Resultados de parceria com SDA/Mapa são apresentados em workshop
Resultados de parceria com SDA/Mapa são apresentados em workshop
Nos dias 12 e 13 de maio, a Embrapa Territorial promoveu um workshop para representantes da Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SDA/Mapa), com o intuito de apresentar e entregar uma parcela dos produtos previstos no Termo de Execução Descentralizada (TED), assinado em 2020.
De vigência até dezembro de 2023, o documento contempla a estruturação do banco de dados dos postos de fiscalização fitossanitária situados no território nacional; o monitoramento da Bactrocera carambolae, conhecida como mosca da carambola, nos estados do Amapá, Pará e Roraima; e o mapeamento das rotas de risco para a entrada e a disseminação no País de 11 pragas quarentenárias.
No workshop, foram apresentados e discutidos os resultados dos três objetos do TED. Os dois primeiros itens estão concluídos e foram entregues à SDA. Os mapeamentos das rotas de maior risco, por sua vez, serão finalizados paulatinamente. Nesta etapa foram apresentadas as rotas de risco para a introdução e a dispersão da Bactrocera carambolae e da Fusarium oxysporum f.sp. cubense, raça 4, tropical (Foc-R4T) - doença fúngica que ataca a banana. Os mapeamentos das rotas das demais pragas serão entregues nas próximas etapas.
Para a determinação das rotas de risco, os planos de informação foram agrupados em riscos de entrada; riscos de estabelecimento e impactos potenciais. O risco de introdução considerou, por exemplo, dados sobre a importação de frutas; tipo de transporte; proximidades a centros urbanos; estrutura de vigilância e monitoramento da praga; a proximidade à estrutura de vigilância e a existência do monitoramento da praga. O risco de estabelecimento englobou dados sobre as influências climáticas; o hospedeiro e a proximidade a regiões onde a praga já foi detectada.
Os produtos fornecerão subsídios para o fortalecimento do sistema nacional de vigilância fitossanitária, direcionando ações de combate, monitoramento e erradicação de pragas que podem acometer e causar estragos imensuráveis à agricultura brasileira.
Projeto
A pesquisadora Márcia Dompieri, que lidera os trabalhos, dá uma ideia dos desafios enfrentados para o desenvolvimento deste trabalho. "O TED foi assinado durante a pandemia, fato que exigiu esforços adicionais da equipe, uma vez que a metodologia na construção da rota necessariamente deveria ser participativa, envolvendo os especialistas. Foram inúmeras reuniões virtuais, com público do Brasil todo. Adicionalmente, o termo previa a construção e o tratamento de imensas bases de dados heterogêneas e multifontes. [Mas,] Graças à determinação da equipe, conseguimos atingir os objetivos da primeira fase e garantir o repasse do segundo montante de recursos previsto, via termo aditivo”, destaca.
Os próximos estudos contemplarão as rotas de riscos para a Moniliophthora roreri (monilíase do cacaueiro); Cydia pomonella (bicho da maçã); Lobesia botrana (traça da videira); e Xanthomonas oryzae pv. oryzae (bactéria que causa infecção no arroz e em outras gramíneas).
Participaram do evento Carlos Goulart, diretor Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos, da SDA, Graciane Gonçalves Magalhães de Castro, coordenadora geral de proteção de plantas, da SDA, José Victor Torres Alves Costa, superintendente federal de agricultura do Amapá, Luiz Augusto Copati Souza, chefe do Serviço de Suporte à Gestão, da SDA e Lucas Zago, representante da SDA/Mapa em Campinas. Pela Embrapa, estiveram presentes: Lucíola Magalhães, chefe-adjunta de P&D, os pesquisadores Paulo Barroso, Cristiani Kano e Marcos Aurélio Santos da Silva (Embrapa Tabuleiros Costeiros) e o analista Rafael Mingoti.
Alan Rodrigues (MTb 2625/CE)
Embrapa Territorial
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/