Ibama realiza soltura de aves silvestres em reserva da Embrapa em SE
Ibama realiza soltura de aves silvestres em reserva da Embrapa em SE
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Colégio e Faculdade Amadeus, realizou na sexta (23) a soltura de aves reabilitadas pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) em Sergipe.
A soltura aconteceu na Reserva do Caju, unidade de conservação mantida pela Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE) em seu campo experimental em Itaporanga d’Ajuda, no litoral sul sergipano. O local é um dos escolhidos pelo órgão ambiental em Sergipe por conter áreas conservadas de Mata Atlântica, manguezais, restingas e apicuns.
A iniciativa integrou as ações para marcar o Dia de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, celebrado em 22 de setembro. Foram reintroduzidas na natureza cerca de 50 aves, principalmente passeriformes, que passaram por período de quarentena e reabilitação no Cetas, na Zona de Expansão de Aracaju, após apreensão em fiscalizações e entregas voluntárias de criadores em conflito com as leis ambientais.
Entres as aves reintroduzidas estão periquitos das espécies jandaia-raio-de-sol, periquito-estrela e maracanã-nobre, e passeriformes das espécies papa-capim, viuvinho, curió, canário-da-terra, tico-tico, pega-de-encontro-amarelo, sanhaço-cinza e garibaldi.
Participaram da ação representantes do Ibama e Cetas em Sergipe, da Embrapa Tabuleiros Costeiros e do PEAS – Amadeus, incluindo um grupo de estudantes voluntários do programa. O pesquisador Fábio Torresan, responsável pelo Plano de Manejo da Reserva do Caju, acompanhou a ação, juntamente com o supervisor do campo experimental, o experiente técnico agrícola Erivaldo Moraes.
Para o professor José Bezerra, coordenador do PEAS – Amadeus, esse tipo de experiência ultrapassa qualquer atividade em sala de aula, impactando os estudantes para toda a vida. “Uma gaiola nada mais é do que um instrumento de tortura, e para esses alunos testemunhar e participar da soltura dessas aves contribui para reforçar valores ecológicos para eles e suas famílias”, acredita.
O biólogo do Ibama André Beal, responsável pelo Cetas em Sergipe, explicou aos estudantes o processo de quarentena e reabilitação dos animais para que se tornem aptos à soltura na natureza. Ele destacou a existência de leis ambientais criminais e administrativas que tipificam o tráfico e criação ilegal e regulamentam a fiscalização, apreensão e entrega voluntária de animais silvestres. “É fundamental que toda a sociedade se envolva nessa luta em defesa dos animais e da natureza”, destacou.
Jéssica Barros é aluna do 1º ano do Ensino Médio do Amadeus, e participou ativamente da soltura, inclusive abrindo uma das gaiolas. “Foi uma experiência linda! É muito legal ver as aves retornando à natureza e conhecer o trabalho de reabilitação feito pelo Ibama. Muitas pessoas ainda não têm essa consciência de que aves não devem ser enjauladas, e trabalhos assim ajudam a conscientizar”, afirmou.
Sobre os Cetas
Os Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama são unidades responsáveis pelo manejo dos animais silvestres que são recebidos de ação fiscalizatória, resgate ou entrega voluntária de particulares.
Os Cetas possuem a finalidade de receber, identificar, marcar, triar, avaliar, recuperar, reabilitar e destinar esses animais silvestres, com o objetivo maior de devolvê-los à natureza, além de realizar e subsidiar pesquisas científicas, ensino e extensão.
Nos últimos dez anos, os Cetas do Ibama devolveram para a natureza mais de 200 mil animais apreendidos, resgatados e entregues espontaneamente.
Áreas de Soltura de Animais Silvestres (ASAS) - Cadastro e informações
As Áreas de Soltura de Animais Silvestres (ASAS) são propriedades rurais cadastradas pelo Ibama para que possam receber animais silvestres nativos reabilitados nos Cetas e que se encontram aptos a voltar para a natureza.
Como se cadastrar como uma ASAS
Proprietários de áreas rurais podem cadastrar suas áreas para soltura de fauna. O cadastro não implica custos e qualquer soltura na área somente poderá ser feita mediante interesse do proprietário da área e anuência prévia.
Para solicitar o cadastro, é necessário preencher a "Carta de Intenção" e, com a documentação nela relacionada, encaminhá-la por e-mail, correios ou entregá-la pessoalmente na unidade mais próxima do Ibama.
Saulo Coelho (MTb/SE 1065)
Embrapa Tabuleiros Costeiros
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Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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