O livro Estação Experimental Cascata: uma crônica fotográfica 2002-2019 é uma coletânea de imagens com relatos que registram 17 anos da história da EEC. De autoria de Carlos Alberto Barbosa Medeiros e Lírio José Reichert, da Embrapa Clima Temperado, a obra foi lançada neste ano de forma física e digital. A publicação é um resgate da memória, por meio da arte fotográfica, de um intervalo curto de tempo, mas que explora os 84 anos do local e destaca o papel fundamental da Embrapa para o avanço da agricultura no Sul. Segundo os autores, a EEC passou por diversas transformações ao longo de sua história, mantendo sempre um forte vínculo com a agricultura familiar. Já nos últimos tempos, incorporou os princípios agroecológicos e, pelo trabalho realizado, tornou-se referência na pesquisa em agroecologia. Fundada em 1938 e localizada em Pelotas (RS), a Estação Experimental Cascata é a segunda estação experimental mais antiga do País dentre aquelas criadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Roberto Pedroso de Oliveira, a obra colabora para que o tempo não apague a memória daqueles que conviveram na EEC durante algum período de sua vida. “Por meio de um registro fotográfico extenso, entremeado de narrativas de fatos, muitos dos quais desconhecidos por grande parte dos que passaram pela Estação, esta publicação presta uma homenagem à quase centenária instituição. E torna possível que as pessoas conheçam um pouco mais sobre a Estação Experimental Cascata, de maneira a contribuir para que se grave e preserve um segmento de sua história, cooperando para a memória da Embrapa”, disse. O livro está disponível para download aqui Sobre a obra Com 229 páginas, o livro narra, em forma de crônicas, acompanhadas de um denso registro fotográfico, as transformações da Estação Experimental Cascata em um período de 17 anos, de 2002 a 2019. Alguns relatos possuem mesmo uma aura poética e denotam o carinho dedicado ao local. Capturadas, em sua maioria, pelo fotógrafo amador Lírio José Reichert, as imagens faziam parte do seu acervo de registros. “Possuía um acervo de fotos que foram capturadas ao longo de 25 anos de trabalhos dedicados à estação e que certamente não seriam tiradas por um fotógrafo profissional, uma vez que muitas foram capturadas aproveitando momentos especiais e que julguei importante deixar registrados em arquivo digital. A ideia inicial da publicação era em forma de um relatório com fotos, contendo as principais ações realizadas na EEC na gestão do Medeiros, de 2002 a 2019. Esse formato enfrentou resistências, pois era um relatório básico e uma coletânea de fotos. Não deixei a ideia morrer e, depois de três anos, a obra foi finalizada”, contou. O pesquisador Carlos Alberto Barbosa Medeiros dedicou o tempo livre pós-aposentadoria para dedicar-se à construção da obra. Ele conta que tudo começou com a vontade de delinear uma linha do tempo para mostrar como funcionava a EEC e como está hoje e, ainda, registrar os esforços da equipe e refletir sobre sua atuação. “Queríamos mostrar o cuidado e o carinho de uma equipe com a velha estação, devidamente registrados, para que o tempo não varresse esses momentos da memória”, comentou.