12/11/15 |   Agroindustry

Pesquisas latino-americanas em óleos essenciais atraem grande público ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro

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Photo: Marcos Moulin

Marcos Moulin -

Mais de trezentos e cinquentas pessoas de vinte países participam até o dia 13 de novembro do 8o Simpósio Brasileiro de Óleos Essenciais em joint meeting com o International Symposium on Essential Oils no Rio de Janeiro. O evento é organizado pela Embrapa Agroindústria de Alimentos, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).  "O Instituto de Química Agrícola, criado em 1934 aqui no Jardim Botânico, foi um dos berços da pesquisa com óleos essenciais no Brasil. Décadas depois, voltamos à origem hospedando pela primeira vez a versão internacional do Simpósio Brasileiro de Óleos Essenciais", destacou Humberto Bizzo, pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos e coordenador do evento .

Na palestra de abertura, o professor Norberto Lopes da Universidade de São Paulo (USP) abordou estratégias para analisar voláteis do metabolismo secundário das plantas. Ele apresentou novos protocolos ecológicos e de atividade biológica, a partir de sua experiência com plantas amazônicas e do cerrado brasileiro. O método para identificação morfológica das plantas da floresta amazônica em um curto período foi recomendado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). E, a partir da investigação sistemática de vários compostos voláteis de espécies de Lychnophora conhecida como "arnica da serra", o professor junto com a sua equipe também conseguiu identificar uma atividade anticâncer em estudos com animais.

O primeiro dia do evento trouxe o Simpósio Panamericano de Óleos Essenciais. O Professor da Universidade de Cornell, Robert Raguso, apresentou seus estudos na área de Ecologia Química, relacionados à comunicação das plantas com os insetos polinizadores. Em uma de suas últimas pesquisas foram analisados dezenove espécies de plantas de doze diferentes famílias no Deserto do Arizona, EUA. Foi constatado que não é a cor, mas o aroma que atrai os polinizadores, sendo que as flores brancas exalam substâncias voláteis mais atrativas aos insetos e aos pássaros. "Esses aromas também podem atrair ou repelir larvas e parasitas, atuando no controle biológico agrícola", conta Raguso.

O pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Roberto Vieira, apresentou os primeiros resultados do projeto de prospecção de plantas aromáticas do Cerrado Brasileiro, o segundo maior bioma nacional. "As plantas amazônicas pau rosa e priprioca já geraram produtos cosméticos para o mercado. A nossa intenção é descobrir novos aromas para a indústria, a partir da biodiversidade do Cerrado", afirmou o pesquisador. A primeira fase do projeto foi finalizada com o levantamento de 118 espécies de plantas de 10 famílias coletadas em cinco diferentes áreas geográficas com potencial aromático. Saiba mais aqui sobre essa pesquisa na matéria da Agência Embrapa de Notícias.

Outros nove palestrantes de países da América Latina (Argentina, México, Uruguai, Colômbia e Brasil) também apresentaram pesquisas com óleos essenciais a partir da perspectiva de plantio, técnicas de extração do óleo, uso de folhas e flores das plantas nativas de seus países. "Identificamos uma oportunidade de aproximar a comunidade latino-americana e desenvolver trabalhos em conjunto. Há um grande interesse de pesquisadores desses países em trocar experiência sobre técnicas analíticas para compostos orgânicos voláteis", afirmou Cláudia Resende, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) uma das coordenadoras do evento. 

Aline Bastos (MTb 31.779/RJ)
Embrapa Agroindústria de Alimentos

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