como a Embrapa seja aplicado pelo produtor rural”, explicou.
Para o aplicativo poder ser utilizado no campo, ele funciona mesmo sem conexão com a internet. Responsável pelo desenvolvimento do app, Custódio avalia que esse foi o grande desafio do trabalho. “O maior desafio foi construir uma ferramenta que funcionasse totalmente offline e, ao mesmo tempo, estivesse preparada para atualizar as informações de produtos e tecnologias, quando uma conexão de internet fosse detectada”, contou. “O reconhecimento, para mim, é a prova de que desenvolvemos realmente algo útil e relevante para os agricultores e extensionistas da região amazônica”, disse sobre a premiação.
Equipe múltipla
Além da Embrapa Territorial, o trabalho contou com forte participação das equipes de transferência de tecnologias das nove unidades da Embrapa localizadas no bioma Amazônia: Embrapa Acre (AC), Embrapa Agrossilvipastoril(MT), Embrapa Amapá (AP), Embrapa Amazônia Ocidental (MA), Embrapa Amazônia Oriental (PA), Embrapa Cocais(MA), Embrapa Pesca e Aquicultura (TO), Embrapa Rondônia (RO) e Embrapa Roraima (RR).
Elas se debruçaram sobre o catálogo de tecnologias desenvolvidas por seus centros de pesquisa para indicar as que deveriam estar disponíveis no aplicativo e na plataforma web. O resultado disso chegou para Daltio, responsável por lidar com os dados e espacializar as soluções tecnológicas, de modo que pudessem ser buscadas por localidade e visualizadas no mapa.
Ela conta que o trabalho partiu de uma planilha simples, com um ponto de entrada e uma regra de espacialização. Hoje, já são nove pontos de entrada e seis regras de espacialização. “Isso dimensiona a complexidade dos dados e a necessidade de evoluir nossas estratégias para que o conteúdo da plataforma pudesse de fato representar a realidade. É também um reflexo de um amplo esforço de múltiplas equipes especialistas que colaboraram com o projeto, que compreendiam em profundidade recortes específicos dos dados”, analisa.
Para Jaudete, receber o prêmio é “uma grande honra”. “Fui convidada para colaborar no projeto quando já estávamos em trabalho remoto, por conta da pandemia. E uma das coisas que tenho buscado é o feedback sobre resultados e entregas em que atuo, algo mais complexo de se conseguir neste modelo de trabalho. Este reconhecimento é uma indicação de que, de fato, fizemos um bom trabalho”, disse.
Maciel acredita que o aplicativo e a plataforma também podem potencializar a geração de serviços na região amazônica. “Podemos ampliar o aplicativo e a plataforma, criar outras funcionalidades, estabelecer vínculos com políticas públicas para tecnologias que ali estão”, contou.
“Receber o prêmio é um reconhecimento muito grande e, ao mesmo tempo que nos dá fôlego, nos dá responsabilidade de buscar novas frentes para organização e sistematização da informação tecnológica para apoiar o desenvolvimento desse território”, avaliou a líder da iniciativa.
Fundo Amazônia
A plataforma web e o aplicativo Tec Amazônia são resultados do projeto Interação, intercâmbio e construção do conhecimento e comunicação nos projetos do Fundo Amazônia (Amazocom), um dos 19 projetos executados pela Embrapa que compõem o Projeto Integrado da Amazônia (PIAmz). O PIAmz é financiado pelo Fundo Amazônia e operacionalizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em cooperação com o Ministério do Meio Ambiente.
Ao comentar a premiação, o líder do projeto Amazocom, Antônio Heberlê, da Embrapa Café (Brasília, DF), lembrou do processo de elaboração da proposta: “Essa solução de inovação proposta sempre nos cativou, pela inovação e visão que apresenta. Então o prêmio é o reconhecimento para essa equipe, o que nos enche de orgulho, porque atende uma necessidade premente no bioma.”
Uma cerimônia virtual para entrega do prêmio será realizada em 1º de dezembro.
Vivian Chies (MTb 42.643/SP)
Embrapa Territorial
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