08/03/22 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Pesquisadores da Embrapa são os únicos brasileiros participantes de campanha comemorativa de sociedade britânica

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Dois pesquisadores da Embrapa que integram a British Society for Plant Pathology (Sociedade Britânica de Fitopatologia) – BSPP são os únicos brasileiros a fazerem parte da comemoração pelo 40º aniversário da instituição, que reúne membros de 51 países.
Francisco Ferraz Laranjeira e Juliana Freitas-Astúa, pesquisadores da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA), foram selecionados para a campanha 40 Faces da Fitopatologia, que traz perfis escritos por cada participante, com informações sobre sua trajetória pessoal e profissional, os desafios de fitopatologia que mais gostariam de ver resolvidos, e o que poderia melhorar o mundo da fitopatologia em termos de inclusão.

A BSPP organiza reuniões científicas regulares, edita três revistas internacionais de fitopatologia — incluindo a Plant Pathology, uma das mais conceituadas do mundo —, e disponibiliza fundos aos membros para despesas de viagem e bolsas de graduação e mestrado de curta duração.

Os dois pesquisadores têm um estreito relacionamento com colegas britânicos, uma vez que Laranjeira realizou seu pós-doutoramento em Biomatemática pela Universidade de Cambridge e foi pesquisador visitante em Rothamsted Research. Juliana é editora associada da revista Plant Pathology e copresidente do grupo de estudos da família Rhabdoviridae do International Committee on Taxonomy of Viruses (Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus) – ICTV.

“O intercâmbio de conhecimento continuará sendo uma das bases para o fortalecimento da ciência. Participar de uma sociedade científica internacional amplia ainda mais essa base. A iniciativa Faces da BSPP mostra o cientista por trás dos artigos, o que traz um toque de informalidade a todo esse processo. Gostei muito de ter participado e fico feliz por ter sido um dos escolhidos”, conta Francisco Laranjeira.

Confira abaixo trechos das respostas traduzidas dos dois pesquisadores à campanha 40 Faces da Fitopatologia:


Francisco Laranjeira, pesquisador e chefe-adjunto de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação da Embrapa Mandioca e Fruticultura:
- Se você pudesse resolver um problema em fitopatologia, qual seria?
O huanglongbing dos citros (HLB), a doença cítrica mais importante do mundo, uma verdadeira pandemia. Apesar de muitos avanços nos últimos anos sobre sua epidemiologia, ainda carece de soluções de manejo mais sustentáveis. Atualmente, seu controle requer até 40 pulverizações de inseticidas por ano para controlar seu vetor.

- Se você pudesse resolver uma questão relacionada à inclusão e diversidade no campo da fitopatologia, qual seria?
Desigualdade de gênero. Não tenho certeza se é um problema para todos os membros da BSPP, mas nos países em desenvolvimento certamente é. Apesar de a maioria dos nossos graduados serem mulheres, esse fato ainda não se reflete na composição de painéis de eventos, nos conselhos das sociedades nem nas coordenações de P&D.

- Se você não fosse um fitopatologista, o que seria?
Eu certamente estaria envolvido em algum aspecto da Ciência. Sou explorador de cavernas amador e mergulhador, então provavelmente faria isso profissionalmente.

A resposta completa pode ser lida em https://www.bspp.org.uk/francisco-laranjeira-is-one-of-our-40-faces-of-plant-pathology/


Juliana Astúa, pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura e presidente da Sociedade Brasileira de Fitopatologia (SBF):
- Se você pudesse resolver um problema em fitopatologia, qual seria?
Essa é uma pergunta difícil, com tantas doenças importantes por aí! Mas eu ficaria muito feliz se os citricultores não precisassem mais lutar contra a leprose. Isso representaria não apenas maiores lucros para eles, mas também menos agrotóxicos no meio ambiente e até mesmo ao nosso doce suco de laranja diário!

- Se você pudesse resolver uma questão relacionada à inclusão e diversidade no campo da fitopatologia, qual seria?
Ao longo de minha educação formal, interagi com muitas colegas alunas, mas muito poucas professoras e ainda menos mulheres administradoras. Nos últimos 20 anos, desde que terminei meu doutorado, vejo um movimento claro em direção à equidade de gênero e agora interajo com muito mais mulheres nessas posições, o que me deixa feliz e esperançosa para o futuro. No entanto, como pesquisadora que ministra cursos para pós-graduandos, não vejo o mesmo acontecendo com minorias e pessoas com deficiência ao longo do tempo. Portanto, eu certamente gostaria de abordar esta questão e incentivar estudantes de diferentes origens e com diferentes deficiências a se familiarizarem e prosseguirem seus estudos em fitopatologia. Mas, se eu tiver que escolher uma questão em particular, seria fazer com que as pessoas com deficiência se sintam bem-vindas no campo!

- Se você não fosse fitopatologista, o que seria?
Eu seria entomologista ou acarologista. Adorei essas áreas durante a faculdade, e trabalho com a interface entre entomologia/acarologia e fitopatologia, pois um dos meus focos de pesquisa é a transmissão viral por vetores. Certamente, se eu fosse entomologista, trabalharia com artrópodes como vetores de patógenos de qualquer maneira.

A resposta completa pode ser lida em https://www.bspp.org.uk/juliana-freitas-astua-is-one-of-our-40-faces-of-plant-pathology/

 

 

Léa Cunha (DRT-BA 1633)
Embrapa Mandioca e Fruticultura, com informações de British Society for Plant Pathology

Contatos para a imprensa

Telefone: 75 3312-8076

Versão em inglês: British Society for Plant Pathology/ Mariana Medeiros (13044/DF)
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