Fenologia: Embrapa usa o estudo para lançar publicação sobre as fases da cultura de grão-de-bico
Fenologia: Embrapa usa o estudo para lançar publicação sobre as fases da cultura de grão-de-bico
A Fenologia, considerada importante ferramenta de apoio às técnicas de produção, foi o estudo empregado de modo pioneiro pela Embrapa Hortaliças para definição das diferentes fases da cultura do grão-de-bico do tipo kabuli, tanto em sua parte vegetativa – germinação, emergência, crescimento da parte aérea e raízes -, como na reprodutiva - florescimento, frutificação, formação das sementes e maturação.
A construção e os resultados desse conhecimento, definidos como escala fenológica do grão-de-bico, são apresentados no Comunicado Técnico 133 “Fenologia do grão-de-bico tipo Kabuli”, recém-publicado, e que pode ser acessado aqui.
“O uso da escala da cultura do grão-de-bico permitirá a comunicação entre os diversos públicos envolvidos, como pesquisadores, agentes de assistência técnica pública e privada, extensionistas e produtores”, destaca a analista Sabrina Carvalho, que participou do estudo.
Segundo ela, o trabalho da fenologia foi uma experiência desafiadora, realizado em plena pandemia. “Conseguimos acompanhar e descrever todas as fases vegetativas e reprodutivas durante o ciclo do cultivo do grão-de-bico”, informa Carvalho”. “As plantas foram cultivadas em bandejas, em vasos e no campo na área experimental da Embrapa Hortaliças”, acrescenta.
O uso da escala da cultura do grão-de-bico, de acordo com a analista, permitirá o conhecimento de todas as fases fenológicas da cultura. “A recomendação de qualquer prática pela assistência técnica, como, por exemplo, a aplicação de agroquímicos na lavoura em um determinado estádio de desenvolvimento da cultura, permitirá ao produtor o necessário entendimento para executá-la”.
O pesquisador Luciano Bianchetti, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen), e que tem como foco de atuação a caracterização morfológica de plantas, também participou do estudo fenológico do grão-de-bico. Ele explica que a caracterização possibilita o estabelecimento de diferenças entre genótipos pertencente à mesma espécie ou entre espécies de um determinado gênero.
“Nesse contexto, os estudos fenológicos permitem a caracterização dos processos de crescimento e desenvolvimento das plantas ou de uma determinada cultivar, como foi com o grão-de-bico, para subsidiarem ações de adubação, aplicação de defensivos agrícolas e colheita, por exemplo”.
Na esteira dos dois pesquisadores, Warley Nascimento, chefe-geral da Embrapa Hortaliças e articulador do estudo, considera de extrema importância o fato de que as informações presentes na publicação preenchem uma lacuna até então existente sobre a cultura.
“Há anos, esses dados da cultura do grão-de-bico vinham sendo requisitados, e com os resultados editados na Circular Técnica, as etapas de adubações, pulverizações, irrigações e/ou outros tratos culturais, por exemplo, ficam mais claras e definidas com este estudo dos aspectos fenológicos”, pontua Nascimento.
Kabuli
O grão-de-bico do tipo kabuli é a espécie comercializada e consumida no Brasil. Possui sementes grandes, com formato arredondado e coloração bege ou creme clara. Cultivares do tipo kabuli desenvolvidas pela Embrapa Hortaliças já fazem parte da dieta dos brasileiros, a exemplo do grão-de-bico Cícero (1994) e mais recentemente, a partir de 2015, a BRS Aleppo, BRS Cristalino e BRS Toro. Com lançamento previsto para esse semestre, a nova cultivar BRS Kalifa, também pertencente ao mesmo grupo.
Anelise Macedo (MTB 2.749/DF)
Embrapa Hortaliças
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