Uma das mais importantes exposições de produtos, serviços e oportunidades de negócios da região Norte, a Feira Internacional da Amazônia (Fiam), terá sua oitava edição realizada entre os dias 18 a 21/11/2015, no Studio 5 Centro de Convenções, em Manaus –AM. O evento terá 26 estandes e 14 seminários sobre os mais diversos temas. A Embrapa Amazônia Ocidental, empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), estará presente expondo as mais recentes inovações desenvolvidas para auxiliar os produtores rurais a aumentarem a produtividade da bananeira. Serão expostos o desperfilhador por rotocompressão, um equipamento para desperfilhar bananeiras; e a tecnologia da Deposição de Fungicidas na Axila da segunda folha da bananeira, que serve para o controle da sigatoka negra, a principal doença da planta. No estande da Embrapa, situado no mesmo espaço do Mapa, Conab e Inmet, os visitantes poderão conhecer os dois aparelhos de aparência simples, mas que se adotados podem fazer grande diferença no bananal. Desperfilhador por rotocompressão O desperfilhador estará entrando no mercado brasileiro no início de 2016. Desenvolvido por uma equipe de pesquisadores da Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus/AM), o aparelho facilita o trabalho do agricultor, por ser mais ergonômico e eficiente do que a "Lurdinha" – ferramenta utilizada em todo o País desde a década de 1970. A bananeira produz grande número de perfilhos (brotos), o que resulta em quantidade elevada de plantas em cada touceira. A competição entre elas reduz a produção do bananal e a qualidade dos frutos. Para que a produção seja mantida da forma ideal, é fundamental realizar o desperfilhamento, conduzindo a touceira com uma mãe, um filho e um neto. Assim, o agricultor deve selecionar os perfilhos vigorosos e eliminar os demais. O desperfilhamento, apesar de simples, é crucial para o sucesso do plantio e aumenta a vida útil dos bananais. O grupo da Embrapa Amazônia Ocidental que desenvolveu o equipamento é formado pelos pesquisadores Luadir Gasparotto, José Clério Rezende Pereira e Adauto Maurício Tavares, e pelo técnico de laboratório Ricardo Pessoa Rebello. "O equipamento irá contribuir para o sistema produtivo da banana, baseado na agricultura familiar. Esta inovação trará, sobretudo, aumento de produtividade da mão de obra, maior eficiência no processo de desperfilhamento e também melhoria nas condições de trabalho, por ser uma ferramenta mais ergonômica e de menor esforço operativo", destacou o chefe-geral da Embrapa Amazônia Ocidental, Luiz Marcelo Brum Rossi. Deposição de Fungicidas na Axila da segunda folha da bananeira A tecnologia consiste na aplicação de fungicida na axila da bananeira com o auxílio de uma seringa veterinária, adaptada a um cano de conduíte com a extremidade curva, semelhante ao cabo de um guarda-chuva. Avaliando novas formas de aplicação de fungicidas para o controle da sigatoka-negra, os pesquisadores descobriram que era possível reduzir para três o número de aplicações, por ciclo produtivo por meio da deposição do fungicida, na axila da segunda folha da bananeira, ao contrário das 52 pulverizações usadas para controlar a doença. Diminuindo a quantidade de fungicidas também se reduziu a risco de contaminação do agricultor e do meio ambiente. Outras vantagens dessa técnica em relação à aplicação aérea e/ou terrestre com pulverizadores são: maior eficiência no controle da sigatoka-negra; redução significativa do número de aplicações; fácil acesso aos pequenos produtores; menor contaminação ambiental, pois o fungicida é colocado diretamente na planta. VIII Feira Internacional da Amazônia A Fiam é uma realização da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), com apoio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), e tem neste ano o tema "Invista no futuro. Agora" A programação da feira é ampla e atinge diversos segmentos, com destaque para rodadas de negócios, espaço para exposição de novas tecnologias do Polo Industrial de Manaus (PIM), área para divulgação e comercialização de produtos regionais e jornada de seminários científicos destinados à ampliação de conhecimentos sobre problemáticas da sociedade amazônica. Neste ano, espera-se um público variado, de aproximadamente 80 mil pessoas nos quatro dias de evento, seja de empresário, artesão, estudante ou um interessado em conhecer as novidades da Amazônia Brasileira, todos poderão participar da VIII FIAM.