Tecnologia de alho-semente livre de vírus chega a regiões produtoras do Paraná e Espírito Santo
Tecnologia de alho-semente livre de vírus chega a regiões produtoras do Paraná e Espírito Santo
"Alho Livre de Vírus (ALV), Alternativa Viável para o Fortalecimento da Agricultura Familiar nos Estados do Paraná e do Espírito Santo" é o título do projeto cujas ações, em curso desde janeiro último, têm como base apoiar o fortalecimento da cadeia de valor da hortaliça nesses estados. Esse apoio será efetivado por atividades de capacitação de agricultores, técnicos agrícolas, extensionistas rurais e consultores em sistemas avançados de produção de alho, da introdução de cultivares de alto rendimento e de alho-semente livre de vírus e tecnologias associadas ao sistema de produção.
Uma união de forças envolvendo a Embrapa Hortaliças e a Associação dos Produtores de Alho (Anapa) viabilizou a implementação do projeto por meio do Termo de Execução Descentralizada (TED), firmado com o MAPA no final de 2021, no valor de um milhão de reais - recursos geridos pela Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento (Faped).
De acordo com a analista Lenita Haber, da área de Transferência de Tecnologia, que atua na gestão de execução do projeto, em conjunto com o pesquisador Francisco Resende (coordenador do Programa de Melhoramento de Alho na Embrapa), os municípios de Cândido de Abreu e Quatiguá, no Paraná, e Santa Maria de Jetibá e Domingos Martins, no Espírito Santo, são as localidades onde as ações serão executadas, baseadas nas avaliações dos sistemas de produção e seus gargalos referentes à cultura do alho.
“Com a colaboração do lnstituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (lDR-Paraná) e do lnstituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (lncaper), foram realizados diagnósticos baseados em visitas às áreas de produção e reuniões com os agricultores locais para apresentação do projeto e identificação das necessidades para adequação das linhas de ação previstas na proposta”, informa Haber. Segundo ela, a construção do projeto e o consequente TED levaram em consideração os problemas vivenciados pela cadeia produtiva de alho dessas regiões, a partir de suas respectivas realidades.
A analista observa que a demanda relacionada à produção de alho desses municípios partiu da Anapa, instituição que representa os produtores de alho do Brasil. Durante as interlocuções com a Embrapa Hortaliças, as experiências exitosas em outras regiões como Cristópolis, na Bahia - onde a introdução da tecnologia do alho-semente livre de vírus traduziu-se na melhoria do padrão tecnológico dos agricultores que possibilitaram o aumento da produtividade de até 50% - poderiam ser replicadas em outras áreas produtoras que vêm perdendo capacidade de produção, afetando comunidades de agricultores familiares.
AÇÕES E METAS
As capacitações de agricultores e agentes multiplicadores serão realizadas por meio de um curso on-line sobre sistemas avançados de produção comercial de alho-semente livre de vírus; quatro cursos práticos (dois em cada estado) presenciais abordando técnicas de produção, complementando a capacitação on-line; dois dias de campo direcionados a agricultores, técnicos agrícolas e extensionistas rurais envolvidos no projeto; e ainda validações e implantação de quatro unidades de produção e multiplicação de alho-semente livre de vírus em cada município de atuação do projeto.
A expectativa da analista é que “esse trabalho consiga resgatar e fortalecer a cultura do alho no Espírito Santo e do Paraná, reduzindo a dependência de outros estados, assim como o trânsito de doenças, tornando-se autossuficientes a partir da introdução da tecnologia do cultivo de alho-semente livre de vírus”.
Anelise Macedo (MTB 2.749/DF)
Embrapa Hortaliças
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