Embrapa Algodão realiza treinamento on-line sobre criação de bicudo em laboratório e em casa de vegetação
Embrapa Algodão realiza treinamento on-line sobre criação de bicudo em laboratório e em casa de vegetação
A criação de bicudo em laboratório é uma atividade de extrema importância para a realização de diversas pesquisas na Embrapa, a exemplo dos ensaios sobre a resistência das plantas modificadas geneticamente para resistência ao ataque do inseto e a criação de inimigos naturais do bicudo do algodoeiro em laboratório, dentre outras. Com o objetivo de capacitar empregados, colaboradores, estagiários e bolsistas para essa atividade, a equipe do Núcleo Algodão no Cerrado (Santo Antônio de Goiás, GO) realizou no final de junho o treinamento on-line "Criação de Anthonomus grandis em laboratório e em casa de vegetação", para cerca de 30 participantes, das equipes da Embrapa Algodão, Embrapa Arroz e Feijão e Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.
Os instrutores foram a analista Bruna Mendes Tripode, o pesquisador José Ednilson Miranda, ambos da Embapa Algodão, e o estudante de mestrado em entomologia pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Matheus da Costa Moura.
Bruna Tripode avaliou que a realização do primeiro treinamento on-line foi um sucesso e já tem fila de espera para a próxima turma, prevista para este semestre. “Como a gente sempre está renovando os estagiários, essa é uma demanda frequente dos nossos pesquisadores; então nós fizemos uma lista de espera e sempre que tiver mais de 20 interessados nós abrimos o curso”, disse. “Além disso, tem empresas que estão interessadas nesse treinamento, então devemos abrir para o público externo também nas próximas turmas”, acrescentou.
Com carga horária de oito horas, o curso abordou aspectos biológicos do inseto; aspectos gerais da criação de bicudo do algodoeiro: dieta natural e dieta artificial, enfatizando a importância de cada componente da dieta; sexagem de Anthonomus grandis; sobrevivência e preferência alimentar do bicudo do algodoeiro em plantas alternativas.
O pesquisador José Ednilson Miranda abordou os aspectos biológicos do bicudo, importância econômica e danos caudados na cultura do algodoeiro. “Destaquei o alto potencial biótico da espécie e a co-evolução que o bicudo apresenta com plantas de algodoeiro que contribuem para o sucesso da colonização e manutenção das populações do inseto. Além do comportamento de oviposição no interior das estruturas florais da planta que protegem as larvas de predadores e de inseticidas”, relatou.
Matheus da Costa Moura abordou as pesquisas que vem desenvolvendo para entender o comportamento alimentar do bicudo na ausência do algodoeiro no campo.
Avaliação positiva dos participantes
Heloiza Alves Boaventura, doutoranda em Agronomia pela UFG, que é bolsista na Unidade pelo CNPq, avalia que o curso foi importante para entender como são realizadas as atividades para a criação do bicudo em laboratório e telado, sua importância, plantas alternativas e sexagem. "Para quem iniciará os trabalhos com criação será mais fácil entender o processo e iniciá-lo, apesar das limitações que sempre existem”, afirmou.
O pesquisador Cherre Bezerra da Silva, da Embrapa Algodão, que também participou do curso, destacou que a linguagem utilizada foi bastante adequada para a audiência, que englobou desde estudantes de graduação a experientes pesquisadores com doutorado. “Estou iniciando uma criação de bicudo do algodoeiro em meu laboratório. Precisamos de muitos insetos com idade e condição fisiológica conhecidas para avançarmos em nossas pesquisas visando ao desenvolvimento de novos métodos de monitoramento e manejo desta praga. Minha equipe, que também participou do curso, e eu iremos colocar todos os ensinamentos assimilados em prática nos próximos meses", afirmou.
Interessados em entrar na fila de espera para a próxima turma devem enviar e-mail para: bruna.tripode@embrapa.br
Edna Santos (MTB/CE 1700)
Embrapa Algodão
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