09/11/15 |   Agricultura familiar  Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Curso de apicultura: criação de rainha e melhoramento de colmeias

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Foto: Paulo Lanzetta

Paulo Lanzetta - Capacitação foi planejada para atender o manejo de colmeias por apicultores e técnicos preocupados com a sanidade das abelhas, especialmente da rainha, que pode viver até 25 anos.

Capacitação foi planejada para atender o manejo de colmeias por apicultores e técnicos preocupados com a sanidade das abelhas, especialmente da rainha, que pode viver até 25 anos.

 
Treinamento reúne produtores da Metade Sul que investem na produção de rainhas. Uma colmeia pode ter mais de oito mil abelhas operárias.
 
Com o objetivo de promover a troca de experiências entre apicultores e técnicos, no dia 4 de novembro, durante todo o dia, na Estação Experimental de Cascata, da Embrapa Clima Temperado, foi realizado mais um curso de apicultura. Destinado para apicultores e técnicos multiplicadores, o evento debateu sobre o melhoramento de enxames com a produção de rainhas e também foram apresentados diagnósticos sanitários para colméias. 
 
A rainha é a abelha mais importante da colméia. Uma colmeia forte pode chegar a ter oito mil abelhas operárias, 500 zangões e somente uma rainha, que exerce o papel de reprodutora. "A rainha é a única abelha que tem condições de colocar ovos fecundados, ela é o único indivíduo reprodutor dentro da colmeia", comenta o pesquisador Luiz Fernando Wolff. 
 
Numa colmeia, as abelhas operárias trabalham para trazer o alimento, limpar e cuidar das larvas. Os zangões têm a função exclusiva de fazer o acasalamento com a rainha e garantir a reprodução. Toda colmeia possui uma abelha rainha, que é muito fértil, e pode viver até 25 anos, enquanto uma abelha operária, vive apenas dois meses. Por causa da idade, a rainha deve ser trocada periodicamente, pois surgem problemas sanitários que acabam prejudicando a reprodução.
 
Jucélio de Oliveira é técnico em agropecuária, palestrou para os presentes no curso. Apresentou quais aspectos sanitários que influenciam na produção das abelhas. Uma das doenças que surge é a varroase - uma espécie de parasita encontrado na apicultura, que pode ser visto a olho nu -. "Este tipo de parasita prejudica a produção e o rendimento do mel, deve ser realizado um acompanhamento semanalmente para saber se existe esta praga na produção", comenta o palestrante. O ciclo de vida e de reprodução deste parasita decorre em paralelo ao da abelha, o que explica a contaminação generalizada e o desaparecimento completo de elevado número de colônias. Normalmente são os zangões que fazem o alastramento da varroa que,  se alimentando do sangue das abelhas e se multiplicando muito rapidamente, enfraquece as colônias.
 
Os presentes no evento eram produtores de Canguçu, Cerrito e Pedro Osório. Dona Maria de Lurdes veio lá de Cerrito, ela que é auxiliar de enfermagem, tem um carinho especial pelas abelhas e resolveu investir na apicultura. "Gostei muito do curso, já planejo voltar na próxima edição", comenta a apicultora.
 

Silvana Scaglioni (Colaboradora)
Embrapa Clima Temperado

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