Embrapa destaca cultivares com melhor desempenho de mercado nos seus 49 anos
Embrapa destaca cultivares com melhor desempenho de mercado nos seus 49 anos
Ao celebrar seus 49 anos de criação, a Embrapa destaca os resultados mercadológicos obtidos por algumas cultivares geradas nos programas de melhoramento genético da Empresa. São cultivares responsáveis por extensas áreas de plantio nas lavouras e pastos brasileiros e até de outros países de agricultura tropical por promoverem maior desempenho no campo, além de benefícios econômicos, ambientais e sociais. O Arroz BRS Pampa CL, o Trigo irrigado BRS 264, a Soja BRS 284 e as forrageiras tropicais Brachiaria brizantha BRS Piatã e Panicum maximum BRS Zuri são exemplos de cultivares com resultado mercadológico de destaque para a Embrapa em 2021.
A BRS Piatã foi responsável, entre 2020 e 2021, pela produção de uma tonelada de sementes e 60% desse volume foi exportado para países principalmente da América Latina e África. Já a BRS Zuri, em 2021, teve produção próxima a 900 mil quilos de sementes, sendo mais da metade destinada à exportação. Outro impacto positivo dessas forrageiras adaptadas foi a prevenção do desmatamento de milhões de hectares de florestas e a fortalecer a pecuária nos diversos biomas, independentemente do tamanho da propriedade.
Licenciamento de cultivares
Atualmente, 245 cultivares com genética Embrapa são ofertadas ao mercado por mais de 400 parceiros licenciados para multiplicação e comercialização. Parte dessas cultivares são protegidas e trazem retorno financeiro para a Embrapa na forma de royalties. No ano fiscal 2021, a soja BRS 284 foi responsável por 26% do total arrecadado com cultivares e a Brachiaria brizantha BRS Piatã é a segunda com maior arrecadação, correspondente a 17%.
Arroz BRS Pampa CL – cultivar ambientalmente sustentável
O Arroz BRS Pampa CL descende da cultivar BRS Pampa. Tornou-se uma das principais escolhas dos produtores da região Sul em razão de um conjunto de qualidades altamente desejáveis: cultivar precoce, que usa menos defensivos, tem excelente potencial produtivo e resistência às principais doenças, além de promover economia de água na irrigação, pois demanda 15% menos irrigação em comparação às cultivares de ciclos mais longos. Classificado como arroz de grão nobre ou premium, o produto apresenta altas taxas de grãos inteiros após o beneficiamento, cerca de 64%, característica ligada ao valor do produto do mercado. Em relação à área plantada, a produção de grãos da cultivar ultrapassou 70 mil hectares.
Trigo irrigado BRS 264 tem produção recorde no Cerrado
O Trigo irrigado BRS 264 é uma das tecnologias que permitiu o desenvolvimento da triticultura na região do Cerrado. A cultivar, em 2021, bateu o recorde mundial de produtividade diária: 9.630 kg/ha, isto é 80,9 kg/ha/dia, ou 160,5 sacas/ha, colhidos pelo produtor Paulo Bonato, em Cristalina (GO).
É uma cultivar de trigo precoce, que pode ser colhida antes de outras disponíveis no mercado, e permite que o produtor agregue mais valor à lavoura irrigada, melhorando o sistema de produção da região. Essa tecnologia se caracteriza pela possível diminuição dos impactos ambientais, por reduzir a utilização de água e energia elétrica.
Soja BRS 284 – ícone em potencial de rendimento
A Soja BRS 284 é uma cultivar convencional de ciclo precoce, destinada a todas as regiões sojícolas do País. Tem como destaque o excelente potencial produtivo em áreas com a presença do "nematoide de galhas" Meloidogyne javanica e Meloidogyne incógnita, além de viabilizar o plantio antecipado.
A cultivar se tornou um ícone em termos de potencial de rendimento da soja convencional conquistando concursos de produtividade em diferentes regiões do país. O sucesso da cultivar no mercado de soja não transgênica vem abrindo espaço para as novas gerações de soja convencional como a BRS 511, que agrega a Tecnologia Shield - resistência genética à ferrugem-asiática da soja, e a BRS 539 que combina Tecnologias Shield® e Block® de proteção contra percevejos.
BRS Piatã e BRS Zuri são exportadas para África e América Latina
A Brachiaria brizantha BRS Piatã foi responsável, entre 2020 e 2021, pela produção de uma tonelada de sementes e por 60% de todo o volume de sementes de forrageiras exportadas para países principalmente da América Latina e África. A BRS Piatã é uma boa alternativa para a integração lavoura-pecuária por apresentar fácil dessecação e crescimento inicial mais lento que os capins "xaraés" e "marandu", além das características favoráveis de manejo, arquitetura de planta e acúmulo de forragem no período seco.
O Panicum maximum BRS Zuri, em 2021, teve produção próxima a 900 mil quilos de sementes, sendo mais da metade destinadas à exportação. O capim apresenta tolerância moderada ao encharcamento do solo, semelhante ao Tanzânia-1, porém se desenvolve melhor em solos bem drenados, sendo uma opção para a diversificação de pastagens nos biomas Amazônia e Cerrado. Suas principais características são a elevada produção, o alto valor nutritivo, a resistência às "cigarrinha-das-pastagens" e o alto grau de resistência à "mancha das folhas".
Serviço
Confira as novidades da Embrapa em comemoração aos seus 49 anos de fundação, acesse: https://www.embrapa.br/49-anos
Selma Lúcia Lira Beltrão (JP DRT 2490/DF)
Secretaria de Inovação e Negócios (SIN)
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Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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