16/11/15 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Audiência pública discute a pesquisa agropecuária no RS

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Foto: Paulo Lanzetta

Paulo Lanzetta - Frente Parlamentar em Defesa da Pesquisa Agropecuária Gaúcha realiza audiências em várias regiões do Estado

Frente Parlamentar em Defesa da Pesquisa Agropecuária Gaúcha realiza audiências em várias regiões do Estado

Foi realizada nesta segunda-feira (16), no auditório da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS), a quarta audiência pública regional da Frente Parlamentar em Defesa da Pesquisa Agropecuária Gaúcha. Por meio de audiências no interior do Estado, a iniciativa busca mapear as pesquisas existentes, obter retorno sobre ações efetivas e apontar aspectos a serem melhorados, com foco no desenvolvimento da agropecuária – responsável por 40% do PIB do Estado – tendo em vista as vocações e as principais atividades de cada região. 
 
Integraram a mesa de abertura a deputada estadual Zilá Breitenbach, que preside a Frente Parlamentar; o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Clenio Pillon; o diretor-presidente da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), Adoralvo Antonio Schio; o deputado estadual Catarina Paladini; o deputado estadual Pedro Pereira; a vice-residente da Associação dos Servidores da Pesquisa Agropecuária (Assep), Carmen Jobim; e o assessor especial da prefeitura de Pelotas, Sadi Sapper, no ato representando o chefe do executivo local.
 
Durante as falas de abertura, a deputada Zilá disse que é necessário que a pesquisa seja a base da produção agropecuária e que os conhecimentos de instituições como a Embrapa e a Fepagro sejam incorporados pelo setor produtivo. "O Estado tem que realmente se apropriar da pesquisa", disse. O chefe-geral da Embrapa Clima Temperado Clenio Pillon, por sua vez, afirmou que a Embrapa é uma instituição à disposição da sociedade. E falou ainda que o desenvolvimento da agropecuária brasileira – hoje responsável por 23% do PIB do país – é resultado de investimento em pesquisa e inovação.
 
Palestras
Na primeira palestra, o diretor-técnico da Fepagro, Carlos Alberto Oliveira, apresentou um "Panorama da agropecuária, pesquisa e desenvolvimento do Rio Grande do Sul." Em sua fala, Oliveira apontou que de 1976 a 2014 a produção de grãos no Estado aumentou 183% com acréscimo de apenas 11% em área, o que representa um grande aumento em produtividade. Um resultado que ele atribui à pesquisa desenvolvida no Estado. Além disso, reforçou o papel de instituições de pesquisa como Fepagro e Embrapa para promoção da agropecuária gaúcha com a elaboração dos calendários de semeadura e dos zoneamentos agrícolas.
 
Oliveira afirmou ainda a constante necessidade de investimento em pesquisa no Estado tendo em vista que o Rio Grande do Sul é uma das poucas regiões no mundo com uma agropecuária tão diversificada e dispersa geograficamente. E reforçou que para o crescimento do agronegócio é necessário o investimento em alguns fatores como, principalmente, tecnologia, status sanitário de qualidade e custo, por meio de qualificação da pesquisa, da prestação de serviço, da capacitação e da assistência técnica. "Para avançarmos precisamos investir num sistema de pesquisa mais integrado e capilar", concluiu.
 
Na sequência, o chefe-adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Clima Temperado, Jair Nachtigal, apresentou A "Agenda de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Embrapa Clima Temperado e integração com a Fepagro", instituição que, segundo ele, está territoriamente 100% alinhada com a Embrapa. De acordo com a apresentação, atualmente, existem sete projetos em execução pela Embrapa Clima Temperado com participação efetiva da Fepagro, englobando culturas como sorgo sacarino, batata, pêssego, pereira, nectarina, ameixa, amora-preta, mirtilo e morango. Além disso, há também ações em parceria com outras três Unidades da Embrapa com foco em trigo, combate ao capim-annoni e cultura da maça; além da colaboração da instituição, sem previsão de ações específicas, em outros onze projetos executados pela Embrapa.
 
Já o professor da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel da Universidade Federal de Pelotas (Faem/UFPel), Moacir Elis, abordou as "Contribuições e relato de experiência sobre pesquisa agropecuária", abordando os cursos de Agronomia e Zootecnia, suas estruturas e as linhas de pesquisa desenvolvidas. O professor destacou ainda a importância de o conhecimento gerado chegar à população. "A pesquisa é fundamental. Mas o conhecimento que a pesquisa gera tem que chegar no usuário, por meio de todos os recursos que a sociedade dispõe", completou. 
 
Por fim, a vice-presidente da Assep, Carmen Jobim, falou sobre as "Contribuições da Fepagro para o setor agropecuário e proposta de melhoria da Instituição e valorização dos servidores", destacando, no âmbito das contribuições, trabalhos recentes da Instituição ligados à parasitologia, no controle de carrapatos; e o lançamento do feijão preto Triunfo.
 
Frente Paralmentar
Instalada em junho deste ano, a Frente Parlamentar em Defesa da Pesquisa Agropecuária Gaúcha ainda busca integrar os órgãos e instituições para fortalecimento da pesquisa agropecuária; promover o desenvolvimento econômico do setor por meio de maior integração entre academia, entidades e produtores; valorizar a pesquisa como um programa de Estado, no âmbito da Fepagro; além de dar visibilidade ao conhecimento gerado pela pesquisa para ampliar os resultados da produção no Estado e fortalecer os setores produtivos. 
 
Dentre as discussões, foi reforçada a necessidade de promover maior compreensão do que a pesquisa faz pela população, de maneira que compreenda também como esse trabalho tem reflexos no dia a dia. A logística de transporte – que gera muitas perdas no deslocamento dos alimentos – e uma maior integração entre as instituições também estiveram no debate. Ao fim das audiências – a previsão era a realização de nove até o fim de 2015 –, o trabalho terá um relatório com todas as contribuições coletadas nas reuniões.
 

Francisco Lima (13696 DRT/RS)
Embrapa Clima Temperado

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