Jornada Científica da Embrapa São Carlos ajuda a formar novos talentos
Jornada Científica da Embrapa São Carlos ajuda a formar novos talentos
Foto: Amanda Akashi
Pelo terceiro ano consecutivo, a Jornada Científica da Embrapa São Carlos é realizada em formato virtual
Criada em outubro de 2009, a Jornada Científica Embrapa São Carlos chega à 14ª edição, nesta quarta-feira (14), com números e resultados que mostram uma outra face dos dois Centros de Pesquisa – Instrumentação e Pecuária Sudeste – nem sempre percebida, a contribuição na formação de novos talentos para a ciência e o mercado. Neste ano são 67 trabalhos, divididos entre vídeo-pôsteres (41) e apresentações orais (26), dos alunos bolsistas de iniciação científica e de iniciação em desenvolvimento tecnológico e inovação.
Mas, ao longo de toda a história do evento – que teve que se adaptar ao formato virtual por causa da pandemia da COVID-19 – mais de 1000 estudantes apresentaram projetos de pesquisa em diferentes áreas do conhecimento. É o caso de Marcos Vinícius Lorevice, que atualmente é pesquisador do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) - integrante do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) - em Campinas (SP).
“Na verdade, a jornada foi a primeira vez que apresentei um trabalho científico na forma oral. Foi uma experiência incrível e que só solidificou meu desejo de ser pesquisador. Vejo eventos assim como de grande relevância para os alunos de iniciação científica e de pós-graduação, pois permite um primeiro contato dos alunos com uma das etapas mais importantes na carreira de um pesquisador, que é o compartilhamento da sua pesquisa com os demais colegas, o contato com outros pesquisadores de diversas áreas, engrandecendo assim seu trabalho e sua formação”, argumenta Lorevice.
Doutor em Química pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), ele cita a importância da experimentação para a formação profissional: “Posso dizer que tive esse privilégio quando fui bolsista de iniciação científica no período meu período da minha graduação, quando pude atuar em laboratórios de nível internacional como o Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio da Embrapa, com técnicas que nunca aprenderia na universidade com tamanha profundidade”.
O caráter multidisciplinar
“A Embrapa marcou muito positivamente a minha trajetória profissional em diversos aspectos. Eu destacaria o ambiente multidisciplinar, algo cada vez mais necessário ao se abordar temas complexos. Na Embrapa tínhamos acesso a pesquisadores de diversas áreas o que me proporcionou uma visão holística sobre os desafios científicos”, recorda Clarice Dias Britto do Amaral.
Hoje professora do Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Clarice participou da Jornada Científica quando estava no segundo ano do doutorado. “Foi um evento importante para reportar os resultados obtidos até aquele momento, compartilhar os desafios a serem enfrentados e receber um feedback da comunidade científica. É um encontro com caráter multidisciplinar de altíssima qualidade”, acrescenta.
Intercâmbio de conhecimento
Para Cintia Righetti Marcondes, chefe adjunta de P&D da Embrapa Pecuária Sudeste, apresentar publicamente o conhecimento é importante para o desenvolvimento do estudante como profissional. "Conforme destacado pelo ex-bolsista Marcos Vinícius Lorevice, os eventos semelhantes à nossa Jornada Científica permitem, muitas vezes, a primeira experiência do aluno como palestrante a um público externo à sua faculdade. Esse foi meu caso ao participar em 1994 do SICUSP. Apesar do nervosismo, superar os medos e ter orgulho em mostrar seu trabalho são importantes na carreira científica”, destaca Cintia.
Ela ainda ressaltou a possibilidade de conhecer linhas de pesquisa distintas como um ponto muito forte da Jornada conjunta, pois os dois Centros possuem pesquisas muito interessantes, com grande aplicação prática e promoção de soluções inovadoras para a sociedade
“A Jornada Científica vai muito além de cumprir a exigências do CNPq para a concessão de bolsas pois, embora seja promovida para estudantes de iniciação científica, tem atraído a atenção de alunos de mestrado, doutorado, pós-doutorado e de estagiários, numa oportunidade diferenciada de intercâmbio de experiências e conhecimentos", diz Daniel Souza Corrêa, chefe adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Instrumentação.
A programação do evento começa com uma palestra da pesquisadora Christiane Abreu de Oliveira Paiva, da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas - MG), que vai falar sobre o tema "Da pesquisa ao mercado: a jornada para o desenvolvimento da tecnologia BiomaPHOS para solubilização biológica de fósforo”. Na sequência haverá apresentação dos trabalhos em duas salas virtuais com os temas “Ciências Agrárias” e “Ciências Biológicas e Engenharia”.
Edilson Fragalle (MTB 21.837/SP)
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