Embrapa apresenta opções para alimentação do gado na vitrine de forrageiras em Parintins
Embrapa apresenta opções para alimentação do gado na vitrine de forrageiras em Parintins
A Embrapa Amazônia Ocidental apresentou ao público do município de Parintins uma exposição com 25 opções de forrageiras para pastejo direto e para produção de silagem que podem ser utilizadas na pecuária no Amazonas. As forrageiras para silagem apresentadas foram a BRS Capiaçu, BRS Canará, Cameroon e Capim-elefante Roxo. Foram apresentadas as seguintes forrageiras para pastejo direto: Dictyoneura, BRS Piatã, BRS Kurumi, Marandu, Xaraés, Mulato II, Mavuno, Ruziziensis, Mombaça, BRS Zuri, Tanzânia, Massai, BRS Tupi, BRS Paiaguás, BRS Ypiporã, BRS Quênia, BRS Tamani, Aruana IZ-5 e Grama Estrela Africana.
As forrageiras foram cultivadas no parque de exposição agropecuária Luiz Lourenço de Souza, em Parintins, e permanecem expostas no local, de forma permanente na Vitrine de Tecnologias Agropecuárias. Na área do mesmo parque foram implantados cultivos de sorgo forrageiro para produção de silagem, de Gliricidia para banco de proteína animal e um sistema de integração Floresta-Pecuária combinando pastagem com duas espécies arbóreas nativas da Amazônia (Andiroba e Açaí).
O pesquisador Jeferson Macêdo, da Embrapa Amazônia Ocidental, que coordena o Núcleo de Apoio e Pesquisa e Transferência de Tecnologia da Embrapa (NAPTT) no Baixo Amazonas, sediado em Parintins, conta que tem havido bastante interesse dos pecuaristas em conhecer sobre a produção de silagem, que para a região representa uma excelente alternativa para alimentação animal no período seco do ano e, também, quando as várzeas estão cobertas pela água.
Em alguns municípios do estado do Amazonas existe a prática da pecuária em áreas de várzeas, localizadas às margens dos rios e que passam por inundações periódicas devido às enchentes. Na época das cheias, as pastagens naturais ficam inundadas e falta alimento para o gado. Nesse período, os criadores transportam seus rebanhos para áreas de terra firme, onde os animais encontram recursos forrageiros que ficaram em descanso durante o período chuvoso do ano. Além de ser uma alternativa para alimentação do rebanho naquelas condições, a silagem também é uma opção para alimentar o rebanho no período seco do ano, quando as pastagens tendem a diminuir a produção de biomassa.
O pesquisador explica que a silagem de capim-elefante se destaca dentre os diversos alimentos que podem ser fornecidos ao gado e aos búfalos como suplemento alimentar, e que para a produção de silagem, há necessidade de uma espécie forrageira que apresente elevada produção de biomassa por unidade de área e que seja um alimento de boa qualidade para os animais.
O pesquisador destaca o capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.) como uma forrageira com excelente potencial de produção de matéria seca. “Depois do milho e do sorgo, essa é uma das forrageiras tropicais que apresenta as melhores características para ensilar, devido à alta produtividade, elevado número de variedades, grande adaptabilidade, facilidade de cultivo, boa aceitabilidade pelos animais e, quando colhido no período adequado, excelente valor nutritivo”, comenta Macêdo. Dentre as opções de capim elefante apresentadas, o pesquisador ressalta o grande interesse dos criadores pela BRS Capiaçu.
A BRS Capiaçu é uma cultivar de capim-elefante, lançada pela Embrapa Gado de Leite (MG), que se destaca pelo porte alto, alta produtividade e valor nutritivo da forragem, sendo recomendada para cultivo em capineiras para a suplementação volumosa na forma de silagem ou picado verde. A cultivar BRS Capiaçu é voltada tanto para produtores de leite ou de carne, que façam uso de volumoso conservado em forma de silagem ou fornecido fresco.
A exposição de forrageiras foi preparada pela equipe da Embrapa Amazônia Ocidental em Parintins, com apoio da Associação dos Pecuaristas de Parintins (APP) e da Prefeitura de Parintins e foi apresentada aos visitantes durante a 35ª Feira de Exposição Agropecuária de Parintins (Expopin), realizada de 28 de novembro a 5 de dezembro. A Expopin foi promovida pela Associação dos Pecuaristas de Parintins, com apoio do Governo do Amazonas e da Prefeitura de Parintins, e contou com mostra de tecnologias, cursos e palestras, além de atividades culturais, festivas e de negócios.
Na participação da Embrapa na Expopin 2021, o pesquisador Jeferson Macêdo também ministrou o curso “Implantação e manejo de capineira de capim-elefante para produção e uso de silagem” e palestras sobre sistemas integrados de produção pecuária, com foco na integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e sobre ambiência e bem-estar animal na produção pecuária.
Síglia Souza (MTb 66/AM)
Embrapa Amazônia Ocidental
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