10/05/22 |   Melhoramento genético

Maior grupo produtor de algodão no mundo visita programa de melhoramento da Embrapa

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Foto: Sebastião de Araújo

Sebastião de Araújo -

Uma comitiva do grupo Bom Futuro, maior produtor individual de algodão no mundo, com uma área de 168 mil hectares na safra atual, visitou o programa de melhoramento do algodoeiro da Embrapa, sediado em Santo Antônio de Goiás, no último dia 5 de maio. O objetivo do grupo, composto pelo gerente de produção Inácio Modesto e cinco responsáveis por núcleos de produção, foi entender a dinâmica do programa e conhecer os avanços recentes em qualidade de fibra, além de checar in loco as vertentes do programa e algumas linhagens em pré-lançamento.

Os visitantes foram recebidos pelos chefes-adjuntos Roselene Chaves (Transferência de Tecnologia), Fernando Magela Silva, (Administração) e Ana Luiza Borin (Pesquisa e Desenvolvimento), da Embrapa Arroz e Feijão, além dos pesquisadores da Embrapa Algodão João Luís da Silva Filho, que lidera um projeto em parceria com o grupo, e Nelson Dias Suassuna, que proferiu uma breve apresentação do programa de melhoramento de algodão, com ênfase na qualidade de fibra, e seguida, apresentou as estruturas de laboratório, cultivo protegido e guiou a comitiva nos ensaios de campo.

“Os visitantes conheceram o laboratório de marcadores moleculares, a rotina de análises realizadas anualmente e como essas análises ajudam no processo de seleção de cultivares. Também foram apresentadas as estruturas de casas de vegetação, onde são realizadas as hibridações e avanços de gerações de plantas e o conjunto de cultivos protegidos (estufas) que são usadas para multiplicação de sementes e também no avanço de gerações na entressafra”, relata Nelson Suassuna.

No campo, o interesse dos visitantes foi entender detalhes das cultivares BRS 500 B2RF e BRS 370 RF. “Essas cultivares já foram plantadas pelo grupo e tiveram desempenho muito bom na safra anterior, principalmente nas fazendas localizadas no Vale do Araguaia”, conta o pesquisador.

Dentre os materiais de qualidade de fibra superior (fibra média-longa) demonstrados, uma linhagem chamou a atenção pelo potencial produtivo. “Ainda no âmbito da qualidade da fibra, foram demonstradas linhagens em fase final de melhoramento com fibra extra-longa, característica que foi muito elogiada e que abre novas perspectivas para exploração desse segmento do mercado de fibras especiais”, vislumbra.

Também foram demonstradas plantas de algodoeiro que não produzem a toxina gossipol, característica que ainda não está disponível nas cultivares comerciais do país. “O gossipol, presente em todas as partes da planta de algodoeiro, impede o uso das sementes na alimentação de animais não ruminantes. A eliminação dessa toxina abre a possibilidade do uso da semente tanto para a extração de óleo sem a necessidade de posteriores purificações, bem como uso do caroço ou torta na alimentação de aves e peixes”, exemplifica Suassuna.

 

Edna Santos (MTB/CE 1700)
Embrapa Algodão

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