Estilista realiza visita à Embrapa em Campina Grande
Estilista realiza visita à Embrapa em Campina Grande
Foto: Dalmo Oliveira
Aranha e Nair Helena (de azul) durante visita à vitrine viva da Embrapa em Campina Grande
Quando inaugurou sua primeira loja e ateliê, em 2009, a estilista Flavia Aranha não imaginava que a teia que começara a tecer naquele momento iria ter uma abrangência tão expressiva. Semana passada, quando esteve na região da Borborema, na Paraíba, ela demonstrava já ter muita segurança dessa rota, que tem mais de 20 anos. “Nossa intenção é apoiar a fomentar redes descentralizadas dos grandes eixos urbanos do Sul/Sudeste”, declarou com sua fala tranquila no hall do prédio administrativo da Embrapa Algodão, localizada no bairro do Centenário, em Campina Grande.
Nos dias anteriores, Flavia Aranha e Eduardo Henrique Moura Sampaio (seu braço-direito e CEO) conheceram um pedaço da região de onde começou a sair os primeiros capulhos das cultivares de algodão naturalmente coloridas, desenvolvidas pelo centro de pesquisa da estatal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A ideia da estilista paulistana é simples: integrar o artesanato com inovações e comunicar isso de modo bem transparente ao consumidor final. “Estamos interessados em desenvolver uma relação perene com todos os elos das redes das quais fazemos parte e apoiar como pudermos para que aconteça impacto social transformando, se possível, a realidade das mulheres que atuam nesse artesanato e também no plantio da matéria-prima que utilizamos”, sintetiza Eduardo.
“É fundamental que a gente tenha a Embrapa e outras empresas públicas apoiando a agroecologia e o cultivo orgânico, fomentando a pesquisa e a inovação também, para garantir o fortalecimento e a autonomia dessas redes de agricultores familiares”, opina Aranha.
Ela diz que existe um nicho importante onde há uma grande parcela de consumidores de moda de luxo que querem usar seu poder compra para gerar mudanças fundamentais na sociedade. Flavia acredita que a busca por sustentabilidade seja uma caminho sem volta.
A empresária da moda afirma que existe uma expectativa mundial de que o Brasil apresente soluções muito inovadoras, aproveitando o potencial que tem de uma das maiores biodiversidades do planeta e mostrar para o mundo todo o quanto potente é nosso país.
Flavia acredita que há ainda um enorme caminho a ser trilhado para que o país possa alcançar mais volume de algodão agroecológico. Ela detalha que seu portfólio vai além do algodão, com foco também em outras fibras e corantes naturais, apoiando comunidades que possuem tecnologia inovadora para tingimento de tecidos.
A vinda de Flavia Aranha à região ocorre num trabalho de aproximação com a Rede Borborema, antigo parceiro da Embrapa e que acaba de celebrar um novo contrato de parceria com o centro de pesquisa da Paraíba com duração inicial de quatro anos, para desenvolver projetos de inovação social, especialmente na linha das tintas naturais.
Para Alderi Emídio, chefe-geral da Embrapa Algodão, que recebeu pessoalmente Flavia e Eduardo, a iniciativa da estilista aponta para um engajamento cada vez maior deste setor da alta-costura e da moda diferenciada e contribui, fortemente, para que o modelo de produção da cotonicultura da região possa ultrapassar um modelo semifeudal de se fazer agricultura no Nordeste e em outros cantos do país.
Veja a videoreportagem e entrevista que fizemos com a estilista
Dalmo Oliveira (0859 | MTE-PB)
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