Cupuaçu em sistemas agroflorestais é tema de curso para técnicos
Cupuaçu em sistemas agroflorestais é tema de curso para técnicos
A Embrapa Amazônia Oriental realizou nos dias 25 e 26 de novembro o curso Sistemas Agroflorestais com o cupuaçuzeiro, na cidade de Castanhal (PA). Voltado a técnicos da extensão rural, a formação contou com teoria e prática de campo com o objetivo de melhorar os sistemas de produção do fruto como estratégia de fomento à bioeconomia e ao desenvolvimento regional.
Foi primeiro curso presencial do projeto Transferência de Tecnologia para produtores de cupuaçu, no âmbito do Bioeconomia Brasil SocioBiodiversidade, parceria entre a Embrapa e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para a estruturação, fortalecimento e aprimoramento das cadeias produtivas e biodiversos com o desafio de impulsionar inovações para potencializar o acesso dessas cadeias ao mercado. Contou ainda com a parceria com o Governo do Pará, por meio da Emater e Prefeitura Municipal de Castanhal.
No Pará as ações serão concentradas em Castanhal e Tomé-Açu, cidades que se destacam com polos de produção e industrialização do fruto. O cupuaçu é uma fruta bastante apreciada pelo paraense e tem ganhado atenção nacional para o uso além do culinário, sendo matéria-prima na fabricação de fármacos e cosméticos, conforme explica o pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, Rafael Moyses Alves, líder do projeto e responsável pelo curso. “Temos picos de produtividade, mas não temos escala e organização que dê segurança à industrialização do produto. Por outro lado, o cupuaçu apresenta grande potencialidade como matéria-prima para diversos ativos de bioeconomia e com isso, renda e desenvolvimento local em bases sustentáveis”, enfatiza o pesquisador.
Curso abordou problemas e dialogou sobre soluções para a cultura
O curso Sistemas Agroflorestais (SAFs) com o cupuaçuzeiro teve por objetivo apresentar as técnicas e vantagens econômicas e ambientais do cultivo do fruto consorciado a outras espécies de valor comercial. Os SAFs são sistemas agroflorestais biodiversos e possuem alta capacidade para melhorar o meio ambiente ao mesmo tempo em que garantem variedade de produção, que incide em renda e segurança alimentar aos produtores e suas famílias.
Na quinta-feira(25), extensionistas da Emater, técnicos da prefeitura de Castanhal e produtores se reuniram no auditório da Fundação Casa da Cultura, de Castanhal, com palestra seguida de roda de conversa, liderada pelo pesquisador Rafael Alves e pelo supervisor do escritório da Embrapa em Castanhal, Jamil Chaar El Husny. No dia 26, sexta-feira, o grupo seguiu para uma área de produtor familiar selecionada pela Emater, para vivenciar em campo as potencialidades do fruto em SAFs e também os problemas enfrentados pelos produtores e extensionistas.
O supervisor da regional da Emater de Castanhal, Ricardo Freire, avaliou o curso com mais um avanço da parceria entre as instituições para a melhoria da agricultura familiar na região. O gestor comentou que o cupuaçu está presente, em menor ou maior escola, em grande parte das famílias atendidas pela Emater nos 19 municípios que integram a regional e que o estímulo ao SAFs é uma estratégia da instituição por entender que o sistema é o mais benéfico as famílias, por agregar renda extra e segurança alimentar. “Com a capacitação e aproximação com a Embrapa podemos atender melhor os produtores”, afirmou Freire.
Próximos passos – No período de 6 a 10 de dezembro haverá novo curso presencial, desta vez, na cidade de Tomé-Açu. A “Formação de enxertadores com ênfase em cupuaçuzeiro” ocorre no Campo Experimental da Embrapa da cidade e percorrerá diversas propriedades parcerias na região.
Kélem Cabral (MTb 1981/PA)
Embrapa Amazônia Oriental
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