Sistema para controle de qualidade de graõs de soja vence desafio de startups em São Paulo
Sistema para controle de qualidade de graõs de soja vence desafio de startups em São Paulo
Foto: José Victor Saldanha
Anielle Ranulfi e os vencedores do AgriFutura com o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo Itamar Borges
A Brasil Agritest foi uma das vencedoras do desafio de startups organizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), no Instituto Biológico (IB), durante a segunda edição do evento AgriFutura, realizado nos dias 12 e 13 de março, na capital paulista.
A empresa venceu a categoria MVP (Produto Mínimo Viável) com o Sistema digital e automatizado para controle de qualidade de grãos de soja, desenvolvido em parceria com a Embrapa Instrumentação (São Carlos, SP). A competição buscou oferecer um espaço para que agtechs, foodtechs, biotechs e fintechs apresentassem projetos, ideias e produtos com soluções voltadas para o agronegócio.
Mentoria israelense
A competição teve 101 startups inscritas, mas 50 foram selecionadas para apresentar as ideias e inovações em pitches de cinco minutos. A comissão julgadora, formada por especialistas da área e por um grupo de jornalistas especializados em agronegócio, escolheu então as vencedoras das três categorias.
Além da Brasil Agritest (MVP), foram premiadas as empresas Grão Brasil (Ideação) e Britchis Lichias Brasileiras (Tração e Escala). Como vencedora por ter apresentado uma versão simplificada de um produto, a Brasil Agritest receberá uma mentoria do Instituto de Inovação Israelense INNA ImC, em parceria com a APTA.
Diferencial e impacto
“Nosso diferencial é um sistema que utiliza visão computacional, inteligência artificial e técnicas fotônicas para análise dos grãos de soja sem cortá-los, eliminando a subjetividade da classificação manual. O objetivo é emitir laudos confiáveis, produzidos em tempo muito menor do que o método convencional, com critérios avaliados a partir da composição físico-química dos grãos”, explica Anielle Ranulfi, líder de Pesquisa & Desenvolvimento da Brasil Agritest.
Ela explica que além do equipamento de laboratório foi desenvolvido um protótipo para ser validado em campo, e que agora a startup busca investimentos para viabilizar essa etapa. “Esperamos que o sistema seja utilizado à larga, desde os produtores até as certificadoras e as tradings. A participação da Embrapa é fundamental para que a gente tenha chegado até onde chegou e, com certeza, avançaremos muito!”, acrescenta a pesquisadora.
Ecossistema inovador
Na avaliação de Débora Marcondes Bastos Pereira Milori, chefe-adjunta de Transferência de Tecnologia da Embrapa Instrumentação, “o prêmio reforça a importância para o setor agropecuário de um ecossistema de inovação bem organizado, como o que existe em São Carlos, para que o conhecimento gerado seja aplicado e gere impacto econômico, social e ambiental”.
“A Anielle foi minha orientada de mestrado e doutorado na USP, atuou no Laboratório Nacional de Agro-Fotônica da Embrapa, e hoje aplica todos esses conhecimentos na iniciativa privada, em parceria conosco. O resultado desse processo todo vai ajudar o principal produto de exportação do Brasil, responsável por milhares de empregos e bilhões de dólares”, finaliza Milori.
Edilson Fragalle (MTB 21.837/SP)
Embrapa Instrumentação
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