Rede Agroflorestal do Rio de Janeiro define ações prioritárias
Rede Agroflorestal do Rio de Janeiro define ações prioritárias
Foto: Liliane Bello
SAF implantado em área experimental na Fazendinha Agroecológica Km 47, em Seropédica, RJ
Neste mês de abril ocorreu na Embrapa Agrobiologia (Seropédica, RJ) a primeira reunião presencial da Rede Agroflorestal do Rio de Janeiro. O objetivo foi organizar o planejamento da Rede, a partir da definição das ações de fomento prioritárias para a adoção de Sistemas Agroflorestais (SAFs) no Estado. “Temos um mapeamento das experiências de SAF no Rio de Janeiro, que foi feito em um projeto anterior da Embrapa Meio Ambiente, com nossa participação, e, a partir desse mapeamento construímos um plano estratégico, que foi a base das nossas discussões”, explica o pesquisador Luiz Fernando Duarte de Moraes, que representa a Embrapa na Rede.
Na ocasião, foram discutidos os desafios e oportunidades, bem como as ações prioritárias relacionadas a eles, considerando cinco eixos temáticos: uso e conservação dos recursos naturais; governança da Rede Agroflorestal do RJ; produção agroflorestal; mercados, comercialização e consumo; e construção do conhecimento, capacitação e assistência técnica. “Posso adiantar que uma das prioridades, por exemplo, é buscar o acesso a crédito com juros razoáveis para pequenos agricultores”, aponta.
A Rede Agroflorestal do Rio de Janeiro foi formada no ano passado, sendo uma nova tentativa de construir uma organização relacionada ao tema no Estado. A iniciativa faz parte do projeto SiAMA (Sistemas Agroflorestais na Mata Atlântica), coordenado pela instituição Agroicone e financiado pelo fundo britânico UK Pact, com o objetivo de buscar incentivos técnicos e institucionais para promover a implantação de SAFs na Mata Atlântica. “Inicialmente, o projeto visava a fomentar a adoção de SAFs em três territórios da Mata Atlântica: sul da Bahia, mosaico central fluminense e Vale do Ribeira, entre São Paulo e Paraná. A Embrapa atua como ponto focal no Estado do Rio de Janeiro, e uma das primeiras coisas que sugerimos – e que foi acatada – é que o projeto não se restrinja ao mosaico central fluminense, mas a todo o Estado, já que é um estado pequeno e fácil de manejar”, revela Luiz Fernando.
Assim, busca-se fortalecer o reconhecimento dos atores locais e regionais da agrofloresta como uma opção tanto para o meio ambiente, devido ao sequestro de carbono do solo, quanto para a geração de renda. “Este tema é de extrema importância para a agenda ambiental brasileira, pois, além de contribuir para mitigar as mudanças climáticas, as agroflorestas têm o potencial de impulsionar a geração de renda das pessoas que vivem na Mata Atlântica, mantendo a floresta em pé”, declarou Ana Loreta Paiva, gestora de projetos do SiAMA, na ocasião das primeiras capacitações promovidas pelo projeto no Rio de Janeiro, realizadas no fim do ano passado em Duque de Caxias e Guapimirim.
Essas capacitações contaram com a participação de cerca de 50 pessoas, e englobaram palestras sobre restauração florestal e aulas práticas de implantação e planejamento de SAFs, técnicas de plantio e adubação do solo. O projeto também está atuando na implantação de Unidades Demonstrativas Agroflorestais nos três estados em que atua – Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo.
Liliane Bello (MTb 01766/GO)
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