Embrapa e Sebrae traçam estratégias para revitalização da cultura do caju no Rio Grande do Norte
Embrapa e Sebrae traçam estratégias para revitalização da cultura do caju no Rio Grande do Norte
Técnicos da Agência Oeste do Sebrae em Mossoró se reuniram com a chefia da Embrapa Agroindústria Tropical
A pauta é a revitalização da cultura dos cajueiros. A Embrapa Agroindústria Tropical e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), no Rio Grande do Norte, pretendem desenvolver ações ao longo deste ano para fortalecer a atividade e ampliar a produtividade em território potiguar.
Na tarde desta segunda-feira, dia 21, Gustavo Saavedra, chefe geral da Embrapa Agroindústria Tropical, e Genésio Vasconcelos, chefe de Transferência de Tecnologia, deram o pontapé inicial dessa iniciativa ao se reunirem com Franco Marinho, gestor do Projeto de Fruticultura do Sebrae-RN, e com gerentes da Agência Oeste, em Mossoró, a fim de planejar ações a serem implementadas ainda em 2022.
O objetivo da iniciativa é aumentar a produtividade das áreas de plantio e ampliar a competitividade dos produtores. “Durante a Expofruit, tivemos uma conversa prévia para montar estratégias para revitalizar a cajucultura no Nordeste. Nesse encontro, vamos discutir um formato de parceria, capaz de levar soluções de inovação tecnológica desenvolvidas pela Embrapa aos pequenos produtores do estado”, disse Franco Marinho em entrevista à Agência Sebrae de Notícias.
A Ideia seria traçar uma linha de ações a serem executadas tais como criação de novos viveiros para a recuperação dos cajueiros antigos, adoção de clones mais produtivos e compatíveis com as condições edafoclimáticas do Rio Grande do Norte e o estabelecimento de um cronograma de capacitação, consultorias, transferência de tecnologias e de missões técnicas para técnicos e produtores.
Ações estruturadas em prol da cajucultura
Genésio Vasconcelos, chefe de TT da Embrapa Agroindústria Tropical, traz mais detalhes sobre a proposta: "Por ser uma cultura perene, a cajucultura precisa de cuidados estruturados e mais bem planejados. A distribuição de mudas de excelente qualidade é um primeiro passo. Mas, além disso, os pomares têm de ser trabalhados devidamente com manejo, prevenção de pragas e doenças, as podas devidas e os cuidados com os tratos culturais no solo também", explica.
E acrescenta: "Não adianta você falar tudo isso para o produtor somente no primeiro ano. Tem de ser feito um acompanhamento constante, durante alguns anos, capacitando tanto a mão de obra local quanto multiplicadores locais que possam servir de exemplo para os demais a fim de que a cadeia produtiva do caju seja realmente implantada como uma fruticultura comercial. Apesar do cajueiro ser uma planta robusta, com características mais vigorosas, ela não pode ser vista como uma atividade extrativista, mas sim como uma cultura de manejo constante e intenso para que possa ter bons índices de produtividade. Então é isso que a gente está buscando com esse projeto".
Vasconcelos destaca a parceria entre as duas instituições. "O Sebrae está à frente desse projeto, mas conta com uma série de parceiros municipais, estaduais e federais, dentre eles a Embrapa. Vamos atuar conjuntamente a partir de materiais didáticos que fiquem disponíveis por maior tempo como lives e cursos gratuitos on-line, permitindo que um número maior de pessoas sejam atendidas, bem como por meio das publicações disponíveis gratuitamente que a Embrapa já possui. A ideia do programa é trabalhar realmente a cajucultura com uma programação de médio e longo prazo e não somente por meio de ações pontuais. Para cada etapa da época do desenvolvimento do cajueiro vamos trabalhar com multiplicadores e pontos focais para que isso se irradie em todo o estado", argumenta o chefe de TT.
(com informações da Agência Sebrae de Notícias)
Ricardo Moura (DRT 1681 jpce)
Embrapa Agroindústria Tropical
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