Irrigação da cana é tema de oficina no 25º Conird, em Sergipe
04/11/15
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Recursos naturais Manejo de Recursos Hídricos
Irrigação da cana é tema de oficina no 25º Conird, em Sergipe
O pesquisador e chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), Ronaldo Resende, apresenta durante o 25º Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem (Conird) a oficina ‘A irrigação no setor sucroalcooleiro energético'.
O 25º Conird é uma realização da Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem (Abird), e acontece de 8 a 13 de novembro no auditório da Reitoria da Universidade Federal de Sergipe (UFS), no campus de São Cristóvão, Região Metropolitana de Aracaju. Acesse aqui a programação completa. Para informações sobre inscrições, clique aqui. As oficinas acontecem nas manhãs dos dias 9, 10 e 11.
Serão apresentados e discutidos aspectos gerais da irrigação, fertirrigação e quimigação em cana-de-açúcar a partir de experiências e resultados de ações de pesquisa em campo, com o apoio de usinas parceiras. Resende contará com o apoio dos pesquisadores Julio Amorim, da Embrapa Tabuleiros Costeiros, e Aderson de Andrade Jr., da Embrapa Meio-Norte (Teresina, PI), além do professor do Departamento de Agronomia da UFS, Raimundo Gomes.
Os debates contarão com relatos de representantes de usinas que atuam em parceria com a Embrapa em experimentos com a cultura da cana. O foco será nas questões relacionadas ao manejo da irrigação, sistemas de irrigação, aproveitamento da precipitação visando reduzir a necessidade de irrigação, entre outros.
Eficiência
Em função do sua característica de metabolismo (C4), a cana-de-açúcar é uma gramínea de elevada eficiência fotossintética e de uso de água. De modo geral, a cultura apresenta uma elevada resposta às condições de umidade do solo, desde que também satisfeitas a sua demanda por outras variáveis ambientais, notadamente a luminosidade.
"Levando-se em conta as irregularidades atuais de chuva, a resposta da cana-de-açúcar à irrigação se torna dependente da magnitude e época de ocorrência do déficit hídrico e das condições climáticas prevalecentes nesse período. Nas áreas tradicionais de produção das regiões Sul e Sudeste do país, a época de ocorrência de déficit hídrico está associada ao momento de menor demanda de evapotranspiração e mais baixa temperatura; de modo contrário, na região Nordeste, há uma coincidência entre o momento de ocorrência do déficit hídrico com o de maior demanda evaporativa da atmosfera, potencializando o efeito do déficit, mas, ao mesmo tempo, aumentando o potencial de resposta da planta à irrigação", explica o pesquisador.
O censo agropecuário de 2006 do IBGE registra que de 192,8 mil estabelecimentos pesquisados que colheram cana apenas 10,8 mil utilizaram irrigação (5,6%). O Censo relacionou esse número estabelecimentos a uma área com 1,7 milhão de hectares, o que correspondeu a 30,6% da área total colhida de 5,6 milhões de hectares.
"É de se supor que os dados de área apontados não correspondem à irrigação plena da cana. A principal dificuldade de se obter estatísticas mais precisas advém do fato que a maior parte da irrigação da cana se constitui em irrigação suplementar. Embora não se disponha de estatística com essa segmentação, uma estimativa aponta para algo em torno de 5% a 8% da área plantada com irrigação plena", acrescenta.
Confira as demais oficinas realizadas por pesquisadores da Embrapa
Além de Ronaldo, outros pesquisadores de Unidades da Embrapa também ministram oficinas no 25º Conird.
Frederico Durães, gerente-geral da Embrapa Produtos e Mercado (Brasília, DF), discute as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) para irrigação agrícola, enfocando sistemas informacionais para manejo de precisão de água na agricultura irrigada.
Culturas perenes irrigadas, como citros, banana, café e cacau, são tema de oficina ministrada pelos pesquisadores da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), Maurício Coelho Filho e Eugênio Coelho.
Antônio Marcos Coelho, da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG), apresenta os temas ‘Pastagens e forrageiras irrigadas para corte e milho irrigado para produção de grãos e silagem'.
O pesquisador da Embrapa Solos (Rio de Janeiro, RJ), Pedro Luiz de Freitas, fala sobre reuso de águas servidas na agricultura irrigada.
Saulo Coelho (MTB/SE 1065)
Embrapa Tabuleiros Costeiros
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