Em coletiva realizada na manhã do dia 29 de agosto, na Casa do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) na 45ª Expointer, em Esteio/RS, foi realizado o lançamento da 33ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas. O evento, que ocorre pelo quinto ano consecutivo na Estação Experimental Terras Baixas (ETB) da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS), em Capão do Leão/RS, será realizado de 14 a 16 de fevereiro de 2023. A coletiva teve início com vídeo da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), promotora do evento, com correalização da Embrapa e do Senar/RS. Sob o tema “Arrozeiro como produtor multisafra”, a próxima edição da Abertura da Colheita do Arroz foca nos principais desafios para intensificação sustentável do sistema de produção orizícola, por meio da diversificação com a soja, milho, trigo e forrageiras. A temática busca atender a demanda do mercado por outros grãos, além de promover a otimização de recursos e a melhoria da qualidade do solo. Com programação on-line, pelo site www.colheitadoarroz.com.br, e presencial, o evento abrigará roteiro técnico em mais de 40 vitrines tecnológicas, 130 empresas e instituições na feira de produtos e serviços, palestras e debates, além do tradicional ato da Abertura Oficial. Expectativas Representando a chefia-geral da Embrapa Clima Temperado, o coordenador da ETB, André Andres, explicou que a Estação da Embrapa onde o evento vem sendo realizado desde 2019 caracteriza o ambiente de terras baixas do Estado. Também reforçou os esforços para que as áreas das vitrines com arroz, soja, milho e pastagens fossem expandidas - de 3,4 hectares, no primeiro evento, para mais de dez hectares em 2023. Ele ainda salientou o empenho para a realização durante a pandemia, com atenção a todos os cuidados sanitários necessários, resultando num público de cerca de 2,5 mil pessoas de forma presencial em 2020 e de mais de 9 mil pessoas em 2021, além da participação virtual. “Esperamos superar essas presenças, principalmente de produtores. Mas convidamos também a população, para que compareça e possa ver como a ciência entrega para a sociedade aqueles produtos que, às vezes, as pessoas não conhecem como são feitos”, finalizou. Para o presidente da Federarroz, Alexandre Velho, o título “Arrozeiros como produtores multisafras” representa uma convergência de ideias das entidades. Para ele, o produtor de arroz não é mais um produtor de arroz, mas de grãos. Por isso, destacou a necessidade de adaptação das propriedades à cultura que mais servir à realidade local, considerando as particularidades de cada uma das seis regiões arrozeiras no Estado. Durante sua fala, ele também valorizou as equipes da Embrapa e do Irga, que prestam apoio para realização do evento, e destacou o Programa Duas Safras, iniciativa conjunta da Farsul, Senar/RS, Embrapa, ABPA, Fecoagro/RS, Asgav e Federarroz. “Chegou numa hora fundamental, em que os custos de produção exigem cada vez mais alternativas do produtor. Essas alternativas é que vão nos trazer resultado econômico, que nós vamos buscar cada vez mais com a intensificação da integração lavoura-pecuária”, afirmou. Estimativas da cultura Segundo informações do Irga, a expectativa de semeadura do arroz no Estado para a próxima safra é de 862,4 mil hectares, o que representa uma queda estimada em 10%. Por outro lado, a projeção é de um aumento de 19,7% na área cultivada com a soja, que passa a 505 mil hectares no Estado. Atualmente, o setor produz 70% do arroz brasileiro e movimenta 1,7% do PIB gaúcho, em 205 municípios e 117 indústrias, gerando mais de dez mil empregos diretos. Também participaram do evento o superintendente do Senar/RS, Eduardo Condorelli; o presidente da Farsul, Gedeão Pereira e o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva. Sobre a Abertura da Colheita do Arroz A Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas é uma realização da Federarroz, com correalização da Embrapa e do Senar/RS. A expectativa da Federarroz é de que o evento, em 2023, seja o maior já realizado, com a participação presencial de mais de dez mil pessoas, entre produtores, trabalhadores agrícolas, profissionais da indústria, agrônomos, pesquisadores, estudantes e representantes das instituições do agronegócio.