Embrapa Agrobiologia, Embrapa Algodão e Embrapa Agroindústria de Alimentos participaram, de 8 a 10 de junho, da Bio Brazil Fair 2022, em São Paulo, SP, uma das maiores feiras do setor orgânico da América Latina. O pesquisador José Antonio Espindola representou a Unidade no evento, em debate com o presidente do Instituto Brasil Orgânico, Rogério Dias, falando sobre as tecnologias apropriadas para a produção orgânica. O painel discutiu as demandas do setor produtivo, ao mesmo tempo em que apresentou as soluções desenvolvidas pela Embrapa para o setor de agricultura orgânica e agroecológica. Dentre as contribuições da Empresa, foram destacadas as experiências da Fazendinha Agroecológica Km 47 e dos portfólios Sistemas de Produção de Base Ecológica e Inovação Social na Agricultura. Além desse, a Embrapa também integrou outros dois painéis: um sobre o resgate da cultura do algodão no semiárido nordestino, com a participação do pesquisador Marenilson Batista da Silva, da Embrapa Algodão, e um sobre inovação, liderança, saúde e negócios, com o pesquisador Amauri Rosenthal, da Embrapa Agroindústria de Alimentos. Outro destaque foi o lançamento da publicação Alimentos Orgânicos e Agroecológicos Processados: Fundamentos e Requisitos Legais no Brasil, que tem como autores os pesquisadores Rodrigo Paranhos Monteiro (Embrapa Agroindústria de Alimentos) e Renato Linhares (Embrapa Agrobiologia), além da professora Maria Ivone Jacintho Barbosa, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. O documento visa a esclarecer as principais dúvidas relacionadas às normas brasileiras voltadas para o processamento de alimentos orgânicos, analisando os regramentos que conformam o marco legal internacional e nacional, com destaque para a Lei da Agricultura Orgânica de 2003 e a Instrução Normativa Conjunta (MAPA e MS) nº 18 de 2009, que aprova o Regulamento Técnico Para o Processamento, Armazenamento e Transporte de Produtos Orgânicos. “Esperamos que as informações descritas nesta publicação possam orientar os interessados quanto aos desafios e oportunidades que estão envolvidos no mercado de alimentos orgânicos processados. Existem muitas dúvidas sobre o que é necessário para formalizar as agroindústrias de produtos orgânicos. Primeiro, deve-se atender aos requisitos legais para o processamento de alimentos, como a obtenção do alvará sanitário, depois existem as regras específicas para o segmento orgânico, como o uso de aditivos alimentares permitidos”, afirma Rodrigo Paranhos. Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimentos (MAPA), em 2022, há cerca de 25 mil produtores orgânicos no Brasil, mas o potencial é muito maior. Dados da Federação Internacional do Movimento da Agricultura Orgânica (IFOAM) apontam que o Brasil é o principal mercado de alimentos orgânicos da América Latina, mas existem somente 1,3 milhão de hectares com agricultura orgânica no País – uma área menor do que a existente no Uruguai e Argentina. No caso dos países da União Européia, a proporção de terras agricultáveis com cultivos orgânicos já alcançou mais de 9%. A União Europeia pretende atingir o percentual de 25% até 2030. Acesse aqui a publicação. *Com informações de Aline Bastos (Embrapa Agroindústria de Alimentos)