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Reunião apresenta projeto para uso de drones no manejo de formigas cortadeiras

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Foto: Paula Saiz

Paula Saiz -

A Embrapa Florestas, a ACR, a APRE e a Ageflor realizaram reunião técnica, no dia 12/09, para apresentação, às empresas vinculadas ao Fundo Nacional de Controle de Pragas Florestais (Funcema), do projeto sobre o uso de drones no manejo de formigas cortadeiras. O projeto prevê pesquisas para desenvolver e disponibilizar um protocolo para o monitoramento e controle de formigas cortadeiras do gênero Acromyrmex (quenquéns) em plantios florestais na região sul do Brasil, utilizando diferentes ferramentas embarcadas em drones, visando menor impacto ambiental, melhor eficiência e redução dos custos das atividades.   

Mais de 60 associadas, além dos diretores da ACR, Mauro Murara Júnior, e da APRE, Ailson Lopes, participaram on-line. Pela Embrapa, participaram Susete Penteado e Wilson Holler, Wilson Reis, pela Epagri/Embrapa, Mariane Nickele, consultora Funcema/Embrapa Florestas e Elisiane Queiroz, laboratorista Funcema/Embrapa Florestas.

Na abertura da reunião, Reis destacou que o uso de drones para aplicação de formicidas exige estudo de eficácia e o estabelecimento de procedimentos para aplicação: “Será preciso desenvolver um protocolo para aplicação levando em conta fatores como altura, distância, tipos de iscas a serem embarcadas - a granel ou encapsuladas- etc.. Comentou também sobre o uso de radar embarcado em drone para a identificação dos ninhos de formigas: “Já existe estudo conduzido em eucalipto para controle das formigas cortadeiras do gênero Atta, as saúvas, porém, esses estudos ainda não foram realizados para Acromyrmex, que apresentam ninhos bem menores e são de difícil localização”, explicou o pesquisador. 

Na sequência, o projeto foi apresentado por Mariane Nickele. Com prazo de execução previsto para dois anos, a proposta inclui seis atividades:

1. Uso de radar embarcado em drone para a detecção de ninhos de Acromyrmex;

2. Uso de câmeras de alta resolução embacadas em drone para detecção de mudas de pinus recém-plantadas atacadas por formigas cortadeiras;

3. Avaliação da eficácia da aplicação sistemática de iscas formicidas com o drone;

4. Avaliação da eficácia da aplicação localizada de iscas formicidas com o drone;

5. Estudo comparativo da aplicação sistemática manual de isca formicida x aplicação com o drone, no período pré-plantio e

6. Análise econômica do uso de novas ferramentas no monitoramento e controle de formigas cortadeiras.

 

Após a apresentação, os participantes puderam tirar dúvidas com a equipe do projeto. O próximo passo é a análise do projeto pelas associadas ao Funcema, visando adesão à proposta. Susete avaliou positivamente a reunião: “Tivemos uma boa participação das empresas e contamos com o apoio da ACR, APRE e AGEFLOR. Vamos aguardar agora o posicionamento na expectativa de desenvolver esta proposta”.

“Não é um projeto fechado. Estamos abertos a sugestões e queremos conhecer experiências já feitas. Queremos caminhar juntos para que os resultados sejam de todos”, finalizou Reis.

A equipe do projeto é formada por:

Susete do Rocio Chiarello Penteado – Pesquisadora Embrapa Florestas

Wilson Reis Filho – Pesquisador Epagri/Embrapa Florestas

Wilson Anderson Holler – Analista Embrapa Florestas

Mariane Aparecida Nickele – Consultora Funcema/Embrapa Florestas

Alexandre dos Santos – Professor do Instituto Federal do Mato Grosso

Marcelo Francia Arco-Verde - Pesquisador Embrapa Florestas

Elisiane Castro de Queiroz – Laboratorista Funcema/Embrapa Florestas

 

Formigas cortadeiras

As formigas cortadeiras dos gêneros Atta (saúvas) e Acromyrmex (quenquéns) são consideradas as pragas mais importantes de plantios de pinus e eucalipto, por causarem desfolhas que podem comprometer o desenvolvimento das plantas e promover a desuniformidade dos plantios. Nos plantios florestais na região sul predominam as quenquéns, que causam maiores danos às plantas no início do plantio.

O manejo desses insetos é essencial para manter a sanidade dos plantios florestais e seu controle é realizado principalmente pelo uso de isca granulada, à base de sulfluramida ou fipronil.

 

Drone como nova tecnologia no controle de pragas

Os drones apresentam aplicabilidade em várias áreas de estudo e já estão sendo utilizados no monitoramento da sanidade de plantios agrícolas e florestais para detecção de pragas e doenças, detecção de plantas mortas, mapeamento da cobertura de plantas daninhas, aplicação de agrotóxicos, entre outras finalidades.

No setor florestal, o interesse no uso dessa tecnologia é crescente, devido, principalmente, à coleta de dados de alta resolução em um curto espaço de tempo e com um custo relativamente baixo. 

Já foram testados drones acoplados a um dispersor de sólidos que aplicam as iscas formicidas a granel à lanço ou ainda iscas encapsuladas, porém ainda não foi avaliada a eficácia da aplicação.

Katia Pichelli (MTb 3.594/PR)
Embrapa Florestas

Contatos para a imprensa

Telefone: 41 3675-5638

Colaboração: Paula Saiz (Conrerp 3453SP)
Embrapa Florestas

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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