Escola agrícola de Campo Grande (MS) recebe unidade demonstrativa da Embrapa
Escola agrícola de Campo Grande (MS) recebe unidade demonstrativa da Embrapa
A Escola Municipal Agrícola Governador Arnaldo Estevão de Figueiredo, localizada na zona rural de Campo Grande (MS), recebeu uma unidade demonstrativa da Embrapa, resultado da cooperação técnica entre a estatal e a Secretaria Municipal de Educação (Semed). Na área de 400m2, as instituições pretendem incrementar o ensino dos estudantes, por meio de aulas teóricas e práticas. A escola atende, ao redor de 600 alunos, entre Ensino Fundamental (EF) e Médio (EM), e esses últimos concluem os estudos como técnicos agropecuários.
“São novas parcerias que trazem novas perspectivas para nossos alunos”, destaca a secretária de educação do município, Elza Fernandes, que estava acompanhada do superintendente de Gestão das Políticas Educacionais (Suped) Waldir Leonel; da coordenadora-pedagógica, Adriana Borges Quintana; de Aparecida Barros Paes, diretora-adjunta; e de Maria Kátia Miranda da Silva, diretora da unidade educacional, durante a inauguração do espaço. “A Embrapa é uma referência para nossos alunos e contar com o conhecimento de seus profissionais é trazer para a nossa escola o que eles encontram nas visitas à Empresa e, assim, melhorar, como um todo, o aprendizado que recebem”, complementa Maria Kátia. (foto esq./dir: Luiz Orcírio de Oliveira, Waldir Leonel, Maria Kátia Silva, Elza Fernandes e Marcelo Pereira)
A unidade demonstrativa consiste em um campo agrostológico com cultivares forrageiras e está sob responsabilidade da equipe de transferência de tecnologia da Embrapa Gado de Corte. Joaquim Castilho, Haroldo Pires de Queiroz e Marcelo Pereira levaram para a Arnaldo Estevão, os capins Marandu, Xaraés, Piatã, Paiaguás, Ipyporã, Mombaça, Massai, Zuri, Quênia, Tamani, Kurumi e Capiaçu; os estilosantes Bela e Campo Grande; o feijão-guandu Mandarim, além de duas opções de palma forrageira.
Durante a entrega do campo, os técnicos da Embrapa reforçaram o caráter educativo do espaço e as possibilidades que se abrem para os jovens e adolescentes da entidade. Ainda, este ano, os profissionais conversam com os alunos sobre a escolha da cultivar forrageira, a história dos capins e algumas dicas de manejo. A equipe já se prepara para finalizar outro campo agrostológico, agora na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
“Vale ressaltar, que tudo isso é possível graças ao trabalho dos pesquisadores e técnicos em mais de 40 anos de pesquisa. Nossa intenção é construir, cada vez mais, um sistema produtivo sustentável e diferenciado e isso passa pela educação”, lembra Luiz Orcírio de Oliveira, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Gado de Corte.
Diferencial no aprendizado
Ex-aluno da Arnaldo Estevão, formado em Agronomia e hoje professor da escola, Luís Ricardo, celebra a implantação do campo “como uma oportunidade e uma alternativa para os alunos. É possível mostrar o desenvolvimento da planta, o preparo do solo e todas demais etapas. É uma sala de aula ao vivo e ao ar livre, e isso acrescenta muito à formação. Este ano já tivemos trabalhos com a BRS Zuri e a BRS Quênia, por exemplo”.
Ricardo comenta que ao redor da escola, o que é visto são campos de pastagens e diversas atividades agrícolas e no mercado de trabalho é isso que os futuros técnicos encontrarão, assim “quanto mais próximo da realidade deles, melhor seu futuro profissional”. Os estudantes integram o Ensino Médio ao Curso Técnico em Agropecuária, com disciplinas voltadas para áreas de produção vegetal e animal. (foto esq./dir: Marcelo Pereira, Joaquim Castilho, Haroldo Pires de Queiroz e Luís Ricardo)
Estudante do primeiro ano do EM, Sabrina Lopes se encantou pelas palmas forrageiras e tem interesse em levar para a chácara da família alguns materiais e observar, bem de perto, o desenvolvimento. Já Pedro Henrique Pereira, do terceiro ano, trouxe da propriedade rural que trabalha ao lado da família, dois milhetos para colaborar com a reforma da pastagem ao redor da escola e acompanhar o crescimento ao lado da turma. O jovem que pretende ser médico-veterinário teve olhos para o capim Piatã e deseja fazer o pai conhecer o material, antes de implanta-lo na propriedade.
Dalízia Aguiar (MTb 28/03/14/MS)
Embrapa Gado de Corte
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