04/11/15 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Até sábado Bento Gonçalves é a Capital Latino-americana da Viticultura e Enologia

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Foto: Jeferson Soldi

Jeferson Soldi - Márcio Oliveira falou sobre o consumo de vinho no país e o comportamento dos consumidores

Márcio Oliveira falou sobre o consumo de vinho no país e o comportamento dos consumidores

XV Congresso Latino-Americano de Viticultura e Enologia e XIII Congresso Brasileiro de Viticultura e Enologia foram abertos na noite desta terça

Até o próximo dia 7 de novembro Bento Gonçalves reúne pesquisadores e apaixonados pela Viticultura e Enologia e se transforma na Capital Continental da área com a realização do XV Congresso Latino-Americano de Viticultura e Enologia e do XIII Congresso Brasileiro de Viticultura e Enologia. O evento reúne mais de 500 pessoas e aborda temas relacionados à pesquisa, comercialização, produção, desenvolvimento de novos produtos, marketing, entre outros. A abertura do evento ocorreu na noite desta quinta-feira, dia 3, reunindo mais de 400 pessoas no Centro de Eventos Malbec, no Dall'Onder Grande Hotel.

Um dos grandes destaques do evento é a integração entre produtores de vários países, que podem trocar experiências e se atualizar em relação a pesquisa e aspectos técnicos. Foi exatamente isso o que destacou Juliano Perin, presidente da Associação Brasileira de Enologia (ABE). Segundo ele, eventos como o Congresso são fundamentais para o desenvolvimento do setor e vem se transformando em ponto de debates profundos referentes ao mercado e a produção. "É onde o universo vitivinícola pulsa; onde começa o ciclo virtuoso do conhecimento e da transformação encontrando nova energia. É onde as bases do vinho são reconstruídas de forma contínua" destacou Perin.

A ABE é promotora e organizadora do evento ao lado da Embrapa Uva e Vinho. Mauro Zanus, chefe-geral da autarquia que se dedica há décadas à pesquisa na área, destacou a complexidade do evento, que buscou atender demandas diversas dos participantes. Além disso, Zanus ressaltou a transformação que a produção sofreu ao longo dos últimos anos: "continua sendo vinho há milhares de anos, mas a forma como ele é elaborado vem se transformando e evoluindo muito rapidamente com o avanço na pesquisa e na tecnologia" disse.

Ernani Polo, secretário Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação, que esteve representando o Governador Sartori, destacou a importância econômica e social que o setor exerce atualmente para o Rio Grande do Sul. "Também conseguimos ver no setor como a integração e o debate entre Estado e setor produtivo pode ser benéfica e gerar bons frutos" afirmou Polo. Na mesma linha de pensamento, o presidente do Ibravin, Moacir Mazzarollo, afirmou que os resultados da pesquisa e do desenvolvimento podem ser vistos no ponto de venda, o que beneficia toda a cadeia produtora da uva e do vinho. Jovino Nolasco de Souza, secretário da Cultura de Bento Gonçalves, que representou o prefeito Guilherme Pasin, também falou sobre a integração que o vinho proporciona e sua importância social e econômica.

Lembrando que em 2016 Bento Gonçalves será sede do Congresso Mundial da Organização Internacional da Uva e do Vinho (OIV), o diretor geral da entidade, Jean-Marie Aurand, afirmou que o município se transformará em breve na Capital Mundial do setor para receber o evento.

Palestra de abertura
Logo após a cerimônia que abriu o Congresso, ocorreu a palestra de abertura do evento. Com o tema "Entendendo o que os consumidores valorizam nos vinhos e estabelecendo estratégias para o mercado" o consultor Márcio Oliveira apresentou um panorama sobre preferências do consumidor contemporâneo. Informações sobre os gostos médios de consumo no país, conceitos de marketing e promoção e sua aplicação ao setor do vinho, além de fatores determinantes para a compra, passaram pelos telões do evento ao longo de pouco menos de uma hora.

"O setor ficou altamente competitivo e estruturado nos últimos anos e isso tornou todas as estruturas mais complexas. Além disso, é preciso entender e buscar o jovem consumidor de vinhos e para isso o caminho é de preços competitivos em vinhos de qualidade internacional", afirmou Oliveira.

Dos 509 inscritos no primeiro dia do evento, 407 são brasileiros. Os demais vêm de 11 países, sendo eles: Alemanha, Argentina, Bolívia, Chile, Espanha, França, Itália, Nova Zelândia, Peru, Portugal e Uruguai. Inscrições podem ser feitas no decorrer do evento no setor de credenciamento.
 

Viviane Zanella e Lucinara Masiero (mtb14004)
Embrapa Uva e Vinho

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