Embrapa Meio Ambiente vai realizar caminhada ecológica para comemorar o Dia da Árvore
Embrapa Meio Ambiente vai realizar caminhada ecológica para comemorar o Dia da Árvore
Em comemoração ao Dia da Árvore, data criada para conscientizar a sociedade sobre a importância da preservação das florestas, incentivando a proteção ao meio ambiente com ações promotoras e de proteção à natureza, a Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) vai realizar, no dia 21 de setembro, quarta-feira, visita guiada e caminhada ecológica por áreas de preservação ambiental e áreas arborizadas da unidade com os empregados.
As ações são uma iniciativa do Comitê de Sustentabilidade Local (CSL), e do recém-constituído Grupo de Trabalho Parque - GTparque, que visam desenvolver ações relacionadas à gestão e à educação ambiental do público interno e outros no seu entorno, e que se relacionam com a Unidade. O plano é incorporar melhorias contínuas de processo à cultura organizacional e que estejam em conformidade com a legislação ambiental e às normas da Embrapa, de forma combinada e harmônica.
Na abertura da comemoração, às 8h30, a chefe-geral Paula Packer vai falar aos empregados sobre a motivação da criação do grupo GTparque. Na sequência, Margarete Crippa, chefe de Administração vai falar sobre as ações de apoio e orientações técnicas que o GT irá prestar quanto ao manejo da área ambiental e restauração de áreas verdes.
Por fim, a pesquisadora Sandra Furlan que preside o GTparque vai falar sobre os principais objetivos do grupo e conduzirá a caminhada em visita guiada por áreas de APPs e ainda à uma área específica, acometida por incêndio de fonte advinda de área externa e que será totalmente restaurada.
Paula Packer ressalta a importância de se ter um olhar atencioso às áreas verdes, “uma vez que a Embrapa Meio Ambiente está instalada em uma área de 130 hectares, onde 23 hectares são destinados a reservas florestais e 20 hectares de Áreas de Preservação Permanente (APPs), 23 hectares são destinados às edificações e 45 hectares destinados aos campos experimentais”.
Margarete ressalta a importância de se ter os dois grupos de apoio constituídos e devidamente formalizados o CSL, que teve seus membros designados recentemente, cujas ações acontecem basicamente no acompanhamento e relato das ações e processos ligados à sustentabilidade da gestão e o GTparque – um grupo recém-formado para servir de apoio ao CLS, composto por especialistas capazes de auxiliar com questões técnicas e de legislação ambiental.
“Os grupos são muito importantes, na medida que irão prover auxilio com orientações legais e de manejo de áreas verdes, como poda, plantio e replantio de árvores e, por fim, a identificação de espécies arbóreas e questões, inclusive as de estética, funcionalidade e de paisagismo”, disse.
Área para recomposição florestal
No incremento das comemorações do Dia da Árvore, ainda há o planejamento para a recuperação florestal de uma Área de Preservação Permanente (APP) ripária de cerca de 1 hectare, cuja vegetação foi destruída pela propagação de um incêndio recente.
Para o processo de restauração, será utilizado um modelo sucessional de recomposição, combinando espécies de rápido crescimento (cobertura) com espécies de lento crescimento de forma a garantir os processos ecológicos e a permanência da vegetação no longo prazo.
Conforme explica Ladislau Skorupa, pesquisador e membro do GTparque, a ideia é transformar a área em uma Unidade de Referência Tecnológica (URT), incorporando em sua recuperação estratégias de recomposição (no caso, com o plantio em área total; instalação de poleiros para a disseminação de sementes pela avifauna), técnicas de plantio, como em sulcos e plantio em covas e também ferramentas de monitoramento desenvolvidas pela Embrapa Meio Ambiente e parceiros, como o Agrotag VEG.
Segundo ele, as espécies a serem utilizadas serão selecionadas a partir das opções sugeridas pelo Sistema WebAmbiente, que leva em consideração a localização e características das áreas a serem recuperadas. As mudas serão disponibilizadas pelo viveiro da Associação Jaguatibaia, uma ONG de proteção ambiental que tem como missão promover a educação ambiental para desenvolver uma maior consciência sobre a importância da proteção do meio ambiente, com destaque para os remanescentes de Mata Atlântica. A ONG conta com a parceria da Embrapa Meio Ambiente na produção de mudas de espécies arbóreas para restauração florestal.
Ainda conforme Skorupa, a recomposição levará em conta o manejo adaptativo, ou seja, que considera a necessidade de eventuais intervenções ou ajustes nas fases iniciais da recuperação de forma a garantir que os processos ecológicos possam se estabelecer no longo prazo, como o manejo de plantas invasoras e formigas cortadeiras; plantios de adensamento, enriquecimento, entre outros.
“Diante disso, o monitoramento da recomposição será realizado, considerando os indicadores estabelecidos pela Resolução SAA/SIMA nº 4/2021 para o Estado de São Paulo, onde se busca avaliar se o que foi previsto está sendo concretizado, ou se há necessidade de intervenções. Em antecipação às ações de recomposição, serão adotadas medidas que busquem garantir a eliminação ou mitigação dos fatores de degradação, como o controle de plantas invasoras; proteção da área contrafogo com o reparo e manutenção de aceiros e controle de formigas cortadeiras.
A recomposição está inserida nas agendas do Comitê Local de Sustentabilidade (CLS) e do GT Parque da Unidade, no contexto do Cadastro Ambiental Rural e do Programa de Regularização Ambiental (PRA) do estado de São Paulo.
Marcos Vicente (MTbE 19.027 MG)
Embrapa Meio Ambiente
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