O Dia Internacional da Mulher (08 de março) será comemorado em conjunto pelos três centros de pesquisa da Embrapa no estado do Rio de Janeiro: Embrapa Agrobiologia (Seropédica), Embrapa Agroindústria de Alimentos e Embrapa Solos, ambas na cidade do Rio de Janeiro. As Unidades vão trazer a neurocientista Letícia de Oliveira para a live Mulheres na Ciência e na Sociedade: lugar de mulher é onde ela quiser? Ela é Professora Titular da Universidade Federal Fluminense -UFF/RJ e pesquisadora Sênior do University College London (Inglaterra). Vale lembrar que as três UDs fluminenses são comandadas por mulheres: Cristhiane Oliveira da Graça Amâncio na Agrobiologia; Maria de Lourdes Mendonça Santos Brefin na Solos e Edna Maria Morais Oliveira na Agroindústria de Alimentos. Espera-se a presença delas no evento. O encontro, às 10h, será mediado pelas pesquisadoras Adriana Moraes e Marta Ricci. Aberto a todos os empregados da Empresa a live pode ser assistida no Canal da Embrapa no YouTube em https://www.youtube.com/watch?v=6i3BRbg-nO8 Na palestra, o público será estimulado a repensar pontos de vista a partir de temas que questionam o comportamento humano diante das questões de gênero, tais como: Por que há tão poucas mulheres na ciência e em alguns setores da sociedade? Por que é importante mudar este cenário? Há evidências de que nosso comportamento pode ser manipulado? Como esses estereótipos de gênero são construídos? Quais são as consequências desses estereótipos para a representação feminina? Essas questões são especialmente relevantes agora, uma vez que a pandemia COVID-19 pode ter levado a um aumento das lacunas de gênero e raça/etnia. O preconceito implícito é crucial nessa luta. Os estereótipos negativos que são socialmente construídos em uma determinada cultura são frequentemente associados a preconceitos implícitos (que são inconscientes). Na palestra, serão apontadas evidências científicas que mostram a presença de preconceitos implícitos na comunidade acadêmica, contribuindo para avaliações e julgamentos inconscientes de indivíduos ou grupos fortemente prejudiciais. Além disso, serão sugeridas diversas ações destinadas a (1) editores e revisores de revistas científicas, (2) pessoas em cargos de poder em agências de fomento e instituições de pesquisa e (3) membros de comitês de seleção, para mitigar esse efeito. Essas recomendações baseiam-se na experiência de um grupo de cientistas latino-americanos formado por mulheres negras e latinas, professoras e estudantes que participam de um grupo de trabalho “Mulheres na Ciência” em universidades do estado do Rio de Janeiro. Com essa palestra, espera-se contribuir para ações e desenvolvimento de políticas institucionais que viabilizem e consolidem a diversidade na ciência e reduzam as disparidades de gênero e raça/etnia.