A Embrapa Agroenergia recebeu no dia 16/3 a visita de representantes da Advanta Seeds, multinacional especializada em sementes, com sede nacional em Campinas (SP). O objetivo da reunião foi apresentar as expertises da Embrapa e da Advanta com vistas a estabelecer uma cooperação técnico-científica para acelerar a tropicalização da canola no Brasil. A Advanta chegou ao Brasil em 2009, com foco no mercado de canola, e acumula experiência de mais de 30 anos no desenvolvimento de tecnologias para milho, soja, girassol e sorgo. "A empresa tem foco no desenvolvimento de novos mercados e tecnologias. Por isso projetamos trabalhos futuros em parceria com a Embrapa, que irão contribuir para o desenvolvimento da agricultura na região do Cerrado", disse Lucas Silveira, diretor de Desenvolvimento de Tecnologia e Negócios para a América Latina, da Advanta. Em dezembro de 2021, a Embrapa assinou com a Advanta um Acordo de Confidencialidade (NDA) para resguardar o sigilo das informações trocadas entre as empresas e, em fevereiro deste ano, foi assindo o Acordo de Transferência de Material (ATM) para o recebimento, pela Embrapa, de materiais genéticos de canola da Advanta adaptados às regiões quentes da Austrália. Na ocasião, foram selecionados 14 materiais genéticos para avaliação no Brasil, sendo 4 cultivares comerciais e 10 materiais em avançado melhoramento genético. Participaram da reunião pela Advanta: Benjamin Marolda (Diretor Comercial Global, sediado em Dubai-UE); Tomas Sundblad (Líder de Desenvolvimento de Tecnologia e Licenciamento para Américas, sediado em Olivos, Argentina) e Lucas Silveira (Desenvolvimento de Tecnologia e Negócios para a América Latina, sediado em São Paulo, Brasil). Por parte da Embrapa Agroenergia estiveram presentes: Alexandre Alonso, chefe-geral; Bruno Laviola, chefe de P&D e os pesquisadores Alexandre Cardoso, Manoel Souza e César Miranda. Alonso fez a apresentação institucional da UD e Laviola mostrou os resultados do projeto Procanola e as oportunidades de cooperação na área. "A Advanta Seeds é uma empresa com experiência de mais de 30 anos no melhoramento genético da canola e acreditamos que poderá agregar muito ao trabalho que estamos realizando para tropicalizar a canola. Na reunião, discutimos a possibilidade de estabelecermos dois projetos de cooperação técnica em frentes distintas, mas complementares. Uma frente estaria focada no codesenvolvimento de cultivares para o Cerrado com características especiais e outra frente seria direcionada para desenvolvimento da cadeia produtiva da canola no Brasil, integrando redes de P&D no País", resumiu o chefe de P&D Bruno Laviola.